Exercícios físicos ao ar livre: ótima opção em tempos de pouco dinheiro

Em tempos de fast food e correria do dia a dia, fica mais difícil manter hábitos saudáveis, como praticar atividades físicas e ter uma alimentação balanceada. Mas, quando se fala em saúde, todo o esforço é válido. Para quem não tem tempo nem dinheiro sobrando para frequentar uma academia, os exercícios ao ar livre – corrida, caminhada, treinos funcionais, voleibol, futebol, entre outros – podem ser uma boa opção, desde que a pessoa procure antes um especialista que deve auxiliar na prática correta.

É que há a probabilidade de ocorrerem lesões, conforme explicou o educador físico Célio Lobato. Especialista em corrida e caminhada, ele ressalta que cada pessoa tem um perfil diferente e a atividade indicada deve estar em conformidade com a realidade, capacidade física e as possíveis restrições da pessoa. “Um tipo de exercício que seja adequado para um pode não ser para outra pessoa. É preciso procurar um cardiologista para saber se tem algum problema de coração e fazer exames para saber como estão os níveis de colesterol, triglicerídeos...”. Depois de passar por esse processo, é hora de buscar orientação com um educador físico.

Pode parecer simples caminhar ou correr. Mas, de acordo com o educador, existe a forma correta de praticar as atividades. Por exemplo, se a pessoa não se preocupa com a postura, pode estar prejudicando a sua coluna. “Dependendo da atividade indicada, a pessoa precisa escolher algo que seja prazeroso para
ter continuidade”.

Restrições de saúde, obesidade e sedentarismo são alguns dos fatores avaliados para indicar a atividade mais apropriada. Vale ressaltar que, em geral, as atividades físicas melhoram a qualidade de vida como um todo. “Melhora a disposição, quadros de depressão, melhora o tônus muscular, a qualidade do sono, promove o emagrecimento, controla as taxas de colesterol, entre outros fatores”, sintetiza.

Não há como falar em busca pela saúde sem citar que uma alimentação balanceada é fundamental. Se a pessoa decidiu mudar os hábitos, mas é do tipo que adora uma fritura, um refrigerante ou doces, chegou a hora de repensar o cardápio. Um nutricionista pode ajudar nesta tarefa. “A pessoa precisa tentar organizar a alimentação de acordo com o seus gostos, costumes, peso, estatura, composição corporal em gordura, massa muscular, etc”, explica a nutricionista esportiva Adriane Lopes.

ALIMENTAÇÃO

A orientação é começar com pequenas mudanças, como retirar o açúcar branco do cardápio, frituras e substituir por alimentos mais saudáveis, aumentar o consumo de água, consumir menos refrigerante e evitar o sal de mesa (ver box). Quantas refeições são necessárias fazer ao longo dia, quais porções são ideais e o que comer. Todas essas dúvidas devem ser sanadas pelo nutricionista, já que isso dependerá da rotina de cada paciente e do objetivo almejado por ele com a alimentação balanceada aliada à atividade física.

Há 3 anos, o servidor público Rubens Silva, 43, viu a balança marcar 83 quilos. Devido ao sobrepeso e sedentarismo, o belenense descobriu que havia adquirido hipertensão arterial. “Já era considero obeso porque sou baixo. Por recomendação do médico, fui mudando a alimentação e comecei a fazer caminhada, com a ajuda de um personal. Hoje estou com 63 quilos e a pressão normalizou”, diz Rubens. Ele cafirma que não se imagina longe da rotina que tem atualmente. “Peguei gosto. Hoje faço caminhada por 15 minutos e corrida por 30 minutos, de segunda a sexta-feira”, completa.

(Pryscila Soares/Diário do Pará)