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ESPORTE PARÁ

Paysandu vai pagar R$ 450 mil a atacante que fez apenas três gols

Não bastasse entregar o Paysandu no vermelho, com um déficit de pouco mais de R$ 260 mil, ao seu sucessor Sérgio Serra, que depois viria a renunciar, o ex-presidente Alberto Maia ainda deixou outra herança maldita ao clube: uma dívida de R$ 150 mil com o

Não bastasse entregar o Paysandu no vermelho, com um déficit de pouco mais de R$ 260 mil, ao seu sucessor Sérgio Serra, que depois viria a renunciar, o ex-presidente Alberto Maia ainda deixou outra herança maldita ao clube: uma dívida de R$ 150 mil com o atacante Bruno Veiga, que teve de ser gerenciada pelo atual gestor bicolor, Tony Couceiro. No início de 2016, Maia fez um acordo com os empresários de Veiga, prometendo pagar luvas de R$ 200 mil e salários de R$ 45 mil ao atleta, com contrato cuja duração era de três anos, se encerrando no final de 2018. O cartola, no entanto, acabou não honrando com o acertado.

O atacante só conseguiu embolsar R$ 50 mil dos R$ 200 mil que havia acordado com o ex-presidente, que acabou transferindo a dívida, mesmo passado todo o ano de 2016, ao seu sucessor Sérgio Serra. Para completar, a multa rescisória do contrato de Veiga com o Papão foi fixada em nada mais, nada menos, do que R$ 1 milhão. Um valor, diga-se, estratosférico para um atleta que acabou não tendo o custo-benefício esperado pelo clube, visto que, no seu retorno à Curuzu, onde ele já havia passado em 2014, Veiga acabou sendo pouco utilizado por conta de uma lesão grave que sofreu, que o obrigou a passar por uma cirurgia.

Na volta do atacante aos treinos, ele acabou sendo descartado pelo treinador Marcelo Chamusca e, com isso, emprestado, no começo deste ano, ao Cuiabá-MT, com parte dos R$ 45 mil de salários sendo pago pelo Paysandu e o restante pelo novo clube do atleta. Mas, assim como no Papão, o atacante acabou não dando o retorno esperado e foi liberado ainda em agosto, praticamente no meio da temporada, para curtir a praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, seu estado de origem.

Com a saída precoce do Cuiabá, Veiga passou a embolsar o fabuloso salário de R$ 45 mil sem precisar sequer dar um chute na bola. Ótimo negócio para o jogador e péssimo para o Paysandu, que agora, na gestão de Couceiro, se viu obrigado a fazer um acordo com Veiga para a rescisão contratual, no qual o atleta receberá R$ 450 mil, já incluídos os R$ 150 mil não pagos pela ex-gestão do clube, parcelados em 24 meses, o que assegura ao atacante embolsar pouco mais de R$ 18 mil por mês. Uma baba.

PARA ENTENDER

Bruno Veiga atuou por 32 vezes com a camisa do clube bicolor, nas temporadas 2014 e 2015, marcando 14 gols. Esses números, segundo a antiga gestão de Alberto Maia, o credenciava a ter um contrato milionário para os padrões do futebol paraense

EM NÚMEROS

R$ 1 milhão - Valor da multa rescisória de Veiga no Papão.

3 anos - Duração do contrato do atleta, que viveu no DM.

R$ 45 mil - Salários mensais pagos ao atacante.

R$ 200 mil - Valor das luvas prometidas ao jogador por Alberto Maia, que só pagou R$ 50 mil.

3 gols - Número de vezes que Veiga balançou as redes na vigência deste contrato.

R$ 450 mil - Valor do acordo feito pela atual gestão para a rescisão.

24 meses - Período do parcelamento deste acordo, em que o Papão vai pagar a Veiga R$ 18 mil por mês.

Alberto Maia foi o responsável pelos valores estratosféricos do contrato de Veiga (Foto: Mário Quadros/Arquivo)

Gestão passada era "só garganta"

Essa não é a primeira vez que o Papão se vê obrigado a pagar valores astronômicos a ex-atletas do clube. Recentemente, o clube perdeu duas causas trabalhistas, por conta de contratos mal feitos com o ex-meia Jóbson e o ex-meia-atacante Arinélson. Juntos, os jogadores levaram dos cofres bicolores quase R$ 5 milhões. A dívida com Jóbson, que teve direito a R$ 1.6 milhão, foi quitada recentemente, enquanto a de Arinélson, que é de pouco mais de R$ 3 milhões, continua sendo paga, parceladamente, pelo clube.

No caso da dívida contraída com Veiga, o que chama a atenção é que o ex-presidente Alberto Maia sempre se ufanou de sua administração, que, segundo ele, em diversas entrevistas à imprensa, sempre manteve as contas em dia. Pura conversa pra boi dormir, como se diz no popular. O cartola chegou a afirmar em dezembro de 2016, bem perto de deixar a cadeira de presidente, que o clube contava com um superávit de R$ 9 milhões, quando, na verdade, o Papão já estava no vermelho, conforme comprova o recente balanço financeiro publicado no site oficial do clube, onde se constata um déficit de pouco mais de R$ 260 mil.

Vale salientar que a atual gestão do Papão, tendo à frente o presidente Tony Couceiro, nada tem a ver com essa nova dívida contraída pelo clube. Muito ao contrário, a atual gestão teve todo o cuidado para não envolver o clube em um novo embaraço na justiça trabalhista, fechando um acordo de rescisão contratual com o atleta, que receberá R$ 450 mil, valor, convenhamos, bem inferior à astronômica soma de R$ 1 milhão que ele teria direito pela multa contratual fixada pela gestão de Maia.

(Nildo Lima/Diário do Pará)

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