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ESPORTE PARÁ

Preconceito e ofensas são recorrentes e afastam público

Embora o caso de homofobia ocorrido no jogo entre Paysandu e Luverdense-MT, no dia 30 de junho, tenha sido o primeiro a chegar aos Tribunais do esporte, quem frequenta os estádios ou mesmo assistir aos jogos de futebol pela televisão já deve ter ouvido po

Embora o caso de homofobia ocorrido no jogo entre Paysandu e Luverdense-MT, no dia 30 de junho, tenha sido o primeiro a chegar aos Tribunais do esporte, quem frequenta os estádios ou mesmo assistir aos jogos de futebol pela televisão já deve ter ouvido por muitas vezes torcedores chamando, aos gritos, os adversários de “bichas”. Uma manifestação há algum tempo abandonada pela organizada do Paysandu, Banda Alma Celeste.

A facção bicolor, que esteve envolvida na denúncia que chegou ao STJD, contra o Paysandu, promete manter o chamado grito de guerra abolido em jogos da equipe bicolor. “Essa é uma decisão que vamos manter”, informa um dos integrantes da Alma, que prefere não ter seu nome identificado por temer represálias de membros de outras facções de torcedores do clube.

Em contrapartida, o grupo de torcedores, que reúne de 200 a 300 integrantes em dias de jogos do Papão, anunciou que, temporariamente, não se manifestará mais em favor da causa LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis) a fim de evitar atritos com outras facções de torcedores, como ocorreu na desavença com a Torcida Bicolor (ex-Terror Bicolor, extinta).

“Como esse caso gerou muita polêmica, a gente decidiu dar um tempo nesse tipo de questão e focar apenas no Paysandu”, informou o dirigente da Alma. “Alguns integrantes da nossa torcida sofreram ameaças de morte e ficaram temerosos”, conta o dirigente, adiantando que o grupo também não pretende mais lançar mão de bandeira ou qualquer outro tipo de objeto que represente apoio à causa LGBT.

REEDUCAÇÃO

Para o advogado José Neto, 37 anos, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seção Pará, acredita que o fim do preconceito de gênero nos estádios de futebol passa, necessariamente, pela reeducação do torcedor. “Faltam campanhas para desmistificar isso”, afirma.

O advogado acredita que os próprios clubes deveriam ser os responsáveis. “Afinal de contas, eles acabam, na maioria das vezes, sendo os mais prejudicados”, salienta Neto. O advogado ressalta ainda que esse tipo de intolerância é responsável pelo afastamento de muitas pessoas dos estádios de futebol. “As famílias, por exemplo, não frequentam os estádios por causa desse tipo de comportamento de alguns torcedores”, destaca.

(Nildo Lima)

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