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ESPORTE PARÁ

Projeto bicolor precisa de acesso à Série A

A volta do Paysandu à Série A do Brasileiro, desejada pela torcida desde 2006, quando o time voltou à Série B, representa bem mais que um sonho da Fiel bicolor. O retorno do Papão à elite do futebol representa a possibilidade do clube agilizar o seu proce

A volta do Paysandu à Série A do Brasileiro, desejada pela torcida desde 2006, quando o time voltou à Série B, representa bem mais que um sonho da Fiel bicolor. O retorno do Papão à elite do futebol representa a possibilidade do clube agilizar o seu processo de modernização iniciado em 2013, a partir da gestão do ex-presidente Vandick Lima, quando o clube havia deixado, no ano anterior, a Série C do Nacional. De lá pra cá, o Papão deu um salto em termos de patrimônio, mas muita coisa ainda precisa ser feita para que ele se iguale aos clubes de ponta do futebol brasileiro.

A vaga na Série A representa não só um maior prestígio nacional e até internacional ao Paysandu, mas também um faturamento bem maior aos cofres do clube. Como consequência, a direção bicolor poderá deslanchar projetos que estão em andamento, como a construção do Centro de Treinamento, no bairro de Águas Lindas, em Belém, e, ao mesmo tempo, iniciar obras que, por enquanto, só estão no papel, entre elas a ampliação da capacidade de público da Curuzu e a reforma da sede náutica. Empreitadas que exigem recursos que podem ser proporcionados pela participação do time na Primeira Divisão.

O processo de modernização bicolor teve como ponto de partida o acesso do clube à Série B, em 2013, após um período de seis anos disputando a Terceira Divisão, competição de pouco prestígio e, paralelamente, muitos gastos e pouco rendimento. Com o suporte financeiro oferecido pela Segundona, a direção bicolor pôde, a partir de 2013, iniciar melhorias de grande envergadura no clube, como a reforma completa do estádio da Curuzu, hoje um dos mais modernos do futebol local, assim como adquirir o terreno para o erguimento do CT, sem falar no lançamento do projeto Sócio Bicolor, uma das principais fontes de renda do clube.

PROJEÇÃO DE RENDA

Retornando à elite nacional, o faturamento bicolor será bem superior ao de hoje em todos os aspectos, a começar pela cota a que o clube teria direto pela participação no campeonato. O valor teria um aumento de 78% em relação aos R$ 5 milhões pagos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a 18 dos 20 clubes da Série B, entre eles o Papão. Isso sem contar que por oferecer maior visibilidade e com jogos mais atrativos, o clube conseguiria faturar bem mais com patrocínios e nas arrecadações dos jogos, aumentando também o número de filiados ao seu projeto de sócio torcedor.

GRANA ALTA

O Paysandu fatura, hoje, de cota paga pela CBF, um montante de R$ 5,2 milhões, valor que é dividido em 6 parcelas. Os bicolores estão incluídos na terceira subdivisão de cotistas da competição, adotadas pela entidade na Série B do Brasileiro. Junto com o Papão, estão no grupo outras 17 equipes. Já o Internacional-RS, rebaixado no ano passado da Série A, “abocanha” R$ 60 milhões, enquanto o Goiás, que caiu em 2015,leva R$ 35 milhões.

O valor recebido hoje pelo Paysandu, assim como pelos demais clubes do mesmo grupo, é dividido em 10 parcelas de R$ 520 mil. Caso venha a garantir o acesso à elite nacional em 2018, os bicolores seriam incluídos entre as equipes que tem, até o próximo ano, direito a cota de R$ 23 milhões, R$ 2,3 milhões por mês.

Em termos de patrocinadores, se hoje o clube arrecada R$ 2 milhões pelo contrato com a Caixa Econômica, o valor poderia chegar a R$ 5,5 milhões. Sem contar as ofertas de outros anunciantes de peso, com pagamento de cotas superiores aos R$ 38 mil que são pagos hoje por outros anunciantes do clube.

(Nildo Lima)

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