O "mito" já está na história do clube?

Em um panorama em que tão poucos jogadores conseguem chegar à marca de 100 jogos com a camisa do Clube do Remo, seria precipitado dizer que Eduardo Ramos tem um lugar marcado na história do clube? Será que ele pode ser chamado de ídolo, ou pelo menos ídolo recente? As opiniões se dividem.

“Ao lado do Gian, acho que foi o jogador que eu mais gostei de ver jogar. Bom de bola e polêmico, o futebol paraense ganha muito com ele”, comenta Luciano Lopes Barbosa, 32, auditor farmacêutico. Azulino desde criança, Luciano diz que ele “está sendo ídolo”, mas não arrisca dizer que seria um dos maiores do clube. Apesar disso, avalia a passagem dele como muito boa. “Em 2014, fomos campeões com ele, após um jejum horroroso. E ele foi muito importante no acesso à Série C. Ele não foi bem enquanto usou a Camisa 33, quando deram a 10 melhorou. A torcida também estava desconfiada pela ‘travessia’ na época. Mas achei sacanagem essa última dispensa dele. A diretoria amadora cobrando profissionalismo?”, diz.

Bem menos empolgada, Adrianne Saraiva, 20, estudante de Engenharia Ambiental, avalia o maestro com uma nota 6. “Acho que o Eduardo ainda precisa mostrar algo mais dentro do Remo. Muitos torcedores dizem que ele trouxe o acesso para a Série C em 2015, mas devo discordar porque futebol não se faz com um homem só. Mesmo com 100 jogos ainda não merece um lugar no quadro de ídolos da história do Remo, tem que comer muito feijão ainda”, afirma.

Outro fator que leva à sua avaliação, são as inconstâncias dele no clube. “É uma relação de idas e vindas. A melhor passagem dele foi em 2015, mas desde 2014 fica nessa relação de vai e volta”, comenta Adrianne lembrando os empréstimos para o Joinville-SC em 2014, o Santo André, no final de 2016 e do recente quase rompimento com o clube.

(Taion Almeida)