Remo teve um ano para ser esquecido

Após sete anos de luta para voltar ao Campeonato Brasileiro da Série C, a expectativa foi grande sobre o Clube do Remo. A torcida esperava um ano melhor, com um bom planejamento, principalmente por conta do calendário, em que boas contratações fossem feitas e os resultados aparecessem em campo. Porém, a equipe teve dificuldades em todas as competições que disputou ao longo da temporada.

No Campeonato Paraense, o Leão até foi bem no primeiro turno, mas perdeu a final nos pênaltis para o Paysandu. Já, no returno, o time sequer chegou às semifinais. Na Copa do Brasil, enfrentou o Vasco-RJ, na primeira rodada e, com duas derrotas, se
despediu do torneio nacional.

Na Copa Verde, os azulinos também faziam uma campanha positiva, mas tropeçaram de novo diante do maio rival, que venceu
duas vezes e avançou à final. Na Série C, o Remo teve um desempenho cheio de altos e baixos, que culminou com a eliminação na primeira fase.

Ao longo do ano, o Leão não conseguiu ter uma equipe regular, de confiança do torcedor, que ainda viu vários problemas extracampo, como, por exemplo, o atraso na folha salarial dos jogadores, que vai completar dois meses.

PRESIDENTE VÊ COMO ‘LUCRO’ TIME NA SÉRIE C

Logo após a derrota do Remo para o Fortaleza-CE pela penúltima rodada da primeira fase da Série C, o presidente André Cavalcante afirmou que “ficar na Série C já era um lucro para o Leão”. Muito criticado pela declaração, o dirigente tratou de dizer o que quis dizer. “Foi até um mal entendido. Acharam que eu estivesse me vangloriando porque ficamos na Série C, mas não foi isso. Eu falei que precisávamos ver o futebol de uma maneira geral, que, após anos na Série D e até sem divisão, neste primeiro ano de volta à Série C nós estávamos garantidos para 2017”, argumentou o André Cavalcante.

O presidente ressaltou ainda que esta permanência representa, no mínimo, uma evolução e uma possibilidade de o Leão se organizar para o ano que vem. Mas, ele ainda sonha com a Série B. “Já temos um calendário, dá uma visibilidade muito maior. E temos uma chance de uma classificação para uma Série B. Claro que ficar na Série C ainda não é o que nós queremos, mas é a nossa melhor situação dos últimos anos”, encerrou.

(Café Pinheiro/Diário do Pará)