plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 28°
cotação atual R$


home
ESPORTE PARÁ

Ex-goleira norte-americana ajuda projetos sociais

São mais de 60 quilos de material esportivo vindo dos Estados Unidos para a capital paraense em meio a uma viagem que demanda horas de voo, conexões e uma bagagem enorme que ultrapassa o limite de peso. Pensar em fazer não apenas uma ação social, mas tamb

São mais de 60 quilos de material esportivo vindo dos Estados Unidos para a capital paraense em meio a uma viagem que demanda horas de voo, conexões e uma bagagem enorme que ultrapassa o limite de peso. Pensar em fazer não apenas uma ação social, mas também tornar possível os sonhos de crianças e adolescentes de projetos sociais voltados para a área do esporte, é só para quem entende o sentido do amor e atenção que deve se dedicar ao futuro de uma criança.

É o que ocorre com a ex-goleira americana Krysta Jenkins, que desde a primeira de quatro viagens a Belém, em fevereiro de 2015, se encantou com projetos sociais da cidade e decidiu se juntar a eles para contribuir com a educação esportiva das crianças. “Eu sempre quis começar um programa de extensão em outro país e Belém foi o local perfeito para iniciar um programa. Conheci dois homens, David Rodrigues e Antônio Oliveira Pereira, que gentilmente me acolheram em seu projeto de futebol que é desenvolvido nos bairros do Guamá e Jurunas. Foi quando comecei a ajudar no desenvolvimento dos treinamentos desses garotos e pôr em prática meu projeto”, pontua Krysta, lembrando ainda sobre quando conheceu um outro projeto, em Castanhal, onde também distribui material esportivo.

“Na minha terceira visita a Belém eu conheci uma mulher chamada Giovanna Rodrigues, que me levou a outro projeto social, em Castanhal, onde seus tios e o treinador conhecido como Barata desenvolvem um projeto com mais de 200 meninos e meninas. Eu disse a Giovanna que queria conhecer o projeto e ajudar de qualquer maneira que pudesse”, relembra Krysta.

A ex-goleira trabalha em São Francisco, na Califórnia, com escolinha de futebol, e lá, os pais dos jogadores se reúnem com ela fora dos treinos para coletarem materiais esportivos para que ela traga especialmente para Belém. Ela, que começou a jogar futebol aos seis anos de idade, frisa que tem um carinho enorme pela região amazônica.

QUEM É?

Krysta cresceu em Malibu, na Califórnia, e começou a jogar futebol aos seis anos de idade. Como goleira, jogou na Universidade do Havaí, em Hilo, e, profissionalmente, na Califórnia, com a treinadora e ex-jogadora brasileira Sisleide do Amor Lima, também conhecida como Sissi, que atuou no Saad Esporte Clube e na seleção brasileira feminina.

TRÊS PROJETOS

Krysta ajuda três projetos sociais que ficam em Belém e Castanhal. São vários tipos de materiais esportivos que ela traz do exterior para ajudar as crianças nas atividades dentro dos projetos.

PLANOS PARA O FUTURO

Ela pensa em investir em Belém nos próximos anos com um programa de futebol consolidado, incentivando as crianças no programa para não abandonarem a escola e conciliarem o sonho de jogar futebol e terminarem os estudos, ainda que seja uma segunda opção de carreira. Para Krysta, a única maneira de um país poder mudar é através da juventude.

ONDE A MÁGICA ACONTECE!

Em Castanhal, cerca de 200 meninos e meninas se reúnem todos os sábados para aprenderem a jogar futebol e, quem sabe, se profissionalizarem, um sonho já realizado por alguns atletas do Pará, que passaram pelas mãos de Ivaldo Barata, ou apenas o ‘professor Barata’. Ele que criou o projeto ‘Associação Esportiva Pirapora’ há 15 anos, na Cidade Modelo, e já revelou jogadores como Leandro Cearense, do Paysandu, Amaral, do Princesa do Solimões-AM, e Wanderlan, do São Raimundo, tem apenas um sonho: investir no futuro de crianças carentes através da inclusão no esporte. “Tudo começou quando meu filho, que na época tinha oito anos, quis ir para uma escolinha, mas eu não ia colocá-lo em um lugar onde não conhecia as pessoas, por isso, juntei outras crianças para ensinar a elas o futebol, e desde então não parei mais”, recorda Barata, que não tem patrocinadores, apenas a vontade de expandir o projeto. “Alguns pais nos ajudam com dez reais por mês, apenas para ajudar na compra de material. Temos meninos, inclusive, de outros municípios, que vêm para Castanhal pelo projeto”, pontuou.

A Associação não tem um espaço próprio e realiza os treinos no campo Pirapora, onde agora é cobrado uma taxa. Barata conta que paga a mensalidade para não ter que deixar os meninos e meninas na mão. “Tudo o que a gente quer é ver o sorriso no rosto dessas crianças, e jamais vou cobrar pelo projeto. Não tenho muitas parcerias, mas estamos sempre de portas abertas”.

O atacante bicolor começou no projeto do professor Barata, em Castanhal (Foto: Reprodução)

A prova de que dá para atingir seus objetivos

Cria da ‘Associação Esportiva Pirapora’ de Castanhal, o atacante do Paysandu, Leandro Cearense, 30, conheceu o projeto quando ainda tinha 15 anos. Foi através do professor Barata que o menino de Castanhal ingressou nas atividades do projeto e, de lá, só saiu quando foi jogar profissionalmente no Santa Rosa.

“Era um sonho meu ser jogador de futebol, mas as pessoas me criticavam muito, diziam que eu nunca chegaria onde, graças a Deus, estou hoje. O professor Barata foi espetacular no meu crescimento e sou suspeito para falar desse trabalho emocionante que ele faz pelas crianças em Castanhal”, destacou Leandro, lembrando ainda de quando Barata era jogador de futebol e inspirava o pequeno atleta. “Eu via ele jogar e achava incrível”.

Cearense conta ainda que o apoio da família também sempre foi fundamental para que ele não desistisse do ideal de ser um jogador profissional de futebol. “Por isso sempre que eu posso digo para a garotada nunca desistir. Claro que não é fácil, claro que nem sempre são flores, mas a gente não deve ir pela desmotivação dos outros, e sim pelo o que o nosso coração diz”, disse.

(KL Carvalho/Diário do Pará)

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Esporte Pará

Leia mais notícias de Esporte Pará. Clique aqui!

Últimas Notícias