plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Previsão do Tempo 28°
cotação atual R$


home
ESPORTE PARÁ

Paraenses vão buscar medalhas na Paralimpíada

Ser um paratleta é se desafiar. É treinar, ter disciplina e dedicação em dobro – ou bem mais do que isso. É viver o esporte de todas as maneiras e ser movido pela superação (e aqui, essa palavra, tão banalizada, é empregada corretamente). E tudo isso será

Ser um paratleta é se desafiar. É treinar, ter disciplina e dedicação em dobro – ou bem mais do que isso. É viver o esporte de todas as maneiras e ser movido pela superação (e aqui, essa palavra, tão banalizada, é empregada corretamente). E tudo isso será visto daqui a 11 dias, quando começa a Paralimpíada Rio-2016. Serão mais de quatro mil atletas competindo, sendo que, dentre estes, quase 300 brasileiros estarão nas mais diversas modalidades, disputando as 528 medalhas.

O Pará terá fortes competidores na disputa, com chance real de medalha. No atletismo, Alan Fonteles – campeão paralímpico e mundial; no judô, o campeão por equipes do Mundial nos EUA, Rayfran Mesquita; e, no basquete em cadeira de rodas, Perla Assunção, Lia Soares, Lucicleia Costa, Vileide Brito e Andreia Farias, que formam o time favorito ao ouro.

A convocação, para a ala armadora da equipe do All Star Rodas, Perla Assunção, não foi nenhuma surpresa, já que o trabalho no clube e na seleção vem de alguns anos. Mas isso não impede o friozinho na barriga. “A gente vai para uma competição que é a mais importante na nossa categoria, então é inevitável aquela ansiedade de poder estar em quadra jogando e batalhando para que a gente possa conquistar essa medalha”, comentou a atleta, que participa de uma Paralimpíada pela segunda vez.

Uma das jogadoras de maior destaque do grupo, a pivô Lia Soares, que não joga mais na equipe paraense All Star Rodas há sete meses, porque recebeu um convite de uma equipe de São Paulo, disputa a terceira Paralimpíada consecutiva. “Quero dar o meu melhor e sair com o pensamento de dever cumprido. Jogar diante do torcedor brasileiro tem um gostinho especial”, pontuou Lia Soares.

Para entender - modalidades dos paraenses

Basquete em cadeira de rodas

Os atletas precisam usar cadeiras de rodas padronizadas. É obrigatório obedecer até mesmo o diâmetro máximo dos pneus e a altura máxima do assento e do apoio para os pés em relação ao chão.

Judô

Os atletas estão divididos em três classes, todas começando com a letra B (de blind, cego em inglês): B1 – o atleta pode perceber a luminosidade, mas não identifica objeto ou pessoa; B2 – os atletas conseguem perceber vultos e reconhecer formas; e B3 – o judoca é capaz de perceber imagens.

Atletismo

Há provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos. Nas corridas, os atletas com deficiência visual mais alta podem ser acompanhados por guias. Entre os deficientes físicos, há corridas com uso de próteses ou em cadeiras de rodas.

Rayfran Pontes é a esperança no judô

Postados frente a frente, com a pegada do judô previamente estabelecida pelo árbitro, o sentido do tato é preponderante na versão paralímpica da modalidade. Mas, aliado ao trabalho das mãos na gola e nas mangas do rival, a audição ocupa função de destaque para o sucesso dos atletas. É preciso, portanto, sensibilidade, e só os melhores foram convocados à Paralimpíada. Entre eles, o paraense Rayfran Pontes, 24, de Parauapebas. Ele vai disputar na categoria ‘ligeiro’, classe B1 (veja o quadro). Rayfran, que perdeu a visão ainda criança, surgiu no projeto social do treinador Sérgio Soares, em Parauapebas, onde começou a praticar o esporte com 17 anos, mas se despediu da cidade em 2013, quando, após destaque em competições regionais, passou a ser atleta permanente da seleção brasileira.

VAI DEFENDER O OURO

Essa é a terceira edição das Paralimpíadas que o paraense Alan Fonteles participará. Na primeira, em 2008, em Pequim, ele ganhou a medalha de prata; já em 2012, em Londres, ele ganhou o ouro nos 200m T44, superando Oscar Pistorius, lenda do atletismo que, logo depois, foi condenado à prisão acusado de matar sua namorada. Apesar da ausência do forte adversário na Rio 2016, o paraense já declarou que não acredita em uma disputa fácil, mas é difícil conter o ânimo dos paraenses coma sua volta ao esporte. Alan surpreendeu o mundo, em 2014, ao dizer que perdera a alegria de correr e que precisaria tirar um ano sabático. Ele só voltou a competir em 2015, no Parapan-Americano de Toronto, onde faturou as medalhas de ouro nos 200m e prata nos 100m. Já no Mundial de Doha, também em 2015, Alan ficou com a prata nos 200m e o bronze nos 100m.

(Diário do Pará)

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

Mais em Esporte Pará

Leia mais notícias de Esporte Pará. Clique aqui!

Últimas Notícias