A eleição que apontará o próximo presidente do Remo, marcada para o dia 23 deste mês, será apenas a segunda na história do clube a ser realizada pelo voto direto dos associados do clube. A primeira, bastante conturbada, com o primeiro sufrágio sendo anulado pela justiça, elegeu Pedro Minowa para suceder Zeca Pirão, que tentava, na oportunidade, a reeleição. Minowa, porém, teve vida curta no comando da agremiação, sendo forçado a deixar o cargo por pressão do Conselho Deliberativo (Condel), sob a alegação de improbidade administrativa, até hoje não esclarecida ao público pelo Condel.
Com a implantação do voto direto, o Remo atingiu o estágio democrático, adotado, hoje, pela maioria dos grandes clubes brasileiros. Antes, o presidente do Leão era eleito por um grupo restrito de conselheiros, beneméritos e grandes beneméritos, que tinham nas mãos o poder de constituir e destituir presidentes. O voto direto veio para satisfazer o anseio do quadro de associados do clube, que via na antiga forma eleitoral uma maneira de um pequeno grupo privilegiado dar as cartas no comando azulino. A nova escolha do presidente remista, na opinião dos torcedores, permite uma maior fiscalização e cobrança da gestão do candidato eleito. Podem votar os sócios proprietários que estejam em dia com suas mensalidades, e os remidos, que não têm a obrigação do pagamento.
Embora o Leão tenha hoje um universo de quase 23 mil associados, sendo dez mil remidos, no último pleito foram poucos aqueles que deixaram seus afazeres ou lazer de lado para exercer o direito de voto. Pouco mais de 1.500 eleitores participaram da eleição que apontou Minowa como presidente e Henrique Custódio como vice, com ambos vindo a renunciar aos seus cargos menos de um ano depois, após um período licenciados das funções.
(Nildo Lima/Diário do Pará)
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