Um clássico que faz muita falta

O Campeonato Paraense 2015 caminha para a sua reta final deixando a impressão de não ter empolgado o torcedor. A soma total de público da competição em 48 partidas disputadas até aqui é de 134.701 torcedores, o que representa uma média de 2.806 torcedores pagantes por jogo.

Como ainda faltam seis partidas para que o Estadual seja concluído, os números, claro, serão aumentados, ainda mais que a fase semifinal conta com as participações de Remo e Paysandu, que podem até decidir o returno.

Em comparação com o público do Parazão 2014 - 297.555 - de fato, a edição deste ano, independente do público que venha a ser auferido nos jogos restantes, é inferior.

Mas o que não tem sido levado em conta é a diferença no número de partidas entre as duas edições do campeonato. No ano passado foram disputados 98 jogos, enquanto que na atual temporada, com o calendário mais apertado e a competição mais enxuta, são apenas 52, uma diferença de 46 partidas.

Caso o atual campeonato tivesse o mesmo número de partidas do ano passado - 98 -, o total de público seria de 263.731 torcedores, tomando por base a média 2.806 torcedores por partida da atual edição. Isso representaria 2.691 pessoas por jogo, uma diferença de apenas 345 por jogo em relação ao ano passado.

Ressalte-se ainda que o Estadual em disputa só poderá chegar a realização de, no máximo, dois clássicos, ao passo que em 2014 houve uma overdose de confrontos entre Leão e Papão, com a disputa de oito clássicos, sendo quatro deles até a fase classificatória do returno.

Só os quatro clássicos disputados até a fase classificatória do returno de 2014 arrastaram um total de 73.334 torcedores pagantes ao Mangueirão. Marca, obviamente, bastante superior aos 17.381 torcedores presentes no único Re-Pa disputado até aqui no Estadual deste ano.

Do total de 297.555 torcedores no Parazão do ano passado, 118.711 foram proporcionados pelo grande duelo entre azulinos e bicolores. Pelo que os números indicam, o que faltou mesmo ao Parazão 2015 foram mais jogos, principalmente clássicos, e não motivação por parte do torcedor.

(Diário do Pará)