Para jogadores, vantagem só em último caso

Com a vitória no jogo de ida por 2 a 1, o Papão enfrenta o Tupi-MG tendo ao seu favor a vantagem do empate. Para o time mineiro só resta uma saída, caso queira seguir na competição: vencer o adversário, em Juiz de Fora, por 1 a 0 ou por placar superior, desde que não seja por diferença de um gol, como, por exemplo, 3 a 2, 4 a 3 e assim por diante, pois os resultados interessam ao Paysandu pelo gol marcado fora. Caso o Tupi vença por 2 a 1, de acordo com o regulamento do Brasileiro, o time classificado será conhecido em cobranças de tiros livres da marca do pênalti. A equipe que avançar a fase semifinal da competição terá como adversário o Mogi Mirim-SP, que ontem eliminou o Salgueiro-PE.

Embora a vantagem não seja desprezível, os bicolores deixaram Belém, na última quinta-feira (23), prometendo buscar a vitória. Segundo eles, o regulamento, neste momento, poderia ser mais um adversário que um aliado do time na decisão. “Normalmente o time que entra numa final com o pensamento em empate, acaba se atrapalhando e deixando escapar aquilo que procura alcançar”, salientou o lateral Yago Pikachu. “Por isso, vamos deixar de lado esse negócio de vantagem e tentar a vitória”, completou.

O zagueiro Fernando Lombardi foi outro que disse preferir não ligar para a vantagem. “Numa hora dessas, de decisão, o que o que o time deve fazer é se entregar em campo, sem pensar em regulamento, em vantagem, essas coisas”, declarou.
Um pouco mais realista, o meia Heverton reconheceu que a vantagem é interessante, mas que ela só deve ser festejada após o jogo, caso venha a beneficiar o time bicolor. “Antes e durante a partida não devemos levar em conta o regulamento”, afirmou.

Ansiedade toma conta da Fiel Bicolor

Em alto astral, a Fiel Bicolor promete acompanhar atentamente o desenrolar do jogo, que terá transmissão ao vivo em canal fechado de televisão, assim como cobertura completa pela Rádio Clube do Pará e pelo portal Dol, ambos do Grupo RBA.

Alguns torcedores não se contentaram com a ideia de ver, de longe, o Papão decidindo sua sorte no Brasileiro e seguiram em caravanas ou individualmente para o interior de Minas Gerais, iniciativa semelhante a que foi feita por ocasião da final da Copa Verde, em Brasília. Para aqueles que não puderam viajar, por um motivo ou outro, a saída é acompanhar o jogo pela televisão em casa ou nos diversos bares que devem proporcionar aos seus clientes a instalações de telões em suas dependências.

O time bicolor espera ter o apoio engrossado pelos paraenses que moram em Juiz de Fora e outras cidades de Minas Gerais e Estados vizinhos. É o caso, por exemplo, da família do atacante Bruno Veiga, que, segundo o atleta, deixará o Rio de Janeiro para prestigiar a equipe listrada no estádio Mário Helênio. “É mais uma ajuda que vamos ter nas arquibancadas. Meus pais sempre torcem pelo time onde estou jogando e agora aqui no Paysandu, ele não vão deixar de dar aquela força, ainda mais com o jogo tão perto do Rio”, ressaltou o artilheiro do Papão na Série C, com quatro gols.

(Diário do Pará)