Técnico encara reta final como guerra

“O Paysandu, quando enfrentou o CRAC em casa, venceu? Não. O líder Fortaleza venceu o CRAC em casa? Também não. O CRB, vice-líder, perdeu para eles no Rei Pelé! As estatísticas apontavam e eu usei isso na preleção. Apesar da posição, o CRAC é um adversário indigesto fora de casa. E ele só veio nos enfrentar como lanterna porque perdeu três pontos no STJD”. Com essas palavras, o técnico João Galvão procurava dar a dimensão do feito que o representava a vitória do Águia no último domingo (14). O placar de 2 a 1 definiu a terceira rodada seguida invicta do time de Marabá, que segue vivo na briga pela permanência na Série C.

A festa de atletas, comissão, torcida e dirigentes foi inevitável ao final da partida, mas mesmo no auge das comemorações os atletas não perdiam o foco sobre o desafio que ainda têm pela frente. “Nosso time lutou, estão todos de parabéns. Temos um jogo difícil fora de casa agora, e sabemos que essa vitória não livra de nada. Precisamos vencer para chegar lá e precisamos vencer fora de casa”, avisou o experiente volante Mael.

O meia Diego Palhinha completou o comentário do colega dizendo que a comemoração só vinha segunda-feira. “Para nós ainda não acabou. Ainda vamos secar o Treze-PB, para ver se terminamos a rodada fora da zona de rebaixamento”, comentou.

Técnico motivador e de jeito simples, Galvão aponta a união e dedicação do grupo como o responsável pela vitória e define os próximos duelos como mais três guerras a serem vencidas. “Vencemos a ‘guerra’ Contra o CRAC, domingo (dia 21) teremos a ‘guerra’ das Alagoas”, definiu.

O treinador ainda não sabe se prepara alguma mudança para o jogo do próximo final de semana. Galvão, no entanto, guarda um desejo para essa reta final do brasileiro: que os times paraenses consigam vencer e chegar aos seus objetivos. “Torcemos aqui para que o Paysandu conquiste o acesso, para que o Remo chegue à Série C e que o Águia consiga se manter, porque é sempre um desafio disputar competições nacionais, e o futebol paraense precisa de um impulso”, finalizou.

(Diário do Pará)