Atlético faz 2 a 0 na Juventus e fica perto da vaga nas quartas

O Atlético de Madrid mostrou toda a sua força dentro de casa na tarde desta quarta-feira, no Wanda Metropolitano, na capital espanhola. Com um toque da garra uruguaia, pátria dos zagueiros Gimenez e Godín, autores dos gols dos anfitriões, o Atleti disparou 2 a 0 sobre os italianos, resultado construído na bola parada e já na metade final do segundo tempo.

A diferença poderia ser ainda maior caso Diego Costa e Griezmann não perdessem gols feitos, ou o VAR não anulasse um tento de Morata, todos com o resultado ainda zerado no placar. A Juve, por sua vez, mostrou muita dificuldade de jogar ao ficar atrás do placar.

A decisão sobre quem avança à próxima fase sairá no dia 12 de março, quando os italianos receberão os espanhóis em seus domínios, no Allianz Stadium. Para passar, a Velha Senhora precisa vencer por três gols ou mais de diferença. Novo 2 a 0 leva a decisão aos pênaltis. 3 a 1, 4 a 2, 5 a 3 e afins dão a vaga ao Atleti, que joga por todos outros resultados que não esses.

Ataques fortes, defesas mais ainda

O jogo se desenhou para ser um duelo de bastante imposição física, com ambos os times apostando em atletas mais altos e fortes (Cristiano Ronaldo, Mandzukic e Betancur de um lado, Diego Costa, Thomas e Rodri do outro) do que nos rápidos Griezmann e Dybala, muito bem marcados pela dedicação dos atletas na hora de defender. Coube à genialidade criar espaços.

Primeiro foi Cristiano, que sofreu falta na intermediária, pelo lado esquerdo, e chutou muito forte, exigindo boa defesa de Oblak. Depois, Griezmann achou Diego Costa pelo lado esquerdo do ataque madrilenho, o centroavante colocou na frente e sofreu um toque no calcanhar de De Sciglio. O juiz apontou pênalti inicialmente, mas o VAR avisou que o lance ocorrera fora da área. Griezmann bateu forte e Szczesny defendeu.

O embate caiu um pouco em termos de emoção com os times preferindo dosar um pouco mais a força na sequência do jogo. Até o intervalo, os dois lances mais notáveis contaram com a participação de Thomas. No primeiro, ele chutou forte e parou em boa defesa do goleiro. No segundo, ele deu um forte carrinho em Dybala e recebeu um justo cartão amarelo.

Garra uruguaia decide

Na volta para a etapa final, o Atleti teve duas chances claríssimas de abrir o placar. A primeira aos cinco minutos, quando Diego Costa aproveitou desvio de Griezmann, ganhou na corrida de Bonucci e só pecou na hora de chutar, mandando alguns metros para fora. Pouco depois, Koke serviu Griezmann dentro da área e o francês encobriu Szczesny, que evitou o tento com um leve tapa. A bola bateu no travessão e voltou para Chiellini afastar.

Simeone resolveu mandar o time para cima, sacou Diego Costa, Thomas e Koke para colocar apenas meias e atacantes, e começou a colher os frutos aos 25 minutos. Após bola cruzada por Filipe Luís, Morata deslocou Chiellini e marcou o gol. Com o auxílio do VAR, no entanto, a arbitragem viu a infração do centroavante e anulou o tento, mas não conseguiu frear a empolgação.

O gol veio aos 33 minutos, quando Morata cabeceou após escanteio, Chiellini afastou parcialmente e Gimenez, de carrinho, conseguiu deslocar o goleiro para abrir o placar. Simeone, no banco, agarrou a parte frontal da calça, na região dos testículos, em celebração conhecida dos argentinos e uruguaios.

A Juve não conseguiu reagir e, na base da pressão, saiu o segundo. Griezmann bateu falta pelo lado direito, Bonucci afastou parcialmente e Godín, com Szczesny, foi capaz de ajeitar o corpo para chutar. A bola ainda bateu em Cristiano e foi para o gol. Na base do desespero, os visitantes ainda ficaram perto de anotar um gol com Bernadeschi e Cristiano Ronaldo, mas Oblak e um pouco de imprecisão do português impediram.

Fonte: Gazeta Esportiva