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Santos volta a fazer cortes, e empresa explica caminho da profissionalização

Santos passa por novo período de cortes (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press) O Santos vive novo momento de cortes e redução de gastos. Nessa segunda-feira, dois profissionais de alto escalação foram desligados: Alexandre Librandi, gerente de patrimônio, f

O Santos vive novo momento de cortes e redução de gastos. Nessa segunda-feira, dois profissionais de alto escalação foram desligados: Alexandre Librandi, gerente de patrimônio, foi demitido, e Clóvis Cardoso, gerente do CT Rei Pelé, não teve contrato renovado.

Esses funcionários não serão substituídos e outros vários terão vínculos rescindidos em todos os departamentos nos próximos dias. Nas categorias de base, cerca de 50 atletas já saíram. Assim como no marketing, com alguns terceirizados. No jurídico, consultores foram dispensados.

Com dificuldades financeiras, o Santos busca receitas urgentes e tenta enxugar as folhas salariais do futebol e administrativas. O processo conta com a ajuda da empresa Ernst & Young, especialista em serviços profissionais.

Pedro Daniel, gerente sênior da EY, explicou os caminhos da profissionalização em entrevista à Gazeta Esportiva. O grande exemplo é o Flamengo – depois de deixar o futebol de lado para organizar a casa, o clube carioca se sustenta e tem enorme poder de compra no mercado.

“O trabalho é muito mais estratégico do que operacional. A gente conversa, assessora, indica caminhos e é o clube quem executa. Até porque o trabalho dura dois meses, é diferente dos cinco anos no Flamengo, por exemplo. O Santos precisa saber o papel que quer exercer. Se é um clube social para privilegiar a cidade, por exemplo, não é um demérito. É preciso analisar as peculiaridades para definir onde se pode chegar em médio prazo”, disse o gerente.

“O Flamengo, por exemplo, resolveu privilegiar as contas em detrimento à concorrência por um elenco profissional forte como os demais. Isso foi deixado claro e em pouco tempo há uma grande mudança de patamar. Hoje o clube pode concorrer de igual para igual e fazer as maiores contratações do futebol brasileiro. O endividamento lá chegou a R$ 800 milhões e o faturamento era de R$ 200 milhões, não havia outra forma a não ser cortar radicalmente e diminuir esse rombo”, completou.

A fase atual é de entendimento da situação do Santos, com reuniões periódicas entre os executivos para traçar um planejamento estratégico.

“A gente fez e está fazendo um grande diagnóstico para saber a maturidade do Santos. Não adianta pensar no futuro sem entender o que ocorre agora. E não se pode impor, cultura se implementa, não pode forçar. E o Santos tem algumas peculiaridades sobre o Conselho, por exemplo, então é algo gradativo”, afirmou Daniel.

“O Santos não necessariamente precisa fazer como o Flamengo fez. O Santos tem um faturamento de cerca de R$ 300 milhões e pode aumentar as receitas sem grandes cortes, por exemplo. Ou ter um orçamento de acordo com o que fatura atualmente. É por isso que eu digo que o clube precisa entender o seu papel e saber onde quer chegar. Flamengo quis ser o maior das Américas e conseguiu, Santos quer ser um clube social? Abrir capital? Disputar de igual para igual com os rivais do Estado? Dependendo do objetivo, traça-se um planejamento estratégico”, emendou.

Vanderlei é exemplo do dilema por redução de gastos no Santos (Ivan Storti)

Pessoas próximas ao presidente José Carlos Peres relatam o estímulo pela coragem de fazer cortes importantes no futebol, mesmo que a torcida não goste. Um exemplo é o de Vanderlei: titular absoluto desde 2015, o goleiro recebe um dos maiores salários do elenco e pode ser negociado.

“Não sei se a palavra certa é coragem, mas é preciso ter uma grande iniciativa de mudar e muitas vezes esse não é o caminho mais fácil. Antes era possível acumular dívidas sem maiores responsabilidades, hoje em dia não. Há responsabilidade da pessoa física para dirigentes, incentivos fiscais cortados… Por isso não vejo como coragem, mas sim uma tendência, um caminho mercadológico que o Santos começa a exercer, de se planejar, profissionalizar as chefias e pensar mais macro”, analisou o diretor da EY.

Por fim, Daniel nega que a Ernst & Young tenha papel decisivo na escolha das demissões já feitas e nas que ocorrerão nas próximas semanas.

“A empresa não teve papel determinantes nesses cortes já feitos pela gestão. A gente faz orientações periodicamente, não há execução. Isso é papel da diretoria, não nosso. Os cortes administrativos são importantes, mas os do futebol têm grande peso. Só que essa é uma questão mais técnica, de venda e negociação, algo que não entramos no mérito”, concluiu.

Fonte: Gazeta Esportiva

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