Carille destaca obediência da equipe e descarta falar em título

O técnico Fábio Carille deixou o gramado da Arena do Grêmio impressionado com a obediência tática demonstrada pela sua equipe na tarde deste domingo, diante do vice-líder do Campeonato Brasileiro. Cumprindo à risca o plano de jogo determinado inicialmente, o time conseguiu travar o bom toque de bola do adversário e ainda fez o gol da vitória em uma boa escapada do volante Paulo Roberto, única novidade na escalação, substituindo o suspenso Gabriel.

“Tudo que a gente se planejou, as infiltrações, com a linha de 4, o Luan flutuando, a gente se comportou muito bem. Tem feito muito bem”, disse o comandante, iniciando seu trabalho já de contenção dos ânimos dos atletas. “Representa muito, mas tem muita coisa para acontecer. Não vou falar de título, tem ponto demais para sair, muita coisa para acontecer. Estamos muito satisfeitos com o que a equipe fez dentro de campo”, avaliou, contente por ter superado o talento individual de Luan.

“Consigo ter uma leitura muito boa pela TV também, o que mais me preocupava era a questão das infiltrações pelo lado e do Luan. Quando o Grêmio tinha a posse de bola a gente conseguiu pressionar bem e travou esse jogo”, continuou, exaltando a obediência dos seus comandados.

“Foi uma ideia que nós trouxemos para o grupo desde o começo, não mudei minha forma de jogar, os atletas compraram a ideia. É o conjunto, conjunto de comissão, não paramos em momento algum. Fomos muito criticados no começo e agora vai ser isso que vamos fazer. Mesmo com toda essa empolgação, vamos nos manter fechadinhos”, disse.

Carille só não se segurou ao ser questionado sobre a qualidade individual dos seus jogadores, que estaria abaixo da vista em outras equipes da competição. Para ele, as avaliações que colocavam o Timão abaixo dos outros não tinham razão.

“Não gosto de ficar lendo muito, assistir, não tem como ficar alheio ao que vem acontecendo. No começo do ano, eu olhava meu time no papel e pensava: “Será que o Cássio é menos que os outros? O Fagner? Será que o Jô jogou uma Copa porque é bonito?”. São coisas que você pesa”, concluiu o treinador.

Fonte: Gazeta Esportiva