Remo está disposto a encerrar o retrospecto negativo como mandante

O número “33” para o Clube do Remo, em especial para a sua torcida, representa uma conquista simbólica em termos de rivalidade estadual. É a quantidade de jogos que o Leão ficou sem perder para o seu maior rival, o Paysandu, entre os anos de 1993 e 1997. Até hoje, o feito conquistado pela agremiação é reconhecido como o mais expressivo em disputas oficiais de clássicos, sendo que, ao longo dos anos, o time foi beneficiado, também, com títulos.

Contudo, outro tabu e com os mesmos “33”, não trazem boas recordações para os remistas. Há exatos 33 anos, o Cube do Remo vencia pela última vez, em Belém, o ABC-RN, seu adversário de amanhã à noite, pela 16° rodada da Série C. Dessa maneira, além de brigar por escapar do Z2, o embate de amanhã valerá a queda deste indigesto jejum para o Leão.

Mesmo com todo esse tempo, ao todo, foram apenas cinco partidas entre as agremiações em solo paraense, com uma mísera vitória para o Leão, dois empates e duas derrotas. A única vitória aconteceu justamente no primeiro duelo em solo paraense, pela elite do Campeonato Brasileiro, em 1985, com o placar de 1 a 0 para os remistas.

De acordo com a equipe azulina, independente do aspecto histórico, esse é o momento de se concentrar exclusivamente na atualidade e no resultado positivo. Porém, qualquer motivo que faça o time se inspirar ainda mais dentro das quatro linhas, é válido. “O que aconteceu antes, não nos importa mais. Temos que focar no futuro trabalhar no dia a dia para mudar e procurar sempre o melhor. Mas tem coisas que nos fazem correr mais. Precisamos vencer e vamos entrar em campo para vencer. O nosso torcedor vai nos apoiar e vamos correr por eles”, frisou o zagueiro Mimica.

Além de quebrar o retrospecto ruim entre os times, uma vitória frente ao time potiguar faria com o Leão devolvesse a derrota sofrida no primeiro turno, de 2 a 1. Desse modo, os pretextos para que o grupo busque o seu máximo são inúmeros para jogo. Mas, como afirmaram os atletas, nenhum é superior à sede de escapar do Z2. “Acho que nada é mais importante pra nós, como grupo, do que sair dessa situação, né? Se a vitória vier, queira Deus que venha, tudo isso fica para trás, e a oportunidade de respirar também, para podermos pensar sempre em coisas melhores na tabela”, completou Mimica.

Netão deve repetir a escalação

No Mangueirão, na última quinta-feira (26), Netão esboçou uma pequena mudança no time titular azulino para o confronto frente ao ABC-RN, amanhã à noite. Dentre as alterações, a possível entrada de Geandro na vaga de Vacaria, que tinha atuado como titular, foi a que mais preocupou o comandante, pelo sistema ofensivo do adversário. No entanto, na busca por uma melhor combinação e de um entrosamento, Netão deverá manter a mesma equipe que venceu o Confiança por 2 a 0, na semana passada.

Essa é primeira vez com Netão que o Remo dará sequência no time titular de uma partida para outra. Sendo assim, aos remanescentes, a chance de honrar a decisão do treinador será lembrada ao longo dos 90 minutos. “Cada um de nós, entrando ou não, temos um papel muito importante. Nosso grupo está muito motivado e fechado pelo desejo de ajudar o Remo. Mas quem tiver a chance de vestir a camisa e jogar, precisa se doar em dobro para afirmar a escalação. Vou continuar com a mesma vontade e espero ajudar ainda mais o meu time”, disse o centroavante Eliandro, que voltará a assumir a camisa 9.

(Matheus Miranda/Diário do Pará)