Papão quer encerrar Série B mirando a metade de cima da tabela

Motivação é o que não falta ao Paysandu para o jogo de amanhã, contra o Figueirense-SC, mesmo a despeito de o time não ter chegado ao sonhado acesso á Série A de 2018. O Papão se despedirá da Série B do Brasileiro jogando fora de Belém, condição em que tem conseguido surpreender, por algumas vezes, os adversários. Não bastasse isso, a equipe bicolor tem o desafio de acabar com o tabu de nunca ter vencido o Figueira jogando como visitante e, ainda, o de encerrar sua participação na Série B na primeira página da classificação.

Jogando como visitante, o Papão obteve 21 dos 54 pontos que disputou, um aproveitamento de 38.9%, o que representa a melhor campanha de um time local, em Brasileiro, em jogos fora de Belém. Para motivar ainda mais os bicolores, este ano, o time já acabou com a escrita de, até então, não vencer o Náutico-PE, em Pernambuco, aplicando 3 a 1 no adversário, pela 34ª rodada da Série B. Mas a principal meta do campeão paraense é fechar a temporada emplacando a chamada primeira página da tabela de classificação do campeonato.

O zagueiro Diego Ivo, por conta de todos esses fatores motivacionais, não acredita em uma partida apenas para cumprimento de tabela, como muitos podem pensar. “A concentração e a entrega serão as mesmas, até porque tem outras coisas envolvidas até para o calendário da base do Paysandu”, alertou Ivo, referindo-se a vaga do representante do Pará na Copa Brasil, categoria sub-20, baseada na classificação final do campeonato. “Além disso, queremos a primeira página da classificação. Então, vamos para o jogo motivados”, anunciou.

O Papão ocupa, hoje, a 11ª colocação na tabela de classificação, podendo desbancar o Juventude-RS, que soma 51 pontos e está na 8ª posição e já encerrou sua participação na competição, sendo goleado pelo Santa Cruz-PE, por 5 a 2, na última terça-feira, no Arruda, em Recife. Caso derrote o Figueira, o Paysandu chegará também a 51 pontos, mas passaria a contar com 14 vitórias contra 13 do time gaúcho, no primeiro critério de desempate.

Um carinha bem difícil de marcar, não é, Diego?

O zagueiro Diego Ivo foi acompanhado, ontem pela manhã, na coletiva à imprensa pelo filho Diogo, de dois anos, e que, segundo o jogador costuma dar mais trabalho do que muitos atacantes que ele enfrenta na carreira. Serelepe, o garoto não parava um só instante na sala de imprensa da Curuzu, obrigando Ivo, em determinados momentos da entrevista a desviar o foco de seus entrevistadores.

“O Diogo às vezes é até mais difícil de marcar do que muitos atacantes. É muito apegado comigo. Em casa ele dá trabalho sim, então tenho um pouco de dificuldade”, contou Ivo. “Até quando vou ao banheiro ele abre a porta e quer sempre estar perto de mim”, prosseguiu o zagueiro. Apesar de toda a trabalheira dada pelo garoto, o jogador não esconde a felicidade por ser pai.

“Ele é a maior motivação que tenho na vida”, disse Ivo. “Ele é um dos motivos pelos quais eu dou a vida dentro de campo. É o meu filho, o meu sonho e que hoje está aqui ao meu lado”, declarou o jogador, enquanto Diogo não parava de contar os Lobos, logomarca dos produtos do clube, expostos no telão de fundo da mesa onde estava o entrevistado.

(Nildo Lima/Diário do Pará)