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ESPORTE BRASIL

Equipe paraense participa de Campeonato Brasileiro de Poker por Equipes

Considerado o jogo de cartas mais popular do mundo, o poker tem ganhado cada vez mais adeptos em Belém. E em alguns casos, vai além da emoção das apostas, do hobby que exige tanto ou mais habilidade mental que o xadrez. Tem gente que já fez das mesas, tor

Considerado o jogo de cartas mais popular do mundo, o poker tem ganhado cada vez mais adeptos em Belém. E em alguns casos, vai além da emoção das apostas, do hobby que exige tanto ou mais habilidade mental que o xadrez. Tem gente que já fez das mesas, torneios e campeonatos de poker uma profissão. É o caso de muitos integrantes da Federação Paraense de Poker, que estão em São Paulo, onde participam, a partir de hoje, da 5ª edição do Campeonato Brasileiro de Poker por Equipes (CBPE).

O torneio coloca frente a frente os principais nomes do poker nacional e tem 18 seleções representando seus respectivos estados, com equipes formadas por seis jogadores e um técnico. Entre os nomes, devem constar, obrigatoriamente, o do campeão estadual e de uma representante do sexo feminino. O Pará foi com Piragibe Junior como técnico, com o campeão estadual Glauter Oliveira e Raquel Paula como representante feminina. Além deles, integram a equipe Elvis Renan, João Bosco Junior e Lucca Mendes.

“É um tipo de torneio totalmente diferente, já que a estratégia coletiva se torna importante em um esporte como o poker, onde as pessoas estão acostumadas a jogarem somente para si na maior parte do tempo”, comenta Ueltom Lima, presidente da Confederação Brasileira de Texas Hold’em (uma das modalidades do poker).

O paraense Elvis Renan, 25, entende bem sobre jogar sozinho. Além das mesas e torneios presenciais, ele costuma jogar on-line contra gente de todo lugar. “Eu comecei a jogar através do Orkut. Meu irmão mais novo me mostrou o jogo, ensinou o básico e achei bem interessante, bem dinâmico. Depois, recebi o convite de amigos para jogar pessoalmente e a partir daí me apaixonei pelo esporte e passei a me dedicar, estudar. As coisas foram fluindo, fui me aprimorando”, conta Renan.

O sucesso nas mesas o fez tomar a decisão de largar a faculdade de Educação Física e o emprego em uma academia para se dedicar a ser um profissional do poker. Elvis conta que, além da prática constante, fez cursos on-line oferecidos por profissionais que estão no ramo há mais tempo. Ele vive do esporte há três anos. “Tem meses que termina no vermelho, mas acabamos compensando no seguinte”, diz Elvis, que chega a faturar uma média de R$ 1 mil a R$ 3 mil dólares nos jogos on-line. Em campeonatos de nível mundial, um bom competidor pode chegar a ganhar R$ 1 milhão.

Elvis Renan integra a equipe paraense que disputa o campeonato. (Foto: divulgação)

“Não é facil tomar a decisão de se dedicar a algo que nem sempe é certo. Você tem que estar bem decidido”, diz Elvis. O mesmo que afirma Glauter Oliveira, 37, destacando ainda que ninguém pode entrar no esporte acreditando que é apenas uma questão de sorte. “Algumas pessoas ainda têm um ponto de vista ruim sobre o poker. Elas começam a ver diferente quando vão conhecer o jogo. Tem gente que acha que o jogo é sorte. Se fosse sorte, eu não estaria vivendo disso”, diz ele, que era corretor de imóveis trocou o emprego fixo pelo poker.

ELES PRECISAM VENCER ATÉ A DESCONFIANÇA DA FAMÍLIA

A dedicação que os atletas passaram a ter com o poker, além do retorno financeiro, fez seus familiares compreenderem melhor escolhas como largar a faculdade ou o emprego. “O que eu ganhava numa noite de poker era o mesmo que eu ganhava em um mês de trabalho. Minha família sempre me apoiou, mesmo com desconfiança, quando larguei os estudos na universidade”, conta Elvis.

Recentemente, ele foi campeão de uma das etapas do campeonato paraense. “A competição vai girando o estado. Fui campeão em Icoaraci e já tenho um prêmio garantido de R$ 50 mil, meu maior na carreira”, conta.

Glauter Oliveira acredita que Belém já tenha em torno de 2 mil jogadores. “Aqui, todo dia tem poker, tem torneio”, diz ele, que falou à reportagem antes da viagem a São Paulo, quando estava participando de mais uma etapa do campeonato paraense, em Santarém. Ao final do circuito, o primeiro lugar no ranking – que até esta semana era liderado por Glauter – recebe um carro. “Dedico de oito a dez horas por dia ao jogo. Minha mulher e minha família começaram a aceitar quando me viram voltar para casa com troféu. O poker é um esporte que eu que acredito vai dominar o Brasil”, prevê.

Aos 20 anos, Raquel Paula é a representante feminina na equipe paraense. (Foto: divulgação)

MULHERES CHEGAM DE MANSINHO NAS MESAS DOMINADAS POR HOMENS

A paraense Raquel Paula, de 20 anos, é a representante feminina na equipe paraense. “Eu jogo há dois anos, no entanto só comecei a me interessar realmente de um ano para cá. Comecei brincado na casa de amigos e quando vi já estava jogando torneios e querendo aprender. Fui me apaixonando pelo esporte”, explica.

Ela conta que a oportunidade de participar de uma equipe como a Federação Paraense de Poker ajuda a desenvolver suas habilidades, que ela ainda considera de iniciante. “Tenho muito a aprender, principalmente com as pessoas que jogam comigo. Fiz amizades brilhantes no poker. Fico feliz de participar do campeonato com uma equipe tão fera, tão técnica, e que está me ensinando muito. A vantagem do campeonato em equipes é aperfeiçoar o próprio jogo com a ajuda dos seus colegas”, diz ela.

Apesar de não praticar profissionalmente o esporte, Raquel só lamenta fazer parte de uma minoria nos torneios e mesas. “No poker em si é bem difícil encontrar mulheres. Principalmente aqui no Pará, onde pouquíssimas conhecem o esporte. No entanto, as que estão conhecendo, estão gostando. A gente pode acompanhar essa evolução ao comparar com o ano passado, quando só tinha uma mulher para ir, enquanto este ano existiam mais”, comenta ela, que espera que mais mulheres conheçam o esporte. “As pessoas e os lugares aqui em Belém são superacolhedores com novos jogadores”, garante.

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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