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ESPORTE BRASIL

Órgão antidoping no Brasil é investigado

A ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem) reconquistou em abril certificação para realizar testes, mas ainda não saiu da alça de mira da Wada (Agência Mundial Antidoping), órgão que regula o combate a substâncias ilícitas no esporte. Entre os

A ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem) reconquistou em abril certificação para realizar testes, mas ainda não saiu da alça de mira da Wada (Agência Mundial Antidoping), órgão que regula o combate a substâncias ilícitas no esporte.

Entre os dias 13 e 19 deste mês, uma equipe do departamento de inteligência e investigação da agência esteve na sede da ABCD, em Brasília, para interrogar funcionários e verificar procedimentos -a autoridade é vinculada ao Ministério do Esporte.

A delegação foi composta pelo diretor do setor de inteligência, o alemão Günter Younger, por outros dois investigadores e um intérprete. A divisão foi criada pela agência mundial em junho do ano passado.

Younger trabalhou com a Interpol e a Europol e fez parte de força-tarefa da Wada que investigou o programa estatal de doping na Rússia.

Além da atuação em Brasília, Younger e os investigadores também fizeram averiguações em São Paulo e no Rio de Janeiro.

A reportagem apurou que a motivação para o pente fino foram denúncias feitas contra a atuação da ABCD. A delegação, então, decidiu vir ao Brasil para aprofundar as apurações -a Wada tem base em Montréal, no Canadá.

Entre as denúncias estão conflito de interesse na nomeação de cargos dentro da entidade. O jornal "Folha de S.Paulo" mostrou, em reportagem de novembro de 2016, que pessoas ligadas a confederações ou empresas da área antidoping passaram a ocupar cargos-chave na ABCD, o que vai contra recomendações recentes da Wada.

O diretor de operações da autoridade nacional, Alexandre Nunes, era sócio de uma empresa especializada em coleta de exames antidoping.

Outro objeto de apuração de Younger e seus investigadores diz respeito à confidencialidade das operações.

Isso quer dizer que atletas e dirigentes poderiam estar sendo alertados sobre testes supostamente surpresas antes de serem feitos.

Ainda em relação aos exames fora de competição, os investigadores indagaram os motivos de o Brasil não tê-los conduzido recentemente.

A agência brasileira ficou recentemente ao menos seis meses sem fazer nem sequer uma análise surpresa, considerada a forma mais eficaz de detectar os trapaceiros.

Procurada, a ABCD disse que a pedido da Wada manterá sigilo sobre o teor da passagem da equipe investigativa da entidade pelo Brasil.

Já a própria Wada afirmou que "o departamento de inteligência e investigação opera de maneira independente" e por isso a agência "não está em posição de comentar as atividades dele".

Em março, a ABCD já havia passado por auditoria da agência mundial. Três oficiais enviados pela organização verificaram a aplicação de padrões internacionais previstos no Código Mundial Antidoping -a cartilha do combate às substâncias.

O procedimento é raro e só havia sido executado com a Rússia e o Quênia, outro país na mira da Wada. Um relatório a respeito ainda não foi submetido pelos membros da comitiva de março.

Em 20 de novembro, em reunião de seu conselho fundador em Glasgow, na Escócia, a Wada retirou a certificação da ABCD. Na prática, a suspensão fez com que testes antidoping feitos no país perdessem validade internacional.

A principal razão para o descredenciamento na época foi a demora para o país pôr em funcionamento seu Tribunal de JAD (Justiça Desportiva Antidopagem), que concentraria as decisões de casos positivos do Brasil.

Quando ele enfim teve sua composição definida, no final do ano, a Wada também não gostou. Muitos dos integrantes tinham ligação com confederações nacionais.

Após processo de recuperação da credencial, a ABCD voltou a ter aval da agência mundial para fazer testes no último dia 12 de abril.

(Folhapress)

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