Flamel está voltando

O Clube do Remo vem sofrendo com a falta de um camisa 10 desde a lesão de Flamel e saída de Eduardo Ramos. Outros jogadores já fizeram esta função, mas ainda não conseguiram corresponder às expectativas e necessidades da equipe. Porém, na tarde de ontem, Flamel, após cerca de dois meses parado, voltou aos treinamentos normais. A expectativa é de que o jogador, em pouco tempo, volte a ser opção para o treinador Josué Teixeira, mas não para a próxima rodada.

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O período no estaleiro de Flamel começou no segundo clássico Re-Pa da temporada, que terminou empatado em 1 a 1. O jogador sentiu uma lesão na panturrilha ainda no aquecimento do jogo e, mesmo assim, decidiu jogar, o que agravou a contusão. Depois de alguns dias se recuperando, o meio-campista, já na fase final, voltou a sentir dores na panturrilha. Após o exame, foi constatada lesão grau dois e mais um período no estaleiro. Há cerca de duas semanas, Flamel já estava confirmado para a grande final do Parazão, quando, no último treino, ele teve sua terceira contusão e voltou ao Departamento Médico.

Ontem, já treinando normalmente, todos esperam que ele já não tenha mais problemas e consiga ter uma sequência na Terceirona. Porém, segundo o médico remista Jorge Silva, colocar o atleta logo contra o Cuiabá-MT, adversário do próximo domingo, seria um risco muito grande. “Pelo tempo maior no Departamento Médico, depois de alguns exames, ele foi liberado e está bem. Mas vai depender muito do trabalho que ele vai realizar. Mas é mais difícil para o Flamel”, afirma o especialista.

Calor? Só o do Fenômeno Azul

A partida entre Clube do Remo e Cuiabá foi confirmada para o próximo domingo, às 19h, no Mangueirão. A diretoria azulina chegou a cogitar a possibilidade de alterar o horário para as 10h, por causa do público, que acabou não agradando na estreia. Com a partida certa para a noite, melhor para os jogadores, que estão aliviados e esperam que o único calor que tenha seja o da torcida na arquibancada.

O volante João Paulo conta que os jogadores que vieram de fora, como é o caso dele e da maioria dos novatos, sentem algumas dificuldades de adaptação às características da região. “Aqui é muito úmido. A gente perde muito líquido, temos de hidratar bastante, suplementar. A dificuldade é essa. Tem o campo pesado também”, comenta. “Temos de nos acostumar e já estamos. Onde você for jogar no Brasil, vai ter alguma dificuldade. No Sul é frio, aqui e no Nordeste é calor. Agora é melhorar tecnicamente para estar bem no próximo jogo”, ressalta o atleta.

Por isso, o meio campista ressalta que é um alívio não ter que jogar nesse horário de 10h da manhã. Mesmo que os jogadores tenham de estar preparados, com esse forte calor, o desgaste é muito grande. “Apesar de estarmos nos acostumando com o clima de Belém, às 10h é desumano. Você vai para o segundo tempo às 11h, quase meio-dia, o desgaste é enorme. 19h, é o melhor horário para a gente jogar. Foi boa a notícia”, comemora o atleta. Para esse horário de 19h, João Paulo espera que o único calor sentido pelos jogadores seja o da torcida lotando as arquibancadas do Mangueirão. “Nosso ponto forte é a torcida, a massa. Esperamos que eles nos apoiem e que a gente corresponda dentro de campo”, conclui o jogador azulino.

(Café Pinheiro/Diário do Pará)