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MÚSICA

Os 50 melhores discos nacionais de 2018

Eu iria começar esse texto dizendo que 2018 foi um dos anos mais difíceis das nossas vidas, mas todos vocês já sabem disso. Prefiro abrir esse resumão do que foi o ano que passou dizendo que a música brasileira brilhou mais uma vez e que sem demagogia alg

Eu iria começar esse texto dizendo que 2018 foi um dos anos mais difíceis das nossas vidas, mas todos vocês já sabem disso.

Prefiro abrir esse resumão do que foi o ano que passou dizendo que a música brasileira brilhou mais uma vez e que sem demagogia alguma eu afirmo e reafirmo que a lista de discos nacionais de 2018 foi muito mais difícil de se montar e está muito mais rica do que a lista de discos internacionais.

Se lá fora não tivemos grandes trabalhos de destaque e as próprias listas dos veículos internacionais se espalharam e diluíram alguns poucos títulos que estão longe de ser obras primas, aqui no Brasil tivemos estreias triunfais, voltas dignas de nota e muita gente produzindo materiais que nos encantam, nos jogam de frente para as questões sociais do país e também nos ajudaram a passar pelo turbilhão que têm sido alguns dos 365 dias mais duros das últimas décadas.

A depender desses artistas e bandas, o futuro é brilhante, e a gente acredita muito nisso. Com vocês, os 50 melhores discos nacionais de 2018.

Ao final da matéria, na última página com o Top 10, você encontra as playlists com uma música de cada um dos 50 discos no YouTube e no Spotify

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50 – Joe Silhueta – Trilhas do Sol

Joe Silhueta - Trilhas do Sol

A banda brasiliense Joe Silhueta é sinônimo de Rock And Roll e muita diversão: reunindo músicos que trabalharam em outros projetos na capital federal, o grupo soube mostrar em Trilhas do Sol a união de rock, psicodelia e folk, tudo acompanhado de um show explosivo para mostrar o trabalho Brasil afora.

49 – Scatolove – Lei de Muffin

Scatolove - Lei de Muffin

A estreia do projeto do casal Léo Ramos (Supercombo) e Isa Salles veio com Lei de Muffin, cujo nome mostra que a ironia e os trocadilhos tão presentes nas letras de Léo em sua banda principal ainda aparecem nas canções dançantes que também dão espaço a assuntos mais pesados e sérios, contados de forma soturna e direta.

48 – Cora – El Rapto

Cora - El Rapto

A estreia da dupla paranaense que forma o Cora veio em grande estilo e El Rapto mostra uma série de canções em Português, Inglês e Espanhol carregadas de uma sensibilidade ímpar a respeito de amor (próprio), libertação, relacionamentos, medos e um retrato de situações pelas quais passamos hoje em dia.

47 – Maurício Pereira – Outono no Sudeste

Maurício Pereira - Outono no Sudeste

O mestre Maurício Pereira voltou com um disco solo em 2018 e em Outono no Sudeste, onde destila palavras e versos certeiros dando ênfase à sua voz entre instrumentais minimalistas, nos transportou diretamente para tempos deliciosos onde chegávamos em casa, colocávamos o disco na vitrola e não tínhamos nenhuma tela ou feed para olhar e enlouquecer.

46 – Alice Caymmi – Alice

Alice Caymmi - Alice

Alice Caymmi entrou de cabeça no modo pop em seu novo disco e Alice traz grandes canções sobre as questões mais pessoais da cantora, algumas delas contando com a ajuda de nomes como Rincon Sapiência e Pabllo Vittar.

45 – João Capdeville – João Capdeville

João Capdeville

Em seu novo disco, João Capdeville não deixa de lado a melancolia que marcou seu EP de estreia mas aqui incorpora elementos que vão dos cavaquinhos até grandes arranjos de metais.

44 – Ana Frango Elétrico – Mormaço Queima

Ana Frango Elétrico - Mormaço Queima

Ana Frango Elétrico é uma jovem artista do Rio de Janeiro que resolveu misturar música e artes visuais no ótimo Mormaço Queima, um disco rápido, curto e repleto de trocadilhos e piadas ácidas que caracterizam a sonoridade de Ana Fainguelernt, que quando percebeu que ninguém saberia pronunciar seu sobrenome verdadeiro, adotou o divertido nome artístico, acertando em cheio.

43 – Potyguara Bardo – Simulacre

Potyguara Bardo nos guia em uma viagem holística em Simulacre

Em seu disco de estreia, a drag queen Potyguara Bardo resolveu compilar influências que mexiam com seus sentimentos desde que começou a se envolver com arte até os dias de hoje. Em um trabalho difícil e original, uniu ritmos como house music, reggae e lambada no resultado que é Potyguara Bardo.

42 – Filipe Ret – Audaz

Filipe Ret - Audaz

Com 13 faixas, o rapper carioca Filipe Ret concluiu uma trilogia que contou com Vivaz (2012) e Revel (2015). Em Audaz ele conta com participações de nomes como Marcelo D2, Rick Beatz, BK, Flora Matos e mais para apresentar as suas rimas.

41 – Josyara – Mansa Fúria

Josyara - Mansa Fúria

Em seu segundo disco, a cantora baiana Josyara Lélis deixa a dualidade estampada logo no título e nos brinda com canções que carregam elementos típicos da música brasileira ao lado de traços eletrônicos, cordas, quebras de andamento e construções incríveis como pano de fundo para sua bela voz.

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40 – Carne Doce – Tônus

Carne Doce - Tônus

A cada disco que lança a banda goiana Carne Doce adota uma nova temática e embarca em experiências diversas. Com Tônus, mergulhou de cabeça na sensualidade da cantora Salma Jô desde a capa do álbum até os shows passando pelas letras das canções, e conseguiu misturar esse “novo lado” com a psicodelia, as jams e os arranjos particulares que caracterizaram o grupo desde o início da carreira.

39 – IZA – Dona de Mim

IZA - Dona de Mim

Sem dúvida alguma a cantora IZA foi um dos grandes nomes do pop brasileiro em 2018 e Dona de Mim, seu disco de estreia, veio repleto de grandes hits e participações especiais que acrescentaram bastante a uma artista que tem luz própria. Ivete Sangalo, Marcelo Falcão, Thiaguinho e Rincon Sapiência abrilhantaram um trabalho que deixou claro: IZA será uma das maiores nos próximos anos.

38 – Dingo Bells – Todo Mundo Vai Mudar

Dingo Bells - Todo Mundo Vai Mudar

A banda gaúcha Dingo Bells voltou com um novo disco e já fez questão de avisar logo em seu nome que todo mundo vai mudar, inclusive o grupo.

Com uma sonoridade que leva adiante a mistura de música brasileira com rock alternativo, a Dingo Bells falou sobre o período em que vivemos e, mais que isso, a velocidade com que as coisas acontecem, deixam de acontecer e nos transformam nos tempos atuais.

37 – Somaa – O Mundo Quer te Enganar

Somaa - O Mundo Quer Te Enganar

Também do Sul, mas de Santa Catarina, o trio Somaa faz rock and roll dos bons, no melhor esquema guitarra + baixo + bateria e em seu primeiro disco cheio não tem medo de avisar que por mais que você pense o contrário, o mundo em que vivemos quer mais é te enganar.

36 – Lau e Eu – Selma

Lau e Eu - Selma

Selma é muito mais que um disco: é uma confissão e um rito de passagem de um músico que está longe de casa, passando por dificuldades financeiras e pessoais, e resolve colocar tudo isso pra fora da forma que melhor entende, com arte.

Em seu disco de estreia nascido após um áudio de WhatsApp da sua avó, Selma, Lau e Eu nos brinda com grandes canções e dá garantias de que será um dos nomes sobre os quais mais ouviremos falar no futuro próximo.

35 – Ana Cañas – Todxs

Ana Cañas - Todxs

Baseando-se em estilos como hip-hop e soul music, Ana Cañas fala de amor e sexo abertamente em um disco que já deixa claro que esses temas, além das ideias de liberdade e direitos iguais, são debatidos desde a sua genial arte de capa.

34 – Bemti – Era Dois

Bemti - era dois

O músico mineiro que tem seu nome relacionado ao projeto Falso Coral resolveu embarcar em carreira solo com o nome de Bemti e lançou um dos discos mais belos do ano com era dois.

Além da mistura certeira de folk com elementos do pop, ele ainda contou com as participações mais que especiais de nomes como Tuyo, Natália Noronha (Plutão Já Foi Planeta) e Johnny Hooker.

33 – Luiza Lian – Azul Moderno

Luiza Lian - Azul Moderno

Após o excelente Oyá Tempo, a cantora Luiza Lian continua mostrando que é uma das principais artistas brasileiras quando o assunto é unir suas canções a elementos visuais.

Azul Moderno nasceu após um longo período de composições, incursões e viagens, e foi descrito pela própria cantora como “uma versão remix de um álbum que nunca foi lançado”, já que nasceu a partir de fragmentos das canções originais misturadas a samples que vão de trilhas sonoras até videogames. Em tempo, o show que acompanha esse álbum é um espetáculo à parte.

32 – Mahmundi – Para Dias Ruins

Mahmundi - Para Dias Ruins

Há muita poesia em Para Dias Ruins, disco da Mahmundi, que contrasta seu título com uma capa ensolarada e estampada, logo de cara, com nomes de faixas como “Alegria” e “Felicidade”.

Ao narrar suas experiências pessoais ao mesmo tempo que nos faz dançar e cantar, Mahmundi cumpre o papel do álbum: o de nos sentirmos melhor em dias que não são tão bons assim.

31 – Black Pantera – Agressão

Black Pantera - Agressão

O trio mineiro Black Pantera é uma verdadeira força da natureza. Em Agressão a banda mostra como domina como poucos a arte de misturar elementos do Heavy Metal, Punk e Hardcore, tudo com letras em Português e bem carregado de elementos brasileiros.

Ao vivo os caras mandam ainda melhor e a fase atual da banda faz dela um dos nomes mais interessantes do país na atualidade.

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30 – Heavy Baile – Carne de Pescoço

Heavy Baile - Carne de Pescoço

Heavy Baile é um dos grupos mais inventivos do país nos últimos tempos e em Carne de Pescoço a banda reúne nomes que vão do BaianaSystem até a MC Carol passando por Tati Quebra Barraco para celebrar, se divertir e colocar o dedo na ferida com muito funk.

29 – BK – Gigantes

BK - Gigantes

Com a pressão de suceder o bem recebido Castelos & Ruínas (2016), o rapper BK saiu da zona de conforto e navegou por novas sonoridades e rimas em Gigantes, álbum onde chamou a ajuda de artistas como Baco Exu do Blues, KL Jay e Marcelo D2 para se aventurar por novos mares.

28 – SILVA – Brasileiro

SILVA - Brasileiro

De pouquinho em pouquinho SILVA veio se tornando um dos maiores artistas do país nos últimos anos. Com um sobrenome simbólico, ele resolveu traduzir seus sentimentos em relação ao nosso país e Brasileiro é uma coleção de faixas que conversam com o samba, a bossa nova, a MPB e, é claro, os elementos eletrônicos tão bem utilizados pelo músico em sua carreira.

27 – Wagner Almeida – Crescimento / Desistência

Wagner Almeida - Crescimento / Desistência

Mais um bom fruto da chamada Geração Perdida de Minas Gerais, Wagner Almeida fala sobre as dores e as questões da vida através de canções que evocam o lo-fi, o shoegaze, o rock alternativo dos anos 90 e o emo.

26 – Pense – Realidade, Vida e Fé

Pense - Realidade, Vida e Fé

Quando o hardcore melódico explodiu no mundo todo, o Brasil entrou na onda e tornou-se um país onde o movimento extrapolou as barreiras do underground e produziu diversas bandas para o mainstream.

A banda mineira Pense é uma das únicas hoje em dia a relembrar aqueles tempos e basta ir a um show do grupo para perceber que a performance é quase um ritual de purificação onde seus fãs cantam, pulam, gritam, sobem ao palco e saem de lá com a alma lavada.

Realidade, Vida e Fé, disco lançado pelo Pense esse ano, é bastante responsável por isso ao trazer canções como “Eu Não Posso Mais”, “Todo Momento é o Agora”, “Levanta e Vai” e mais.

25 – The Baggios – Vulcão

The Baggios Vulcão

Vulcão é mais um capítulo na história da prolífica banda The Baggios, que nasceu no blues/rock mas hoje expandiu os seus horizontes e passeia por diversas sonoridades.

No álbum eles usam suas armas aliadas a novos traços que trazem frescor e outros caminhos, tudo com a ajuda das participações de Céu e BaianaSystem.

24 – Gal Costa – A Pele do Futuro

A lendária cantora Gal Costa foi mais uma artista já consagrada que percebeu que poderia se aventurar com êxito por sonoridades modernas chamando quem tem feito o que há de melhor na música brasileira hoje em dia.

Em A Pele do Futuro, ela transcende o tempo ao homenagear a black music dos Anos 70, ao mesmo tempo que traz composições de nomes como Emicida, Marílina Mendonça e Tim Bernardes.

Outras canções entoadas no álbum foram escritas por artistas como Guilherme Arantes, Djavan, Nando Reis, Erasmo Carlos e a própria Gal.

23 – André Prando – Voador

André Prando - Voador

Há uma série de estrelas em Voador, novo disco do músico André Prando: primeiro, o próprio mostra um amadurecimento riquíssimo em suas canções e composições. Segundo, ele conta com artistas dos mais relevantes como Duda Brack, Lucas Estrela e Gabriel Ventura, que enriquecem faixas que já nasceram poderosas desde as suas concepções.

22 – Kikito – Kikito

Kikito

Em seu ótimo disco de estreia, o músico paraense Kikito não se prende a rótulos e constrói um álbum que aproxima o rock progressivo e experimental da música pop, em composições complexas mas fáceis de digerir.

21 – Matheus Torreão – Disco de estreia de um jovem recifense que venceu um reality show, mudou-se para a república independente da bossa nova, fez um mestrado acadêmico decididamente irrelevante, teve seu instável talento para a comédia contratado pela indústria do sitcom e usou todo o dinheiro que ganhou até aqui para gravar nove canções

Matheus Torreão - Disco de Estreia

Não há muito a dizer a respeito do disco de estreia de Matheus Torreão,já que seu título explica muita coisa. Resumindo, é um dos grandes álbuns de 2018 e uma das gratas surpresas do ano que passou.

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20 – Gustavo Bertoni – Where Light Pours In

Gustavo Bertoni - Where Light Pours In

Gustavo Bertoni, conhecido como vocalista e guitarrista da banda brasiliense Scalene, voltou a ativar sua carreira solo e lançou um novo disco chamado Where Light Pours In.

Aqui, abriu o coração a respeito de inúmeras questões pessoais da sua vida, desde as apreensões até a árdua tarefa de lidar com o ego, e compôs canções baseadas em estilos como folk e rock and roll clássico, misturando tudo de forma calculada.

19 – Edgar – Ultrassom

Edgar - Ultrassom

Uma das revelações do ano, Edgar já tinha nos apresentado seus talentos quando participou de trabalhos de nomes como Elza Soares. Em Ultrassom, acompanhado de suas apresentações performáticas, deixou bem claro que é um artista no melhor sentido da palavra: criativo, inventivo, questionador e único.

18 – Alaska – Ninguém Vai me Ouvir

Alaska - Ninguém Vai me Ouvir

Nascida em terrenos onde estilos como pop/punk e post-hardcore são fortes, a banda Alaska rapidamente desenvolveu e expandiu a sua sonoridade em relação ao último trabalho. No disco Ninguém Vai Me Ouvir, o grupo não apenas envia um grito ao mundo como também desafia o Rock And Roll, a era em que vivemos, as relações pessoais e a sociedade atual.

Ao mesmo tempo em que desabafa, nos faz pensar e quase nos intimida, como um bom e poderoso disco deve sempre fazer.

17 – Molho Negro – Normal

Molho Negro - Normal

O Molho Negro já é um dos nomes mais conhecidos do rock independente brasileiro e quem frequenta tanto o circuito underground quanto o de festivais sabe muito bem que um show deles é sinônimo de festa.

Normal, porém, é a primeira incursão da banda em uma sonoridade mais produzida e que dá mais poder às letras ácidas e às guitarras furiosas do grupo, tudo com um humor peculiar desse trio paraense que pode muito bem fazer o crossover do independente para as plateias maiores.

16 – Disaster Cities – LOWA

Disaster Cities - LOWA

Direto e reto e com apenas 8 faixas, como tem sido tão comum (e interessante) hoje em dia, o Disaster Cities lançou a pedrada LOWA, disco que tem rock and roll em doses cavalares, aliando guitarras, baixos e baterias pesadas a vocais que alternam entre o melódico, o rasgado e o psicodélico. Uma das gratas surpresas do ano.

15 – menores atos – Lapso

menores atos - Lapso

Com uma angústia diferente da que mostrou no sensacional Animalia, o trio carioca menores atos voltou com força em seu segundo disco e Lapso é um retrato fiel do estado da banda hoje em dia, sem medo de deixar claras as suas experiências pessoais enquanto brinda o ouvinte com letras reflexivas e grandes riffs.

14 – Rubel – Casas

Rubel - Casas

Rubel é um dos grandes fenômenos de 2018, lotando casas de shows Brasil afora e aparecendo nos principais festivais do país acompanhado de suas canções baseadas no violão e nas letras que fazem a plateia cantar junto do início ao fim.

Casas, disco lançado esse ano, é um dos grandes responsáveis por isso, já que tem um conjunto impressionante e somou suas canções ao também ótimo Pearl, de 2015, o que faz do artista um dos mais interessantes da atualidade.

13 – Anelis Assumpção – Taurina

Anelis Assumpção - Taurina

Há poder na capa de Taurina, disco de Anelis Assumpção, e em cada uma das canções que fazem parte do disco, mesmo que a primeira impressão seja de leveza total.

Aqui a cantora nos apresenta com algumas das melhores canções da música brasileira em 2018 e parcerias com Tulipa Ruiz, Ava Rocha e Liniker e os Caramelows.

12 – E A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante – Fundação

E A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante - Fundação

A banda de post-rock E A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante finalmente lançou seu primeiro disco cheio e a espera valeu a pena.

Após EPs que mostraram como o grupo tinha cuidado com seus sons, Fundação acertou em cheio ao nos guiar por uma viagem instrumental que pode ser a trilha sonora de nossas vidas.

11 – Maria Beraldo – Cavala

Maria Beraldo - Cavala

Maria Beraldo, que tem seu nome associado a projetos como Quartabê, nos deu um verdadeiro soco na cara ao lançar Cavala, seu disco de estreia, repleto de elementos do jazz, diálogos com a música eletrônica e letras profundas, passionais e sinceras que serão facilmente identificadas pelo ouvinte e relacionadas a momentos de suas vidas.

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10 – Os Replicantes – Libertà

Os Replicantes - Libertà

A lendária banda punk gaúcha Os Replicantes continua relevante e em 2018, muito antes do período turbulento pelo qual o país passou recentemente, lançou Libertà, uma pedrada sobre fascismo, machismo, feminicídio e diversas outras questões políticas e sociais a respeito dos quais falaríamos tanto nos meses seguintes.

Com a condução feroz, precisa e potente da vocalista Júlia Barth, esse disco deveria ser a cartilha para a jovem/o jovem que quer pegar uma guitarra e causar a próxima revolução. Estamos precisando.

9 – Duda Beat – Sinto Muito

Duda Beat - Sinto Muito

Outra estreia em grande estilo de 2018, a sensacional Duda Beat conseguiu fazer todo mundo dançar ao mesmo tempo em que entoava suas mágoas e corações partidos no primeiro álbum da carreira.

Com muita personalidade, uma voz incomparável, letras afiadas e um apelo pop que se encaixou bem demais com a música atual, Sinto Muito tornou-se um dos marcos do ano.

8 – El Efecto – Memórias do Fogo

El Efecto - Memórias do Fogo - Capa - Original

É uma das tarefas mais difíceis do planeta descrever a sonoridade da banda carioca El Efecto, que mistura rock progressivo com música tipicamente brasileira e regionalista além de guitarras que têm suas origens ligadas ao Heavy Metal.

Fato é que o grupo já lança grandes obras há algum tempo e Memórias do Fogo é um disco histórico, daqueles de se apreciar lentamente, ouvindo várias e várias vezes até (tentar) captar tudo que está acontecendo e tudo que a banda está transmitindo.

7 – Djonga – O Menino Que Queria Ser Deus

Djonga - O Menino Que Queria Ser Deus

Djonga é um dos rappers mais importantes da atualidade e o mineiro faz questão de deixar bem claros os seus pontos de vista quando pega o microfone tanto em estúdio, onde apresenta as pedradas a respeito de questões como o racismo, e também ao vivo, quando conduz o que em vários momentos parece mais um show de hardcore do que uma apresentação de hip hop.

Em O Menino Que Queria Ser Deus, Djonga mistura suas críticas a questões pessoais e faz referências a assuntos e nomes dos mais diversos, como os da Legião Urbana e seu líder, Renato Russo.

6 – Marcelo D2 – Amar é Para os Fortes

Marcelo D2 - Amar é Para os Fortes

Amar é Para os Fortes é um dos mais ambiciosos e melhores projetos da carreira do rapper Marcelo D2.

O álbum visual não apenas tem uma narrativa contada através de canções e imagens como também trouxe o músico compartilhando experiências e composições com nomes como Gilberto Gil, Kassin, Rodrigo Amarante e Jeneci.

Outro ponto alto da saga é a participação do rapper Sain, filho de D2, como ator principal da história em vídeo.

5 – Elza Soares – Deus é Mulher

Elza Soares - Deus é Mulher

Elza Soares continua com uma sequência incrível em Deus é Mulher.

Após o sucesso de A Mulher do Fim do Mundo, um dos discos nacionais mais importantes da última década, a cantora continuou com a equipe que escreveu e produziu o álbum para lançar sua mais recente obra e ela volta a colocar os talentos de Elza sob os holofotes.

Machismo, abuso, religiões, liberdades, amor e sexo são todos abordados em canções que juntas constroem um novo belo capítulo na história desse verdadeiro ícone nacional.

4 – Teto Preto – Pedra Preta

Teto Preto - Pedra Preta

Nos palcos o Teto Preto já era reconhecido pelas festas incríveis que proporciona, e foi justamente no seu disco de estreia, Pedra Preta, que o grupo teve a árdua tarefa de traduzir tudo isso pro estúdio.

Pois bem, funcionou e caiu como uma luva: o disco de oito faixas mistura batidas eletrônicas, punk e até elementos nada óbvios como o jazz e a música brasileira dos anos 80.

3 – Baco Exu do Blues – Bluesman

Capa de Bluesman (Baco Exu do Blues)

Após ser rapidamente catapultado para o primeiro time do hip hop nacional com Esú (2017), o rapper Baco Exu do Blues não perdeu tempo e já voltou em 2018 com um novo disco, o temático Bluesman.

Aqui, Baco faz um trabalho impecável ao celebrar o estilo musical tão ligado à cultura negra através de canções que falam sobre as lutas diárias da população e as suas batalhas em relação aos problemas pessoais que vão desde os relacionamentos até a saúde mental.

Com referências a Jay Z, Kanye West, BB King e Van Gogh, o músico brasileiro fez um disco moderno em sintonia com o que tem rolado lá fora, e ainda chamou convidados como Tim Bernardes e Tuyo, fazendo com que o álbum tivesse as referências gringas ao mesmo tempo que fosse completamente brasileiro.

Prova disso é “Flamingos”, ao lado das paranaenses da Tuyo, onde Baco e suas convidadas falam sobre “ouvir Exaltasamba na quebrada e gritar ‘Eu me apaixonei pela pessoa errada"”, em uma das melhores canções do ano.

2 – Tuyo – Pra Curar

Tuyo - Pra Curar

De certa forma, 2018 foi o ano da Tuyo, que após o excelente EP Pra Doer nos apresentou seu primeiro disco cheio na forma de Pra Curar.

Basta ver a quantidade de participações especiais que seus integrantes fizeram em alguns dos melhores discos do ano como os de Mulamba, Baco Exu do Blues e Bemti, além, é claro, das suas próprias canções.

Pra Curar foi produzido após um longo processo onde seus integrantes tiveram que se redescobrir e reencontrar maneiras de se comunicar e se relacionar, e talvez nada represente mais o peso de 2018 do que essa construção cheia de dúvidas, dores e sentimentos.

Ao batizar o álbum dessa forma, a Tuyo propõe uma cura da forma que eu entendo ser a mais honesta: a banda não será aquele amigo que chegará dizendo que tudo irá ficar bem e que as coisas vão passar, dando um conselho vago sobre a vida.

Ao invés disso eles irão te dar a real. Te farão enfrentar seus medos de frente e muito provavelmente te levarão a locais que você não gostaria de ir, mas deveria. Ao final do processo a cura vem e você percebe que a luta valeu a pena.

1 – Mulamba – Mulamba

Mulamba

Não há nenhuma dúvida de que as mulheres têm produzido os materiais mais interessantes da música nos últimos anos e isso pode ser visto nos shows e festivais Brasil afora.

Assim como a Tuyo, também de Curitiba e também com um disco de estreia, a Mulamba conseguiu empacotar em seu álbum homônimo tudo de mais forte que estamos precisando na música hoje em dia para quebrarmos regras, mudarmos patamares e chegarmos de fato a lugares pelos quais estamos todos lutando há tanto tempo e que estão ameaçados.

Em seu primeiro trabalho, a Mulamba mistura rock and roll, música brasileira, ritmos latinos e vozes absurdamente talentosas para falar desde relações pessoais como nas maravilhosas “Desses Nadas” (com Lio Soares, da Tuyo) e “Interestelar”, até porradas e críticas sociais como em “Vila Vintém”, “Lama”, “Mulamba” e “P.U.T.A.”, que catapultou a banda no YouTube com um vídeo e agora ganhou uma nova versão carregando a participação especial de Juliana Strassacapa (Francisco, el Hombre).

São nove canções em um formato que tem se tornado o mais desejado em tempos de consumo rápido, mostrando que o disco não morreu, mas talvez, para o bem, tenha encurtado, e assim que a última faixa chega ao fim você já quer ouvir tudo de novo.

Em tempos onde a palavra “resistência” é jogada ao vento para lá e para cá, a Mulamba dá significado real à expressão com seu disco, seu posicionamento e seu show catártico, parada obrigatória para quem souber que o grupo curitibano está na agenda de sua cidade.

Obrigado, Mulamba, pelo soco, pelo afago, pela sinceridade e por se abrir para compartilhar com a gente tantas histórias. 2018 ficou menos difícil tendo vocês.

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Fonte: TMDQA!

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