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MÚSICA

Emo rap: cultura hip-hop da nova geração se rende à melancolia

Quem se lembra de bandas como Fall Out Boy, My Chemical Romance, Bring Me the Horizon e Good Charlotte nunca imaginaria que, atualmente, os artistas emo – seus segredos e sentimentos mais obscuros – seriam representados por pessoas da Geração Z com tat

Quem se lembra de bandas como Fall Out Boy, My Chemical Romance, Bring Me the Horizon e Good Charlotte nunca imaginaria que, atualmente, os artistas emo – seus segredos e sentimentos mais obscuros – seriam representados por pessoas da Geração Z com tatuagens no rosto. Com batidas lentas de trap e melodia melancólica, uma nova geração se identifica com as letras desses rappers.

A melancolia dos artistas por trás do emo rap é o que move a criação das letras. Enquanto outros como Lil Pump e Tekashi 6ix9ine seguem a tendência atual de cantar sobre mulheres e dinheiro, artistas da linhagem de Lil Peep e XXXTentacion escolheram usar sua depressão como tema das faixas.

A melancolia é chave para a identidade deles. Na antiguidade, essa palavra era usada para tratar de qualquer pessoa com algum tipo de transtorno mental: seja ansiedade, depressão etc. É nesse contexto que o emo rap fala sobre relacionamentos amorosos difíceis e a relação com medicamentos psiquiátricos, como Xanax (apelidados de “xans”) – remédio que, utilizado em altas doses, pode ter efeitos similares a drogas ilegais.

O rap, assim como boa parte da cultura hip-hop, tornou-se extremamente popular, lançando nomes como Jay-Z e Kanye West à condição de popstars do momento. Naturalmente, artistas mais preocupados em falar sobre sentimentos e problemas sociais procurassem esse gênero musical para aumentar o alcance de seus discurso.

O Emo Rap é um produto de seu meio, sendo desenvolvido a partir dos instrumentos mais populares da atualidade (programas de mixagem) e do niilismo presente na sociedade atual – que enfrenta, constantemente, ataques terroristas, desastres naturais, conservadorismo crescente e preconceitos variados.

A descrença em mundo melhor é algo bastante comum entre a Geração Z – pessoas nascidas a partir de 1999 a 2010. Em um estudo feito pelo canal The Infographics Show, pesquisadores concluíram que esses jovens agem mais realisticamente, com uma visão mais pessimista do que os Millenials (pessoas entre 24 e 38 anos). Assim, faz sentido os Z-stars Lil Peep, XXXTentacion e Lil Uzi Vert discutirem a melancolia dominante tão explicitamente.

Essas celebridades tornaram-se extremamente controversas. Embora escrevam letras que alcançam o emocional de jovens perdidos, o público geral não os apoia, tornando as mortes de nomes como XXXTentacion, acusado de violência doméstica, públicas e amplamente discutidas. Outro caso famoso foi a morte de Lil Peep, em novembro de 2017, por conta de uma overdose de Xanax e Fentanil (a mesma droga usada por Prince e Demi Lovato).

Lil Peep representa, em certa medida, o nome que fez o subgênero do rap ser reconhecido. Em um perfil escrito pela Pitchfork, ele foi descrito como o “futuro do emo”, pois sua música “combina os temas de suicídio e vingança com batidas de trap e guitarras rugosas”. Na mesma entrevista, o artista admitiria a influência de Gerard Way, do My Chemical Romance.

A origem
O termo começou a ser usado recentemente, embora rappers tenham utilizem emoções em suas músicas há mais tempo – mesmo que de forma não organizada e esporádica. Um exemplo é o álbum 808s and Heartbreak, de Kanye West, lançado em 2008. Na época, o disco recebeu críticas negativas pelas melodias e a forma cantada das letras.

A ascensão de álbuns como o de Kanye, porém, permitiu que outros artistas como Kid Cudi e Drake usassem o sentimentalismo em suas canções. Criando aquilo que pode ser apontado como a pedra fundamental do emo rap.

Confira playlist de emo rap:

Fonte: Metropoles

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