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MÚSICA

Aos 73 anos, Wanderléa conta dramas pessoais e fofocas em biografia

Wanderléa reproduz na foto da capa de sua autobiografia, “Foi Assim”, a imagem que a maioria das pessoas têm dela: a de uma mulher esfuziante, bem resolvida, “inteiraça” aos 73 anos. Mas é um prodígio ela ter chegado inteira a esta idade, principalmente

Wanderléa reproduz na foto da capa de sua autobiografia, “Foi Assim”, a imagem que a maioria das pessoas têm dela: a de uma mulher esfuziante, bem resolvida, “inteiraça” aos 73 anos.

Mas é um prodígio ela ter chegado inteira a esta idade, principalmente na alma. Sua vida foi marcada por tragédias, e o contraste com o repertório pelo qual ficou famosa -repleto de canções ingênuas, a maioria alegres - não poderia ser maior.

Os percalços já começam no primeiro capítulo do livro, escrito em parceria com o jornalista Renato Vieira. Wanderléa conta que o acidente com seu então noivo José Renato Barbosa, o Nanato, foi um divisor de águas em sua trajetória.

No feriado da Semana Santa de 1971, o rapaz, filho do apresentador Chacrinha (1917-1988), mergulhou de cabeça na piscina da fazenda de amigos, e bateu a cabeça no fundo. Ficou tetraplégico.

A cantora permaneceu ao lado dele por mais alguns anos, deixando a carreira em segundo plano para cuidar de Nanato. Mas este não foi nem o primeiro, nem o último momento dificílimo que ela teria que enfrentar.

Dois de seus oito irmãos (todos com nomes começados por “Wander”) morreram ainda crianças. A irmã Wanderlene, a Leninha, foi morta por uma bala perdida, aos 17 anos. E o irmão Wanderbil, o “Bill”, seu empresário e confidente, sucumbiu em decorrência da Aids, em 1994. Mas, segundo seu relato, nada foi pior do que a perda do filho Leonardo, em 1984. O garoto, que ainda não tinha três anos, caiu na piscina da casa da artista sem que ninguém percebesse, e se afogou.

A dor causada por esses episódios transborda do livro, cujos capítulos curtos raramente ultrapassam três páginas. Wanderléa emerge mais forte de cada um deles, e os céus parecem compensá-la com períodos de felicidade logo após cada um desses golpes da vida.

ASSÉDIO

Mas nem só de tristeza é feito “Foi Assim”. Também há fofocas irresistíveis, como o relato do primeiro encontro com Roberto Carlos, em 1961. O futuro rei dá na Ternurinha, apelido que remete à música “Ternura”, aquele que seria o primeiro beijo na boca dela - e ainda por cima com o gosto da coxinha de frango que ele acabara de comer.

Já Erasmo Carlos tenta forçar uma noite de amor assim que eles chegam a Tóquio, em 1969, para as filmagens de “Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa”.

Se esse episódio tivesse ocorrido nos dias atuais, o cantor seria facilmente acusado de assédio sexual e provavelmente teria sua carreira interrompida. Mas a Wanderléa de quase meio século atrás só considerou que ele foi inoportuno. Nada que abalasse a amizade deles.

LANÇAMENTO

Foi Assim
Autora: Wanderléa (pesquisa e edição de Renato Vieira)
Editora: Record
Quanto: R$ 39,90 (390 páginas)
Avaliação: bom

(Tony Goes/FolhaPress)

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