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MÚSICA

Daniela Mercury aposta em versão de música de Dona Onete como o hit da folia 2018

Após 70 anos guardada em sua memória, Dona Onete tirou a música “Banzeiro” de suas cantorias à beira do rio, durante a infância, para gravar no segundo CD, que leva o mesmo nome e foi lançado ano passado. O ritmo alegre e dançante do bangué - original da

Após 70 anos guardada em sua memória, Dona Onete tirou a música “Banzeiro” de suas cantorias à beira do rio, durante a infância, para gravar no segundo CD, que leva o mesmo nome e foi lançado ano passado. O ritmo alegre e dançante do bangué - original da cultura popular amazônica - agora é a aposta de hit para o Carnaval da Bahia, um dos mais famosos do país: a cantora Daniela Mercury fez uma versão da música em seu EP “Tri Eletro”, que saiu este ano e, além disso, realizou uma megaprodução com bailarinos para o videoclipe que já está disponível na internet e mostra um pouco do que vem por aí durante os dias de folia em 2018.

Daniela Mercury assina a direção criativa do videoclipe, superprodução que tem a alegria e a questão LGBT como motes (Foto: Divulgação)

Bangué paraense virou axé baiano

Como um misto de frevo e axé, a versão de “Banzeiro” assinada por Daniela Mercury apresenta várias pessoas dançando com roupas de balé, fantasias carnavalescas, com muitas plumas e paetês. O videoclipe tem ainda um apelo à questão LGBT, com a participação de drag queens e atores LGBTs da Cia Patifaria Baiana.

“Eu adorei o jeito que a Daniela interpretou a música, estou muito feliz aqui no meu canto. Para mim, a gente conseguiu furar uma barreira. Ela nos procurou, já sabia um monte de coisa sobre a minha música. A letra está toda lá, mas ela fez o axé dela”, comenta Dona Onete.

O clipe, produzido em 40 dias de trabalho, envolveu mais de 99 artistas e trouxe Daniela na direção criativa, assinando figurinos e coreografias. “É uma superprodução com fotografia de cinema, alegre e vibrante. Sou suspeita, mas está incrível, é um dos melhores clipes que já fiz na minha vida. Tem dança de todas as maneiras e equipamento digitais de última geração”, descreveu a baiana em entrevista ao site “Glamurama”. Ela escolheu a música da paraense para marcar o início de uma nova fase em sua carreira.

“Eu retomo com todas as minhas forças uma fase dançante, carnavalesca, depois de tomar conta das ruas de São Paulo, de tomar o meu lugar como artista que trouxe o axé para o Brasil. Tô aqui, mais alegre, mais vibrante e mais acesa do que nunca”, anunciou Daniela.

Dona Onete já recebeu convites para ir até a capital da Bahia, Salvador, para se apresentar no ano que vem, mas diz que ainda está avaliando, de acordo com a sua saúde. “Cantei lá cinco vezes, eles adoram, tenho um público muito querido. Estão querendo me levar para lá de novo, mas a minha idade já não permite tanto, é muito evento, e você sabe, só acaba quando termina! Deus é quem sabe”, descontrai Dona Onete, sem deixar de dizer-se orgulhosa da carreira próspera depois dos 70 anos.

O produtor responsável pela carreira de Dona Onete, Marcel Arêde, da agência AmpliCriativa, conta que a ligação com Daniela Mercury começou há dois anos, quando o filho da cantora, Gabriel Póvoas, veio a Belém tocar com a cantora Juliana Sinimbú. E entre os achados musicais do Pará, sentiu que a mãe iria gostar da rainha do carimbó chamegado. Parece que não se enganou. Primeiro ele enviou à mãe a música “No Sabor do Beijo”, e depois a musa baiana foi atrás de saber quem era aquela senhorinha que cantava de forma sensual e alegre.

Mas foi ao ouvir “Banzeiro” que Daniela se rendeu. “Quando ouvi, disse: ‘que mágica! A gente precisa dessa alegria à toa, dessa inocência, dessa leveza…”, disse ao “Glamurama”. “É a primeira vez que eu gravo um carimbó com esse trecho de frevo, misturado com galope e música eletrônica”, destacou.

Na letra de “Banzeiro” Dona Onete conta com alegria de quando pegava seu barquinho e aproveitava para se divertir nas águas revoltas após a passagem de uma grande embarcação, com motor potente, hábito comum até mesmo hoje em comunidades ribeirinhas. Ela relembra que cantava para os botos, como muito já disse e rememora, e que não podia ver a água mais movimentada que pegava uma canoa para seguir embalada no rumo da correnteza incerta do banzeiro.

“As crianças ainda fazem muito isso lá em Igarapé-Miri, minha terra. Lembro quando passavam aqueles motores com 40, 50 cavalos, muito fortes, e dava enorme dum banzeiro e eu saia com as crianças para a água. Fiz no ritmo bangué que era muito comum nas festas na década de 1970. Agora saiu do Pará para o mundo”, comemora Onete. Aos fãs, Daniela Mercury avisa: “Cuidado que o ‘Banzeiro’ pega! Periga sair dançando sem querer!”.

(Dominik Giusti/Diário do Pará)

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