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MÚSICA

Arthur Nogueira lança hoje em Belém 'Rei Ninguém', seu mais novo trabalho autoral

Após gravar três discos em três anos, o cantor e compositor Arthur Nogueira reviu o que havia feito. E esse movimento foi fundamental para reorientar os rumos de sua produção. Por isso, no seu quarto álbum, “Rei Ninguém”, que ele lança hoje, com show em B

Após gravar três discos em três anos, o cantor e compositor Arthur Nogueira reviu o que havia feito. E esse movimento foi fundamental para reorientar os rumos de sua produção. Por isso, no seu quarto álbum, “Rei Ninguém”, que ele lança hoje, com show em Belém, resolveu partir do zero e não foi em busca do que estava guardado. Ao invés de abrir as gavetas com escritos empoeirados, preferiu abrir o coração e reorganizar sentimentos, para compor algo coerente com processos vividos recentemente.
O desejo era mesmo percorrer esses novos caminhos de criação. “Não é um disco em que reuni coisas que já tinha, todas as canções foram pensadas para ele. É um disco sobre recomeço e que marca um recomeço em minha vida. O processo foi muito íntimo. Voltei ao encanto pela canção, voltei ao violão depois de dois trabalhos eletrônicos e burilados no computador. A poesia permanece, mas também fui atrás de autores com os quais nunca tinha trabalhado, como Eucanaã Ferraz, Rose Ausländer e Bob Dylan”, descreve. De Dylan, trata-se da faixa de abertura “Vou Ficar Tão Só Se Você Se For”, versão de Arthur e Erick Monteiro Moraes para “You’re Gonna Make me Lonesome When You Go”.

Em “Rei Ninguém”, diferentemente dos anteriores - “Sem Medo Nem Esperança” e “Presente” - o artista optou ainda por fazer gravação ao vivo, com uma banda única escolhida por ele próprio. As gravações ocorreram durante uma imersão em um estúdio no interior de São Paulo. Em “Rei Ninguém” focou no que tinha em mãos e que se apresentou naturalmente nos dias de pré-produção - “No caso, meu violão e a poesia”, avisa.

“Meu encontro com Zé Manoel e Filipe Massumi, que são dois músicos que admiro imensamente, fez eu ter vontade de tocar ao vivo, de ouvir os sons dos instrumentos acústicos. Neste sentido o disco é íntimo: ele não tem artifícios de pós-produção, é o que resultou do meu processo de composição e do meu encontro com os músicos no estúdio”, revela. O projeto, que inclui a gravação do disco e shows de lançamento, foi selecionado pelo edital Natura Musical 2016, com apoio da Lei Semear.


Artista parense com orgulho e sem rótulos

Nesta obra, Arthur também admite que é momento de ser honesto com seus deslocamentos. Morando em São Paulo há cinco anos, revela que sempre o inquietou uma certa etiqueta de “música paraense”, que ele considerava, em definitivo, que não o contemplava. Mas essa visão também passou a ser reelaborada, mesmo a partir de um trabalho em que ele busca a sua liberdade artística de compor e gravar com quem e onde quiser.

“Esse álbum me fez reencontrar minha história. Revi os caminhos que percorri para chegar até aqui, as escolhas que fiz, minha infância e adolescência em Belém, quando descobri as canções e os poetas, pelos bares ou na estante de LPs do meu pai. Estou muito animado para estrear o show em casa, porque não consegui fazer isso com meus últimos discos”, comemora. “Durante algum tempo, me senti um outsider, por não corresponder ao que determinadas pessoas esperavam de um ‘artista do Pará’. Só que o Pará mesmo não cabe nesse rótulo, é um lugar imenso e múltiplo, que brilha, como diz a canção do Caetano, no que sou. Acredito que, com esse disco, provei que minha relação com meu lugar é muito mais profunda e que a melhor realização de um artista é corresponder aos seus gostos e desejos mais autênticos”, afirma.

“Durante o processo desse disco, pessoal e profissionalmente, compreendi que os fins são condição para os recomeços. É preciso encará-los com máxima tranquilidade, porque, como diz a canção que fiz com Cícero: melhores são as coisas que se realizam plenamente na hora certa. Ao invés daquelas que se arrastam depois da própria morte, ‘em estado de decomposição’. Tudo o que vivo me inspira para compor, mas percebo que, para transformar esses acontecimentos em boas canções, o processo artístico exige não só paixão, mas também razão, dedicação e muito trabalho”, completa.

Imperdível

Arthur Nogueira lança “Rei Ninguém”
Quando: Hoje, às 20h
Onde: Teatro Waldemar Henrique (Av. Pres. Vargas, 645 – Campina)
Ingressos: À venda online ou na loja Ná Figueiredo da Estação das Docas
Informações: (91) 3110-8650

(Dominik Giusti/Diário do Pará)

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