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MÚSICA

Lucas Estrela, guitarrista de 25 anos, consolida estilo próprio em 'Farol', seu 2º álbum

A dança entre tradição e inovação é um dos elementos mais contagiantes de “Farol”, novo disco de Lucas Estrela. Ao longo das 10 faixas, que tiveram direção artística de Felipe Cordeiro, fica clara a intenção de misturar sons da Amazônia e música eletrônic

A dança entre tradição e inovação é um dos elementos mais contagiantes de “Farol”, novo disco de Lucas Estrela. Ao longo das 10 faixas, que tiveram direção artística de Felipe Cordeiro, fica clara a intenção de misturar sons da Amazônia e música eletrônica global moderna em busca de uma
linguagem própria.

O segundo trabalho do compositor Lucas Estrela traduz para o mundo um entendimento particular das bases da música paraense, além de deixar uma importante marca na renovação da cena musical amazônica através da utilização de elementos como tecnoguitarrada e eletrocarimbó.

Já nos primeiros momentos do novo álbum dá pra perceber que os diversos elementos de percussão contrapõem bastante as guitarras de timbragem oitentista aos sintetizadores assanhados do tecnobrega. Assim como no disco de estreia, “Sal ou Moscou” (2016), as composições praticamente pregam reverência às influências regionais de Estrela, que não ficam em segundo plano mesmo com as experiências sonoras promovidas em “Farol”.

Prova disso é a consistência narrativa de “Reflexões” (criada em parceria com o DJ Waldo Squash), “Lambada Star” e “A Sereia”, sendo essa última a única faixa cantada do disco (com participação do cantor e compositor baiano Lucas Santtana). O DJ Will Love assina quase todas as bases eletrônicas do trabalho.

Apenas duas músicas não são composições ou parcerias. “Jaguar”, de Lorenzo Surfer Joe, ícone da cena da surf music italiana, ganha uma versão em tecnoguitarrada. A outra, “Onde É Que Eu Vou Parar”, é um carimbó de Felipe Cordeiro com arranjo festivo e interpretação certeira. Participa ainda na cumbia “Na Corda” o mestre Manoel Cordeiro, que é figura chave das sonoridades lambadeiras nos anos 80 e 90 no norte do Brasil.

Felipe Cordeiro, que é filho de Manoel, faz questão de exaltar o novo trabalho de Lucas. “Farol é mais contradição do que tradição e isso é uma das forças desse trabalho. Estamos diante da guitarrada 2.0 e esse álbum amplia os horizontes do gênero”, diz o músico, acrescentando que o disco coloca Lucas Estrela na mesma linhagem de outros artistas contemporâneos do gênero, como Pio Lobato e Félix Robatto.

“Farol” foi gravado em Belém, no estúdio Casarão Floresta Sonora, por Léo Chermont e Dan Bordallo e mixado e masterizado por Rodrigo Sanches, em São Paulo, no Rootsans Studios. Assinam a produção executiva do disco Marcel Arêde e Viviane Chaves, da Amplicriativa.

Trabalho de afirmação

Focado em escrever sua história, Lucas conta que “Farol” é um trabalho de afirmação e consolidação da ideia de misturar o que se faz no Pará com o que se escuta em outros lugares do mundo. “A base é guitarra, bases eletrônicas e elementos percussivos da música tradicional paraense. Mas outras ideias vão sendo adicionadas a essa fórmula, sempre com a ideia de promover uma aproximação entre a música regional da Amazônia e a música eletrônica global moderna”, revela.

Quando perguntado sobre como chamar o estilo que criou, Estrela confessa que não tem um nome definido. “Eu faço o que vem do meu coração. Posso dizer que é um som muito ligado à dança, mas não é carimbó, guitarrada, tecnobrega... apesar de ter um pouco de tudo isso! (risos) A intenção é tocar as pessoas com algo novo, que surge naturalmente. Acho interessante tentar sintetizar em palavras o que faço, mas do meu ponto de vista como músico posso dizer que é algo muito novo pra mim e acredito que para as pessoas também”, finaliza o guitarrista.

(Leandro Moreira Especial para o Você)

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