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MÚSICA

MC Dourado e DJ Méury juntos na mistura do tecnofunk

MC Dourado e DJ Méury (Foto: Reprodução) É impossível para quem vive na capital paraense não ter escutado, ao menos uma vez, hits como “É de Dentada que Elas Gostam” e “Boquinha do Animal”, que levantaram a aparelhagem Crocodilo. Elas começaram a ganhar

MC Dourado e DJ Méury (Foto: Reprodução)

É impossível para quem vive na capital paraense não ter escutado, ao menos uma vez, hits como “É de Dentada que Elas Gostam” e “Boquinha do Animal”, que levantaram a aparelhagem Crocodilo. Elas começaram a ganhar seu espaço quando MCs do Sudeste, como MC Brinquedo e Mr. Catra, passaram a levar o funk em grande massa para outras regiões do país. A diferença é que, por aqui, na terra das aparelhagens, o funk não poderia entrar sem contar com uma versão “mais paraense”, o chamado tecnofunk.

Conhecida como “a musa das produções”, a DJ Méury se destaca como uma das únicas mulheres desse universo de DJs de aparelhagens. E foi ela que, ao se juntar com MC Dourado, cantor de funk paulista, fez com que nascesse o tecnofunk, que mistura as letras e o estilo mais “pegador” do funk com as batidas do tecnomelody.

Os dois têm trabalhado juntos desde 2015, quando Dourado chegou para cantar em Belém. “Me interessei pela voz dele, entrei em contato e falei como funciona aqui no Pará, que as aparelhagens que comandam aqui”, conta Méury. A primeira parceria foi “É De Dentada Que Elas Gostam”, para o Crocodilo. “Fiz o batidão, ele fez a letra, gravou a voz, mandou pra mim e gravamos a música, que foi o maior sucesso no Pará”, lembra a DJ.

O destaque que a música recebeu levou a mais uma gravação da dupla, o tecnofunk “Toma Bicada”, feito para a aparelhagem Super Pop Live. Com mais esse sucesso em mãos, outros MCs foram convidados por Dourado a integrar a onda tecnofunk que começou a dominar as aparelhagens de Belém.

O carioca Mr. Catra gravou com os dois as músicas “Boquinha do Animal” e “Êta Novinha Danada”. Os paulistas MC Brinquedo e MC Kauan participaram de “Faz a Garra do Águia” e “O Águia Chegou”, respectivamente. E com o trio carioca Os Hawaianos, gravaram um dos hits mais recentes, chamado “Ô Loko”.

DJ Méury (Foto: Reprodução)

A musa das aparelhagens

Nascida Maria Wanzeller, a DJ Méury conta que escolheu o nome artístico ainda aos 15 anos, quando decidiu por em prática o sonho de ser DJ de aparelhagem. Nessa idade ela não fazia ideia que criaria o tecnofunk e ela conta que foi a persistência feminina dentro de um universo profissional feito apenas por homens, além da habilidade como produtora – adquirida de forma autodidata – que tornou o sonho realidade.

“Comecei a tocar em uma aparelhagem pequena do bairro. Aos 17 para 18 anos eu já conhecia muitos DJs que tocavam e que produziam tecnomelody, aí eu pensei: ‘Se eles conseguem produzir música, por que eu não conseguiria? Por ser uma mulher?’”, conta. “Por ser uma mulher entre vários homens, sempre sofri preconceito. Acho que isso é um motivo a mais para não desistir”, completa.

As primeiras produções, com informações colhidas junto a amigos em canais de bate-papos na internet, eram remixes de músicas de bandas que ela gostava; depois, passou a fazer suas próprias batidas. “A primeira (música autoral) foi com o cantor Marlon Branco e fui aprofundando os conhecimentos com tutoriais no Youtube”, conta a DJ. Com o sucesso dessas produções, Méury acabou ganhando visibilidade e conquistando a parceria de quem já tinha nome nas aparelhagens, e passou a produzir cantores como Viviane Batidão, Betinho Izabelense e Elias Batidão.

Ela é consciente de que abriu um precedente sendo a primeira mulher DJ a protagonizar dentro do universo das aparelhagens, servindo de incentivo a outras meninas. “Acredito que este exemplo serve para alguns homens também, que já falaram que se espelham em mim”, comemora.

Hoje, Méury tem uma agenda lotada de trabalho, que realiza em seu home studio e, aos finais de semana, com o MC Dourado, tem feito uma média de 20 shows por mês, tocando em todo estado, além dos vizinhos Amapá, Maranhão e até fora do Brasil,
no Suriname.

PARA DANÇAR

“Lambateria” com DJ Méury e MC Dourado
Quando: Hoje, a partir das 20h
Onde: Fiteiro (Av. Visconde de Souza Franco, 555 - Umarizal)
Quanto: R$ 20 (até 22h59) e R$ 25 (a partir das 23h). Vendas antecipadas no www.sympla.com.br
Informações: (91) 98026-1595 ou Facebook.com/lambateria

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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