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MÚSICA

Leila Pinheiro canta ao lado da Amazônia Jazz Band

No dia 31 de outubro de 1980, a cantora paraense Leila Pinheiro fez seu show de estreia no Theatro da Paz, “Sinal de Partida”. “Era um vamos ver o que acontece”, rememora, alegando que não estava exatamente certa se sua aposta na carreira musical vingaria

No dia 31 de outubro de 1980, a cantora paraense Leila Pinheiro fez seu show de estreia no Theatro da Paz, “Sinal de Partida”. “Era um vamos ver o que acontece”, rememora, alegando que não estava exatamente certa se sua aposta na carreira musical vingaria. Influenciada pelo pianista Guilherme Coutinho, ela subiu ao palco após ser questionada diversas vezes quando ia enfim abandonar o curso de medicina para dedicar-se à vida de cantora. E isso lhe confere uma relação especial com a casa, à qual ela retorna novamente, após um sem número de apresentações, nesta terça-feira, 20, às 20h, para uma nova estreia: um show com a Amazônia Jazz Band e regência do maestro Nelson Neves. A entrada é gratuita.

“É uma orquestra espetacular e fiquei feliz com esse retorno, agora pela primeira vez com uma big band. Voltar para a minha terra é maravilhoso”, diz Leila.

No repertório, além de jazz, blues, com músicas como “Blues for Mister P”, “It’s Just Talk”, tem também bossas como “Verde”, “Samba do Avião, “Catavento e Girassol”, “Amor em Paz” e “Samba da Benção”. “Sei que ficarei muito tocada, o teatro tem um espaço importante na minha emoção”, revela.

Em Belém desde a semana passada, o momento também é de reencontro e de estar no conforto perto da família. Ela diz que todos têm uma forte ligação com a música, mas que foi a única que seguiu na área. No começo, o pai, Altino Pinheiro, a incentivou bastante - como uma forma de ter na filha um sonho realizado. Ele mesmo tinha muita vontade de seguir na carreira, mas deixou de lado para assumir os negócios em uma gráfica. E quando Leila partiu para o Rio de Janeiro, onde reside desde o início dos anos 1980, o pai segurou as pontas.

“Venho e agradeço bastante a ele, não foi fácil. Ele diz que não precisa, mas sei que foi por isso. Se não, não teria conseguido. Ralei como doida naquela cidade enorme, totalmente diferente daqui, era como um campo de guerra, como é complicado no começo de qualquer pessoa”, relembra. “Agora olho com alegria tudo isso e administro com muito entusiasmo e garra minha vida. Não dava para prever que chegaria tão longe. Já cantei em Jerusalém e me beliscava para saber se estava realmente lá”, diz, rindo.

Mais vindas a Belém estão nos planos

Próximo de completar 40 anos de carreira, Leila Pinheiro olha para trás com gratidão e pensa que esteve na hora e no lugar certos para que a trajetória fosse dando bons frutos. Por exemplo, quando tirou o terceiro lugar no festival da Globo, com a música “Verde”, na categoria Revelação. Na plateia, estava Roberto Menescal, um dos fundadores da Bossa Nova e que após tê-la visto cantar a chamou para compor o time da antiga gravadora PolyGram (hoje Universal). A amizade e a parceira perduram até hoje, como bons companheiros de vida.

“Tudo aconteceu a partir dali. No dia seguinte ele me chamou e assinei meu primeiro contrato profissional. O meu primeiro disco acabou não sendo muito divulgado, não me projetou, hoje em dia é uma raridade. Foi com ‘Olho Nu’, de 1986, que comecei e não parei mais. E nem ganhei, foi a força da canção”, comenta.
Leila também afirma que a música é o que a move e a mantém sã. “A música me salva. Tem dias que estou com um bode, e como moro em cima do estúdio, desço e vou cantar. Daí melhora. Ela me vira do avesso”, metaforiza.

NOVOS PROJETOS

Leila Pinheiro apresentará em breve projeto em homenagem a Roberto Menescal. Não é uma regravação das obras clássicas do compositor carioca, mas o olhar da cantora sobre as canções e o conjunto de Menescal. “Ele é meu guru, até hoje pergunto a ele que caminho seguir. Ele adora a natureza e é muito sábio”, comenta. Além deste projeto, a cantora também atua em outros que ainda não poderá divulgar muito, mas espera sempre os desdobramentos do tempo da música.

“Há uma verdade dos palcos, sem maquiagem. O shows estão lotados, vou até bater na madeira aqui. Sinto esse amor da música que vem do público”, diz. Agora, ela voltará em outubro para um especial no período do Círio, e pretende ficar por aqui para comemorar seus 57 anos no dia 16 de outubro. “Quero voltar mais e vai ser ótimo voltar nesse período, sou abençoada por Nossa Senhora”.

Imperdível

Show da Amazônia Jazz Band e Leila Pinheiro
Quando: Terça, 20, às 20h
Onde: Theatro da Paz
Quanto: Entrada gratuita. A retirada pode ser feita a partir de amanhã, às 9h, na bilheteria do teatro.
Informações: 4009-8766

(Domink Giusti/Diário do Pará)

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