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Paraenses que 'bombam' nas redes sociais dão dicas de como ser um influenciador digital

Da criação do termo até hoje, muito mudou sobre o que significa ser um digital influencer. Se antes um internauta assim caracterizado era muitas vezes visto como alguém que só postava “look do dia” e publiposts, não é incomum agora ver vários tratando a a

Da criação do termo até hoje, muito mudou sobre o que significa ser um digital influencer. Se antes um internauta assim caracterizado era muitas vezes visto como alguém que só postava “look do dia” e publiposts, não é incomum agora ver vários tratando a atividade de forma cada vez mais profissional. De cursos específicos a parcerias pagas - eles não chamam de patrocínio -, há quem já esteja se preparando para transformar o ofício em fonte de renda principal, e até quem, mesmo tendo uma outra profissão, admita ganhar bem mais com postagens do que no contracheque, graças, é claro aos milhares de seguidores que interagem com os conteúdos publicados diariamente.

Dedicação total ao perfil na internet

O curso escolhido na faculdade foi o de Direito e a profissão é de servidora pública, mas a paixão da influencer Natasha Rodrigues é mesmo a publicidade, em todos os seus aspectos. Antes de abrir uma conta no Instagram (natasharodrigs), em 2012, ela já fazia comerciais e dizia ‘namorar’ esse tipo de atividade. “O ‘look do dia’, as peças e produtos que eu usava foram o começo de tudo. As pessoas perguntavam do batom, da maquiagem. Fui ganhando seguidor e criei um blog. Quando o blog parou de dar retorno, ao mesmo tempo as pessoas me diziam que preferiam o IG, então foquei só lá”, conta.

Embora concilie o emprego com a atuação na internet, Natasha afirma, sem titubear, que é como influencer mesmo que os boletos do mês são garantidos um a um. “Tenho parceiros pagos, parceiros por permuta, gente que está comigo desde o início, alguns fixos, outros esporádicos. Meu trabalho não me rende um terço do que ganho como digital influencer, então minha dedicação é para isso, e eu amo o que faço”, diz.

Ele afirma que fala para o público A e B, sendo 73% de mulheres e 27% homens, e 53% são de Belém mesmo. A servidora até tenta resguardar a rotina da família, mas acaba que os próprios seguidores cobram. “Interajo muito pelos stories, tem gente que me chama pelo WhatsApp também, algumas cobram, chamam quando sumo, querem saber do marido, dos filhos. Tento preservar, eu não mostro muito o dia quando estou cansada, não mostro olheira, é algo meu, mas as seguidoras amam esse tipo de post!”, lembra.

Dicas de beleza, os famosos ‘antes e depois’, a evolução do próprio emagrecimento, moda, maternidade, tem de tudo um pouco no conteúdo das postagens, só que quase sempre direcionados ao universo feminino. O segredo do sucesso como influencer, no entendimento de Natasha, tem a ver com o fato de levar a atividade como um plano A.

“Embora eu tenha a minha profissão, a minha atenção é sempre ao meu perfil. Levo com disciplina, porque se os seguidores sacam que não tem isso, você leva furo, perde a credibilidade. Essa atenção é ouro no mercado”, reforça.

Oportunidades diferentes

Nara d’Oliveira, diretora de uma empresa de gestão organizacional, avalia que novas carreiras, como é o caso do digital influencer, trazem oportunidades diferentes justamente pelo caráter recente. “Ainda comportam pessoas e guardam um número inimaginável de novos produtos por não estarem em mercados maduros. Os traços de perfil das pessoas que escolhem estas posições são: arrojo, iniciativa, empreendedorismo e, sobretudo, uma enorme vontade de aprender o novo”, destaca.

“O surgimento de novas profissões, de um modo geral, ligadas às sucessivas ondas de globalização trazem novos mercados, novas necessidades, novos consumidores. Para os paraenses, ingressar nestas áreas significa estudar em outro Estado do país. A boa notícia é que em todas estas novas áreas o Brasil já possui oferta de cursos e mercado de trabalho ativo”, afirma.

“Influencer não tem horário”

Quando a fonoaudióloga e funcionária pública Geruza Fonseca participou do Miss Pará, em 2001, e começou a ganhar notoriedade, rede social era algo praticamente desconhecido. Não demorou para que ela largasse a rotina dos concursos de beleza para se pós-graduar, casar, ter filhos. Em 2014, por vontade de compartilhar suas experiências em busca do emagrecimento após a terceira gestação, retornou ao contato com o público por meio de um perfil no Instagram (@geruzafonseca).

“Foi tudo muito natural e as pessoas me paravam na rua, diziam para eu não desistir, que eu as estava ajudando a fazer o mesmo. Aí começaram a me procurar para trabalhos, clínicas de estética me ofereciam tratamentos porque eu fazia o perfil da empresa, começaram a chegar produtos em casa. Vi que aquilo era uma profissão”, conta.

Com o apoio da família, ela decidiu viajar para São Paulo, fazer um curso de mídias sociais e mudou o tipo de conta no IG para perfil de figura pública.

Há dois anos e meio atuando oficialmente como digital influencer, Geruza está a menos de um ano de concluir o MBA em Marketing e Inteligência Digital, integra um casting nacional e, embora não se sinta à vontade para falar de preços, confirma que não faz nenhum tipo de divulgação de produtos de graça.

A rotina no consultório precisou ser reduzida de 5 para 3 dias por semana, por conta das demandas que recebe como digital influencer. “Eu também influencio falando sobre saúde, sobre a minha profissão. Não fico só na beleza e na moda. Falo da educação dos meus filhos, acho que isso me diferencia porque falo do meu dia a dia, não é só o ‘merchan’ do momento ou a roupa que vesti naquele dia”, conta ela, que tem quatro pós-graduações ligadas à fonoaudiologia.

“Influencer não tem horário. É desde o bom dia com uma mensagem inspiradora até a hora de dormir, tudo o que a gente publica influencia alguém de alguma forma”, admite.

INTERAÇÃO

Primeira a fazer uma fashion trip internacional, ela conta que não deixa de interagir com os seguidores nos stories e nas mensagens diretas que recebe. “Eu vejo o que faço com compromisso, como trabalho, e tenho muito respeito. Quando perguntam algo que não sei, procuro ir me informar sobre, e, às vezes, até isso vira tema de uma nova publicação. Cada mensagem é como o email de um chefe”.

Geruza confessa que ainda não dá para viver somente da “vida online”, mas confirma que já recebeu, mais de uma vez, por um único trabalho enquanto digital influencer o equivalente a um mês inteiro de trabalho enquanto servidora pública.

“O que acontece é que há muitos influencers que, mais jovens, ainda sem trabalho, acabam transformando a atividade logo em emprego porque ainda não tem nenhuma fonte de renda”, analisa. “Hoje eu não faço nada de graça, toda marca que me procura eu converso, avalio, testo e dependendo do resultado, dou o ok e informo o preço da postagem”, diz.

“Há também a situação em que uma marca muito grande procura, e essas marcas geralmente não pagam, apenas cedem o produto, mas por se tratar de uma super marca, outras acabam procurando, porque aquele trabalho agregou valor. Eu procuro sempre promover uma marca ao mesmo tempo em que ela me promove”.

(Carol Menezes/Diário do Pará)

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