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Exposição sobre escritor português chega a Belém no próximo dia 15

Após temporada em São Paulo, chega a Belém a exposição “Saramago – os pontos e a vista”, que estará em cartaz no Museu do Estado do Pará (MEP), de 15 de dezembro a 17 de fevereiro. Com curadoria de Marcello Dantas, a mostra é baseada na integração de vári

Após temporada em São Paulo, chega a Belém a exposição “Saramago – os pontos e a vista”, que estará em cartaz no Museu do Estado do Pará (MEP), de 15 de dezembro a 17 de fevereiro. Com curadoria de Marcello Dantas, a mostra é baseada na integração de vários módulos, cada um composto por breves textos explicativos e objetos que se mesclam com a projeção de vídeos de momentos da vida do autor de “Ensaio Sobre a Cegueira”, “O Homem Duplicado”, entre outros livros premiados. De forma lúdica e interativa, o público terá contato com mobiliários e acessórios originais do escritor, como óculos, lupa e cama, que integram o acervo da Fundação José Saramago.

Serão ocupadas seis salas do pavimento térreo do MEP, cada uma delas abordando uma dimensão da vida do escritor, como sua visão sobre a vida e a morte, lugares por onde passou e o encontro com a jornalista, escritora e tradutora espanhola Pilar Del Río, com quem se casou em 1988. No espaço destinado à cronobiografia, estarão disponíveis livros para consulta, além de fotos e vídeos, entre estes alguns selecionados a partir do acervo de imagens do diretor português Miguel Gonçalves Mendes, que produziu o filme “José e Pilar”, após anos de convivência com o casal.

Será o mesmo conteúda mostra apresentada em São Paulo, no entanto com um modelo diferente de desenho expográfico. “Saramago foi um intenso viajante, em especial nos últimos anos de sua vida, quando a maior parte do material audiovisual da exposição foi captado. Essa natureza errante marcou nossa opção por criar um desenho que se inspira nas caixas de transporte, malas e ícones de movimento como o carro. A exposição ganha esse contorno do espírito de um homem inquieto em permanente busca por expandir o seu alcance e aliviar a dor do planeta”, comenta o curador Marcello Dantas.

A ideia é olhar o mundo pela perspectiva de Saramago, reconhecer seu comportamento, acompanhar memórias, devaneios e reflexões dele sobre a vida. Em um dos módulos expositivos, intitulado “Visão”, por exemplo, os visitantes poderão assistir ao autor falando sobre o estado de cegueira do mundo atual enquanto usam óculos interativos que simulam o grau de miopia do próprio Saramago. Além disso, de sexta a domingo, a Livraria da ed.ufpa estará com um estande no MEP, com obras do escritor e a edição brasileira do livro “Diálogos com José Saramago”, incluindo uma sessão de autógrafos, dia 14, às 19h30, com a presença do autor, Carlos Reis, professor da Universidade de Coimbra.

COMEMORATIVO

A exposição em Belém integra ainda o calendário oficial de celebração dos 20 anos de atribuição do Prêmio Nobel de Literatura a José Saramago, com eventos organizados pela Fundação José Saramago em vários países. As celebrações tiveram início em outubro, com a visita dos Primeiros-Ministros de Portugal e Espanha à ilha Lanzarote (Espanha) – local onde Saramago vivia e faleceu em 2010. Posteriormente, ocorreu o “Congresso Internacional José Saramago: 20 Anos com o Prêmio Nobel”, na Universidade de Coimbra, assim como conferências em diversos países.

As comemorações se encerram no dia 15 de dezembro, em Lisboa – um dia após a abertura da exposição em Belém - com a estreia mundial da sinfonia “Memorial”, composta por António Pinho Vargas, que assinala os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Baseada em três romances de José Saramago, a sinfonia acompanha o lançamento da proposta da Declaração Universal dos Deveres Humanos.

Filho e neto de camponeses, José Saramago nasceu na aldeia de Azinhaga, província do Ribatejo, em Portugal, em 1922. Seu primeiro emprego foi como serralheiro mecânico, tendo exercido depois diversas profissões: desenhista, funcionário da saúde e da previdência social, tradutor, editor, jornalista. Publicou o primeiro livro, o romance “Terra do Pecado”, em 1947. Em 1998 recebeu o Prêmio Nobel de Literatura, o primeiro dedicado a um autor de Língua Portuguesa. Ele faleceu aos 87 anos, tendo sua obra reconhecida como um dos maiores legados da literatura contemporânea.

(Diário do Pará)

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