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Livro mapeia trajetória de mulheres artistas desde 1900

Se no século 21, as mulheres ainda lidam com as demandas da representatividade em diversas áreas, inclusive na arte, pode-se imaginar a dificuldade de ser mulher e artista lá pelos idos de 1900. O livro “De Sinhá Prendada a Artista Visual – Os Caminhos da

Se no século 21, as mulheres ainda lidam com as demandas da representatividade em diversas áreas, inclusive na arte, pode-se imaginar a dificuldade de ser mulher e artista lá pelos idos de 1900. O livro “De Sinhá Prendada a Artista Visual – Os Caminhos da Mulher Artista em Pernambuco” faz bem mais do que imaginar - resulta de uma pesquisa inédita que apresenta 87 perfis de artistas que viveram em Pernambuco entre os anos de 1900 e 2016, com dados biográficos, cronologia, acervo de crítica sobre a obra e comentários, além de listar outras 118 criadoras das quais não foram encontrados dados para um perfil completo. O livro será lançado hoje em Belém, na Casa do Fauno, por uma das pesquisadoras do trabalho, a artista visual Bárbara Collier, que recebe o público para uma noite de autógrafos.

“Ser artista mulher profissional não era (nem é) atividade fácil no Brasil e muito menos em Pernambuco. A empreitada significava encarar sua produção como um simples passatempo ou viver uma opção de certo risco: quase uma rebelião. A situação abrangia todas, sem distinção de credo político, cor ou classe social”, afirma a coordenadora da pesquisa, Madalena Zaccara, dando elementos para entender que a publicação, mesmo falando do extrato das artistas pernambucanas, é importante para entender o papel da mulher na arte brasileira de maneira geral.

Apenas em 1879 foi permitido às mulheres terem uma educação formal como artistas, mas o título de profissionais continuou sendo negado a elas. “A mulher letrada era considerada um perigo”, diz um trecho do livro. “Era, portanto, na condição de sinhás-donas amadoras que elas eram identificadas”, aponta outro trecho.

A pesquisa ajuda a iluminar rostos que ficaram à sombra na História da Arte, segundo os pesquisadores, principalmente escrita por homens brancos e heterossexuais. “A consequência imediata é a falta de memória nas artes visuais conjugadas no feminino, principalmente entre as mais antigas. Sem registros nas instituições nem arquivos privados disponíveis, de muitas delas só sobreviveram ao tempo notas vagas sobre a participação em algum salão ou citação eventual em algum livro voltado para outros assuntos”, diz um trecho da pesquisa patrocinada pelo Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura – Funcultura e coordenada pelo Departamento de Teoria da Arte da Universidade Federal de Pernambuco. O livro tem prefácio da arte-educadora e feminista brasileira Ana Mae Barbosa.

(Diário do Pará)

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