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Premiado, Ney Matogrosso fala de sexualidade e dispara: "sou ser humano"

Homenageado do 28º Prêmio da Música Brasileira, em meio à turnê mais bem-sucedida de sua carreira ("Atento aos Sinais", iniciada em 2013) e com inúmeros projetos paralelos, tanto na música quanto no cinema, Ney Matogrosso, 75 anos, está claramente numa fa

Homenageado do 28º Prêmio da Música Brasileira, em meio à turnê mais bem-sucedida de sua carreira ("Atento aos Sinais", iniciada em 2013) e com inúmeros projetos paralelos, tanto na música quanto no cinema, Ney Matogrosso, 75 anos, está claramente numa fase luminosa, segundo matéria da Folha de S. Paulo.

Em momentos como este, é fácil esquecer que o cantor trilhou um caminho pedregoso até se estabelecer no cânone da MPB. Se teve sucesso imediato com o grupo no qual estreou, o Secos e Molhados (em 1973), quando partiu para a carreira solo, dois anos depois, Ney apanhou.

Da direita "careta", da esquerda "machista pra c***", dos críticos "implacáveis" que não aceitavam sua ousadia musical e visual. E de compositores que o consideravam extravagante demais para suas obras. Ney se lembra, mas prefere não nomear os algozes. "Tudo isso ficou pra trás", diz hoje.

Para superar os ataques, contou com chá do Santo Daime e com o perene reconhecimento do público. O mesmo que terá a chance de vê-lo subir ao palco do Teatro Municipal do Rio, na noite desta quarta (19), para cantar e ouvir convidados como Chico Buarque e Ivete Sangalo cantarem as canções que ele tornou conhecidas.

Em entrevista à Folha, sobre defender esquerda ou direita ou ainda outro movimento, Ney foi enfático: "Não me interessa. Acho que eu sou útil assim, falando, conversando. Teve um encontro internacional gay no Rio, queriam que eu fosse presidir. Eu disse que não, não penso assim. Aí foi o Renato [Russo]. Tá certo, ele é quem tinha de ir, a cabeça dele era assim. Eu não defendo gay apenas, defendo índios, fiz um vídeo recentemente pedindo a demarcação de terras. Defendo os negros, que estão na mesma situação que viviam nas senzalas, estão presos aos guetos.Me enquadrar como "o gay" seria muito confortável para o sistema. Que gay o c***. Eu sou um ser humano, uma pessoa. O que eu faço com a minha sexualidade não é a coisa mais importante na minha vida. Isso é um aspecto, de terceiro lugar".

Para ele, "ter caráter, ser uma pessoa honesta, de princípios, que trata bem as outras. Ser uma pessoa afetuosa, amorosa. Isso é mais importante do que com quem eu trepo. Sou benquisto e recebo isso nas ruas, das pessoas", explicou.

Por fim, Ney falou ainda da importância da crítica para seu trabalho: "Me importei muito no começo, quando tive as piores. Só que eu acreditava no que tinha feito, achava que era bom. Achei muito injusto. Eu estava me apresentando independente do Secos e Molhados, e foram implacáveis. Naquele exato momento, me desvencilhei das críticas. Não desconsidero, mas não faço nada pensando nelas. Faço o que acho que devo fazer", finalizou.

(Com informações da Folha de S. Paulo)

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