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Albery Albuquerque compõe show “Música Plural”

O som do cantar dos pássaros, das folhas, de estruturas arquitetônicas. Que tipo de padrões sonoros possuem? Instigado por esse assunto desde a adolescência, o músico paraense Albery Albuquerque passou a estudar de forma matemática e física a sonoridade d

O som do cantar dos pássaros, das folhas, de estruturas arquitetônicas. Que tipo de padrões sonoros possuem? Instigado por esse assunto desde a adolescência, o músico paraense Albery Albuquerque passou a estudar de forma matemática e física a sonoridade de uirapurus, sabiás e até do gradil do Ver-o-Peso. É o que ele chama de proposta musical ecológica e pesquisa há mais de 30 anos. Ao lado do filho, Thiago Albuquerque, a pesquisa foi sendo expandida e digitalizada. Para mostrar um pouco do que ele já realizou, o músico apresenta hoje, a partir das 22h, na Casa do Fauno, em Belém, o show “Música Plural”, com o grupo Albery Project, ao lado do filho nos teclados e samplers; Tom Salazar Cano, na guitarra; Príamo Brandão, no contrabaixo; e Carlos “Canhão” Brito Jr, na bateria.

Albery iniciou a pesquisa mapeando os elementos básicos como pulsação, marcação, compasso, dinâmica, rítmica e outros elementos que estavam embutidos no processo de vocalização do uirapuru. “Depois comecei, junto com meu filho, a analisar os efeitos sonoros, sons arranhados, atritados, martelados, limpos. Como se produz? Víamos que tinha uma propriedade muito bonita. Ouvimos, tocamos o que escrevemos no violão e piano, e aquele padrão sonoro começou a ficar no coração da gente. E eu disse que ia compor uirapuru. Assim como Tom Jobim compôs a Bossa Nova, eu posso compor sem plagiar o Tom Jobim, e sem destruir o padrão sonoro. Posso compor uirapuru sem plagiar o pássaro e sem destruir o trabalho dele. Foi a grande sacada”, explica.

A ideia de estudar o som dos animais e das coisas surgiu, no entanto, quando ele era adolescente e tocou violão para os pais, durante encontro de amigos. Chateado com a conversa e com a atenção que não lhe dispensaram, foi até a cozinha de sua casa, onde mora até hoje, em uma vila no bairro de Batista Campos, e começou a tocar sozinho. Só que no cômodo também estava uma cigarra de bico amarelo e, ao ouvir o som do violão, o pássaro também passou a imitar o som do instrumento. Aquilo deixou Albery intrigado.

“Ela começou a interagir e se alegrar, e eu fiquei apaixonado por ela. Vi que ela interagia com o violão e eu quis imitar os gorjeios dela. Ela foi minha professora da floresta. E todo dia à tarde ia para lá para ficar tocando e observando e tentando fazer igual. Foi ali que me interessei em ouvir sobre animais e pássaros”, recorda. Da pesquisa sonora já surgiram livros e discos, como “Música Transmórfica: A Ciência da Arte Aplicada à Arte da Ciência”, com mais de 500 páginas em que descreve seu método “Música Viva da Floresta”.

(Dominik Giusti/Diário do Pará)

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