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FAMA

A cinderela paraense das redes sociais

Em pouco tempo, a estudante Samara Castro, 19 anos, se tornou uma celebridade. Hoje, ela tem quase 300 mil seguidores no Facebook, virou atriz, carregou a tocha olímpica e já participou do programa de Fátima Bernardes. E a moça quer mais (Foto: Fernando

Em pouco tempo, a estudante Samara Castro, 19 anos, se tornou uma celebridade. Hoje, ela tem quase 300 mil seguidores no Facebook, virou atriz, carregou a tocha olímpica e já participou do programa de Fátima Bernardes. E a moça quer mais (Foto: Fernando Araújo)

A estudante Samara Costa de Castro Tourinho, 19 anos, é uma espécie de Cinderela da sociedade digital. Com um celular, sem papas na língua e um carisma insuspeito, a menina tímida da periferia de Belém se tornou o maior fenômeno paraense da atualidade na internet. Os números em torno da jovem impressionam. Até a última sexta-feira (2), ela tinha 290 mil seguidores no Facebook, 92 mil no Instagram e 60 mil inscritos em seu canal no Youtube, o Boca de Tracajá, onde fala de tudo.

A fama começou em 2013, quando Samara postou seu primeiro vídeo “xingando muito o MEC” (Ministério da Educação e Cultura). Naquele ano, o órgão havia suspendido novas matrículas no curso de Jornalismo da Universidade Federal do Pará. “Passei 10 horas fazendo o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e, quando soube que não poderia fazer o curso, fiquei revoltada. Fiz o vídeo, postei e vi que teve muito compartilhamento”, lembra.

A fama chegou poucos meses depois, quando Samara fez um novo vídeo, reclamando dos buracos na avenida Independência, por onde passa todos os dias para chegar ao conjunto onde mora, no bairro do Tapanã. “Não tinha nenhuma noção. Xingava mesmo. Eu falava: ‘Ei, Zenaldo (prefeito de Belém), vem logo tapar esse buraco’. Eu era muito jovem. Só tinha 16 anos”.


Na foto de cima, o quarto de Samara, onde ela grava a maioria dos seus vídeos. Na outra imagem, Samara e a mãe, Margareth, que estão aprendendo a lidar com os “haters” (Fotos: Fernando Araújo)

Os odiadores também estão na internet

Nem tudo são flores no caminho de uma celebridade da internet. As redes sociais são uma espécie de campo minado por onde circulam fãs, mas onde se encontram também os chamados haters (“odiadores”, em inglês). Samara Castro não escapa deles. Quando foi escolhida uma das personalidades paraenses para carregar a tocha olímpica, recebeu uma enxurrada de críticas e xingamentos violentos na internet. “No começo, eu ficava assustada com as perseguições. Agora, entendo que faz parte e ignoro.”

DIVERSIDADE

O vídeo foi um enorme sucesso, com milhares de compartilhamentos e exibição na TV. Resultado: a Prefeitura fechou os buracos. A repercussão foi tamanha, que assessores da Prefeitura entraram em contato com a moça, pedindo para que ela parasse com as críticas. “Falei que não ia parar”. E não parou. Mas a pauta de Samara foi se diversificando. Além de temas da cidade, ela agora posta dilemas pessoais, paródias e esquetes. Com isso, chega a faturar R$ 5 mil por mês.

Tudo ficou ainda melhor com a chegada de seguidores de outros lugares do Brasil. Em 2014, foi chamada para estrelar um filme e uma peça, a “Encantada do Brega”, que conta a história de uma cinderela que troca o príncipe pela liberdade de ser ela mesma. Personagem e atriz se misturam.

NÚMEROS

60 MIL - Inscritos no Youtube
290 mil - seguidores no Facebook
92 mil - seguidores no Instagram
23 milhões - de visualizações em um único vídeo
R$ 5mil - faturamento mensal com as redes sociais

Veja um vídeo de Samara:

Vídeos falam de comida, roupas e até material de construção

Há duas semanas, Samara - se tornou um verdadeiro fenômeno no Brasil. Um vídeo em que ela lamenta, entre lágrimas, seu vício por coxinha (veja no QR Code acima), conquistou mais de 23 milhões de visualizações (três vezes a população do Pará). Ela diz que a tristeza era real. “Eu estava triste. Descontei na comida e fiz o desabafo”. A partir daí, Samara tem recebido tratamento de estrela. No dia 14 de novembro, foi uma das convidadas do programa de Fátima Bernardes, na Globo.

Uma semana depois, desembarcou em Belém com agenda lotada. Fotos, anúncios e entrevistas, como a que concedeu ao DIÁRIO na casa onde mora com a mãe, três gatos e o cãozinho Filders. A casa é modesta, mas Samara não tem reclamado da vida. O quarto típico de adolescente, cenário da maioria dos vídeos que grava, foi cortesia de uma empresa de móveis planejados. Ela também ganha roupas e sapatos de lojas que a patrocinam. “Hoje, eu só compro comida”, conta a moça, que estuda Jornalismo em uma faculdade particular.

A mãe, Margareth, 52 anos, trabalhava de locutora em um bingo, mas precisou deixar o emprego para acompanhar Samara. É uma espécie de empresária, agente e assessora de imprensa. Por mês, a filha chega a faturar R$ 5 mil na internet, onde, entre um vídeo e outro, recomenda roupas, sapatos, maquiagem, móveis e até material de construção.

(Rita Soares/Diário do Pará)

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