Era de se esperar que um dos shows mais disputados deste domingo (22) na Virada Cultural fosse do fenômeno "tranquilo e favorável" MC Bin Laden. O cantor atraiu um público diversificado à praça da República, no centro -de funkeiros de carteirinha a hipsters megadescolados-, e todo mundo fez o famoso sinal do Ronaldinho.
"Acompanho a carreira dele, acho os beats maravilhosos. Ele é a coisa mais interessante que surgiu em 2015, até em nível internacional", avalia Rafael Bordalo, 26, tatuagens, barba grande e cabelo preso para trás.
"Conheço ele desde antes do 'Tá Tranquilo Tá Favorável', mas vim só pela farra mesmo", diz Anita Meier, 16, com óculos retrô.
A apresentação durou pouco mais de meia hora. Bin Laden, é claro, cantou seu hit duas vezes, além da nova "Aham Aham Pode pá", e apelou para clássicos do funk, como "Glamourosa" e o "Rap das armas" (aquela do "parapapapapa....").Também convocou um abraço coletivo do público, o mais animado da manhã de domingo.
POLÍTICO
Como na maioria dos shows da Virada, um certo tom político também deu as caras na apresentação de Bin Laden -que já afirmou preferir "ficar em casa comendo biscoito" do que concorrer a um cargo público.
Otimista, como seu hit, o funkeiro minimizou a crise política e econômica que o país atravessa.
"Se o país está em crise, também está em Cristo. Temos que pedir todos os dias a paz e a melhora", afirmou, antes de emendar "Eu só quero é ser feliz..."
No fim da apresentação, Bin Laden ainda puxou um coro patriota -"sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor".
(Folhapress)
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