O autor Miguel Fallabela usou as redes sociais para se pronunciar sobre a polêmica envolvendo o seriado “O Sexo e as Nega” e negou que a atração seja preconceituosa ou racista. "Sexo e as Negas não tem nada de preconceito. Fala da luta de quatro mulheres que sonham, que buscam um amor ideal. Elas podiam ser médicas e morar em Ipanema, mas não é esse meu universo na essência, como autor", escreveu.
Até ontem (11), o programa – que só estreia na próxima terça-feira (16) – já acumulava onze denúncias de racismo na ouvidoria da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).
"Qual é o problema, afinal? É o sexo? São as negas? As negas, volto a explicar, é uma questão de prosódia. Os bahianos arrastam a língua e dizem meu nego, os cariocas arrastam a língua e devoram os S. Se é o sexo, por que as americanas brancas têm direito ao sexo e as negras não?", questionou Falabella.
Além das denúncias, diversas organizações do movimento negro e em defesa das mulheres iniciaram na internet uma campanha de boicote ao programa.
No Facebook foi criada a comunidade “Boicote Nacional ao Programa Sexo e as Negas da rede Globo”. Até a noite desta sexta-feira (12), a página registrava mais de 23 mil curtidas.
A Seppir, disse que, ao receber as denúncias, autuou a Rede Globo em procedimento administrativo. No documento foram solicitadas informações e comunicou o encaminhamento das acusações ao Ministério Público no Rio de Janeiro.
Já a assessoria da Globo informou que, até o momento, a emissora não recebeu qualquer ofício questionando o nome ou o conteúdo do programa.
(DOL)
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