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Paraenses preparam novidades para o público no cenário musical

Prestes a completar 80 anos de idade, Ionete Silveira da Gama, a Dona Onete, diva do carimbó paraense, se prepara para lançar o terceiro álbum da carreira e embarcar em mais uma turnê internacional pela Nova Zelândia e Austrália para divulgar o novo traba

Prestes a completar 80 anos de idade, Ionete Silveira da Gama, a Dona Onete, diva do carimbó paraense, se prepara para lançar o terceiro álbum da carreira e embarcar em mais uma turnê internacional pela Nova Zelândia e Austrália para divulgar o novo trabalho. Intitulado de Rebujo, o novo álbum deve ser lançado em maio pelo selo Natura Musical/AmpliDiversão.

“Eu estou falando do banzeiro (o termo fala do movimento na água provocado pelas embarcações) para cá sobre água, e agora eu dei o nome de rebujo, que é o movimento que dá no fundo do mar, dos rios e igarapés, é um fenômeno que acontece no fundo e traz à tona muitas coisas que estão no fundo”, explica a artista.

E esse rebujo já trouxe à tona a “Festa do Tubarão”, nova música da cantora e clipe que já estão nas redes e plataformas digitais desde o último dia 14 de fevereiro. “A ‘Festa do Tubarão’ acho que vai ser o carro chefe, é uma música muito alegre, fala das duas palavras que usamos aqui: piranha e traíra. Trago com muita alegria pensando nas nossas crianças, que gostam de acompanhar a Dona Onete. Foi inspirada no linguajar paraense, falando da lenda da cobra grande e depois eu falo que é uma grande festa da cultura popular”, contou, aos risos.

Na música, a lenda da cobra grande que protege Belém, escondida debaixo da Igreja da Sé, vira uma brincadeira de duplo sentido. Filmado no mercado Ver-o-Peso, na Ilha do Combú e na Marina Amazônia Legal, o clipe foi dirigido por Lírio Ferreira e Natara Ney.
O novo trabalho tem 12 faixas, todas de composição da cantora, e tem uma participação certa: BNegão, cantor carioca em “Musa da Babilônia”, samba feito pela Dona Onete em homenagem ao Rio de Janeiro, mais precisamente à Praia do Leme. “Meu CD está muito bonito e dançante, com músicas compridas que dá para fazer festa, eu tô trazendo a cultura do Pará, nossos costumes, nossas tradições, o nosso linguajar caboclo e nosso cheiro, tudo eu tô levando para fora do Pará”, contou.

Antes do lançamento do CD, ainda está previsto o lançamento de um single da cantora. Este ano, aliás, ela foi enredo da Escola de Samba Piratas da Batucada, que desfilou ontem com a cantora na avenida. “Eu me senti muito lisonjeada e feliz por terem feito um samba tão simples e lindo, me agradou muito, tá contando um pouco da minha vida. As homenagens que queiram fazer para a Dona Onete que sejam em vida. É o mesmo que dizer: ‘me dê flores em vida’”, afirmou a cantora.

O novo disco tem produção musical de Pio Lobato, JP Cavalcante, Assis Figueiredo e Geraldinho Magalhães e foi gravado e mixado no APCE Estúdio, em Belém por Assis Figueiredo e masterizado no The Carvery, em Londres, por Frank Merrit. E tem patrocínio de Natura Musical, Governo do Estado do Pará, Fundação Cultural do Pará e Lei Semear.

Thais Badú e o rit da sua história de vida

“Todas as músicas contam sobre mim, sobre ser uma mulher, estar na Amazônia”, Thais Badú. (Foto: Divulgação)

Minha História”, novo single e clipe da cantora Thais Badú, já caiu nas redes. A nova música de trabalho vem contando muito da história da artista, que deve lançar ainda neste semestre o seu primeiro EP solo, intitulado “Sou Preta”. “É a segunda do EP, todas as músicas contam sobre mim, sobre ser uma mulher, estar na Amazônia, ser preta, todas as dificuldades e diferenças sociais. O EP vai falar sobre esses temas, a história da minha vida e sobre a negritude, segregação, temas importantes na nossa atualidade, nesse momento político que a gente está vivendo”, detalhou.

Essa é a segunda música que a cantora lança. No ano passado foi divulgada “Sou Preta”, mas em breve sai o EP e as outras músicas devem ser lançadas em seguida. O novo single é uma parceria com Bruno Habib, produtor musical com o qual a cantora gravou a música “Altar”, no projeto da Ocaribé Selo “Retrato Falado”, e traz um som reflexivo, com pegada do pop reggae junto com coreografias vibrantes. Já o clipe foi gravado na frente da casa da artista, no bairro da Sacramenta, periferia de Belém, sob sua direção e captação de imagens pela Caribé Filmes. O videoclipe mostra também imagens da praça Dorothy Stang, comércio e Ver-o-Peso.

O EP terá seis faixas, todas de composições da cantora, com produção de Dudaliver, Waldo Squash e Bruno Habibs. “O EP é mais pop, mas tem pegada regional, queríamos levar um pouco dessa sonoridade amazonida, nortista, mas também misturar com o pop, que é global, para atingir o máximo de pessoas”, contou.

Enquanto “Sou Preta” não sai, a cantora adianta que está com várias parcerias para novas músicas que virão após o lançamento desse trabalho. Ela já adianta que no dia 1º de março irá lançar um probidão, “Buceta sem etiqueta”, no bloco Rebuceteio, com clipe de Léo Platô, do Sampleados, parceria com a Joelma Claudia e DJ Ananindeusa. “A música fala muitas verdades sobre nós mulheres, sobre empoderamento, questões feministas que passamos, tem uma mensagem muito forte”, disse.

Além disso, a cantora segue com a Banda Gang do Eletro para fazer a alegria dos foliões do bloco do “Cauxi Eletetrizado” em Manaus, e segue agenda de shows no Estado.

Clipe de Areia de Algodoal já faz sucesso na internet

Feito no estilo animação japonesa, o clipe conta a história de um homem solitário e apaixonado. (Foto: Muirak Studio/reprodução)

“Maravilhoso”, “Excelente qualidade”, “Égua do clipe show” e “Coisa mais linda” são alguns dos comentários no canal do Coletivo Mártires e Cia, no YouTube, sobre o clipe da música “Areia de Algodoal”, lançado no último dia 15 e que já conta com cerca de 3,5 mil visualizações.

Feito no estilo anime, animação japonesa, o clipe conta a história de um homem solitário e apaixonado que olha para a lua cheia na praia de Algodoal e se pergunta como mandar uma mensagem para a sua amada, que se encontra no Japão.

“Areia de Algodoal” apresenta ao ouvinte tons de forró, folk, reggae, com a marca de instrumentos como o violão, bandolim, ukulele, sanfona, baixo acústico, zabumba, metais (sopro) e percussão. “É bem característico nosso, só com instrumentos acústicos. As bandas hoje em dia estão cada vez mais investindo numa versão mais eletrônica, e queríamos fazer algo mais orgânico”, explicou o cantor e compositor Renzo Mártires, autor da música e idealizador do videoclipe.

A melodia e a letra já estavam prontas há dez anos, mas o Coletivo resolveu guardar e esperar o momento que eles consideravam certo para lançar a música. “Foram sete meses de gravação da música e mais seis fazendo o videoclipe. Enquanto o vídeo estava sendo feito, a música estava sendo finalizada. Sempre soubemos que quando chegasse o momento em que víssemos com uma identidade musical definida, seria a hora de gravar essa música”, disse Renzo.

O Coletivo, que reúne também os músicos Dan Bordallo e Aimi Bianca, faz uma singela homenagem ao mestre Chico Braga, referência do carimbó da Ilha de Maiandeua, que faleceu em 2015, no diálogo informal: “Chico ela foi / Mas sempre vem / Preciso perguntar pra alguém / Como é que eu deixo um sinal / Na lua cheia, com os pés na areia de Algodoal”. A letra faz referência também ao trem-bala japonês, chamado de “shinkansen”, como uma forma de pedir que o encontro com a moça seja tão rápido quanto a velocidade do veículo.

A produção gráfica leva a assinatura do Muirak Studio e direção de vídeo de Gustavo Medeiros e AD Gomes. O Coletivo promete mais novidades em breve. “Estamos gravando em estúdio outras canções. Mas estamos mesmo é curiosos para saber a reação do público para definir o que virá, a intensidade vai depender da reação do público”, finalizou Renzo.

(Aline Rodrigues/Diário do Pará)

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