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Conselhos culturais dão parecer negativo ao circuito previsto para o carnaval

Com uma proposta ousada para resgatar o antigo carnaval de Belém, com seus mais de 300 blocos de rua, doze pessoas e cinco produtoras culturais se uniram na cidade para formatar o Circuito Mangueirosa durante o próprio período de carnaval, em março. Porém

Com uma proposta ousada para resgatar o antigo carnaval de Belém, com seus mais de 300 blocos de rua, doze pessoas e cinco produtoras culturais se uniram na cidade para formatar o Circuito Mangueirosa durante o próprio período de carnaval, em março. Porém, com um prazo muito curto de tempo para seu planejamento, dois conselhos consultivos deram pareceres contrários para a realização do evento.

O presidente da Fundação Cultural do Município de Belém (FUMBEL), Fabio Atanásio, informa que acatou a sugestão dos conselhos para a não realização do evento para este ano na cidade. “Nós recebemos uma proposta chamada circuito Mangueirosa, para ser realizado na Praça das Mercês. Acolhemos a proposta, mas achamos que o tempo era curto demais para realizar o evento, pois quando se trata de área histórica entra a participação dos conselhos consultivos, neste caso, o Conselho Municipal do Patrimônio”, diz ele acrescentando que recebeu a proposta no dia 22 de janeiro.

Uma semana depois de ser apresentado à proposta sobre o Circuito, Fabio conta que no dia 31 de janeiro, ele levou a proposta para análise de dois conselhos: o Conselho Municipal de Política Cultural e Conselho Municipal de Proteção de Patrimônio. “Os dois conselhos declararam que era um tempo muito curto para se realizar o evento, em decorrência ainda dos outros agentes que estão envolvidos naquele ambiente, como a própria igreja que fica situada ali. A igreja que tem uma visita permanente durante todo o carnaval. Não tem como fazer um evento desses sem ouvir seus frequentadores e ainda os Mercedários. Seria preciso ainda um posicionamento do Corpo de Bombeiros, que exige um mínimo de 20 dias para que eles planejem todo o esquema de segurança”, ressalta Atanásio acrescentando que neste período, precisou convocar duas reuniões extraordinárias, com os Conselhos.

Outra questão que vem sendo colocada é o apoio da prefeitura, segundo o presidente. “Tem algumas condicionalidades que eles pediram que não têm como serem atendidas. Pediram o apoio e a licença da Prefeitura para a realização do evento, com toda a infraestrutura da Prefeitura, com palco, show, iluminação, banheiros químicos, disciplinamento do trânsito e infraestrutura, além de tendas para comercialização de produtos, dentre outros, sendo tudo com o ingresso gratuito”, coloca.

As propostas, explica ele, são apreciadas por diversos agentes, como Fumbel, Secretaria de Estado de Cultura (Secult), Universidade, Iphan, sociedade civil, Fórum Landi, dentre outros. “É um conjunto de técnicos que se constituem em conselhos para proteger o patrimônio de Belém. Recebemos a orientação para a não realização do evento. A Fumbel, por sua vez, se coloca à disposição para ouvir a análise desses Conselhos. Mas gostaria de reiterar que, particularmente, eu gostei da proposta, mas foram nos procurar muito tardiamente”, frisa.

O produtor cultural, Gustavo Moreira, um dos organizadores do Circuito Mangueirosa conta que a decisão da Fumbel não foi comunicada ainda para ninguém da organização do evento. Hoje, (05) eles terão uma audiência sobre o evento. “Ainda não temos esse parecer oficial sobre a possível proibição do evento. É a primeira vez que escuto isso e por isso prefiro não me pronunciar. Nenhum dos produtores envolvidos recebeu esse feedback ainda”, declara.

Gustavo completa ainda dizendo que a organização do circuito está trabalhando para fazer o evento acontecer com diálogo aberto com o poder público, para cumprir todas as demandas que um evento desse porte carrega consigo. "A gente entende que há uma situação sobre a preservação do patrimônio público. Estamos cumprindo com todas as etapas que têm de serem feitas. Temos uma proposta de evento que é totalmente democrática. A gente está buscando atender, não só oferecendo um evento, mas entregar a Praça das Mercês limpa, com grama capinada e recolher todo o lixo da área, que não sei por quais questões, a praça está numa situação que não é legal. Estamos tentando montar uma programação ampla", argumenta.

O CIRCUITO MANGUEIROSA

A proposta sobre o evento surgiu em dezembro em um encontro não planejado na Semana Internacional de Música (SIM), em São Paulo, entre os produtores culturais, Gustavo e Renée Chalú, do Bloco Filhos de Glande. "Eu escutei a proposta até o final e o que ela estava propondo com a participação do Bando Mastodontes, do qual sou produtor. Era uma leitura que a gente tinha de ocupar esse espaço do carnaval em si, que era um movimento que os Filhos de Glande faziam há dois anos. A gente começou a conversar e chegou a conclusão que a gente poderia dividir a estrutura e realizar em dias diferentes e entendeu que isso poderia ser espaço para as produtoras também", conta.

A ideia com a realização do Circuito Mangueirosa é oferecer quatro dias de programação com 12 atrações culturais, divididas por Blocos. O período para a realização do evento seria entre o dia 2 a 5 de março, na Praça das Mercês, em Belém.

(Wal Sarges/Diário do Pará)

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