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O Pará no 'Oscar' do patrimônio

O Theatro da Paz, em Belém, foi palco de uma das principais premiações do patrimônio cultural brasileiro. Pela primeira vez na capital paraense, o “Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade”, promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacion

O Theatro da Paz, em Belém, foi palco de uma das principais premiações do patrimônio cultural brasileiro. Pela primeira vez na capital paraense, o “Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade”, promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), foi entregue em cerimônia na noite da última sexta-feira a oito ações de destaque na valorização do patrimônio histórico e cultural brasileiro. Três delas paraenses.

Para a arqueóloga Helena Lima, do Museu Paraense Emílio Goeldi, no Pará, responsável pelo Projeto “OCA – Origens, Cultura e Ambiente”, desenvolvido desde 2014 no município de Gurupá e dos projetos paraenses destacados, a ação tem um valor relevante para a comunidade. “Gurupá é um lugar que possui uma história muito longa e profunda indígena, quilombola, europeia e judaica, que permite que hoje trabalhemos uma cultura muito diversificada. É especial. Fui bem recebida com o projeto e percebi que os moradores têm grande potencial para desenvolver eles mesmos e passar para gerações futuras”, explica.

Makiko Akao, galerista e administradora, idealizadora da ação “Circular Campina Cidade Velha”, da Kamara Ko Fotografias, que está no 5º ano de execução, a premiação foi uma surpresa. “O projeto é o reconhecimento de que a gente está no caminho certo no sentido de tentar valorizar o nosso patrimônio. Foi com muita emoção que recebemos a notícia”, comenta.

Para a designer, pesquisadora e professora Fernanda Martins, responsável pelo projeto “Letras que Flutuam”, da Mapinguari Comunicação Visual, que documenta a arte dos tradicionais “abridores de letras” nos barcos amazônicos”, o prêmio vai além de um reconhecimento pessoal e profissional, mas pode estimular a preservação desse patrimônio. “O projeto é importante para o Pará e para o Brasil a fim de valorizar um saber que está acabando, mostrar um patrimônio que não era percebido e também mostrar a diversidade da cultura brasileira para os próprios brasileiros”, avalia.

De acordo com Kátia Bogéa, presidente do Iphan, o prêmio existe desde a fundação da instituição, em homenagem ao seu primeiro presidente-fundador, Rodrigo Melo Franco de Andrade, uma personalidade importante para a salvaguarda do patrimônio brasileiro. Neste ano, a premiação é dedicada à promoção do patrimônio cultural do Norte do país pela importância, riqueza e pluralidade desse patrimônio composto pelos 7 estados da região.

Nesta 31ª edição do prêmio, foram avaliados 300 projetos que foram ou estão sendo executados e que se tornaram referências de valorização, proteção e gestão do patrimônio cultural brasileiro. “Muito bonito ver um patrimônio sendo promovido, o patrimônio que só pode ser protegido a partir do sentimento de pertencimento dos seus detentores que é a população. Esse também não deixa de ser um trabalho de educação patrimonial. É uma noite de muita alegria. É o Oscar do patrimônio cultural brasileiro”, diz Kátia, sobre a noite de premiação, que teve apoio da Vale.

Parceira do Iphan em uma série de projetos de incentivo à valorização e preservação do patrimônio, a Vale, é o principal apoiador do Prêmio da noite passada. Christiana Saldanha, gerente de patrocínio da Vale, destaca essa parceira como um importante laço que tem a intenção de fortalecer os patrimônios, tanto material - como restauros de monumentos históricos - como nos patrimônios imateriais que é patrimônio da humanidade - de saberes e fazeres da região - nas regiões onde a mineradora atua.

“Pois acreditamos que os patrimônios são feitos a partir de pessoas e dos locais para que perpetue e possam ser repassadas para as futuras gerações. E, nada mais justo que estar aqui junto ao Iphan com a primeira ação em Belém, premiando a região Norte com as ações culturais e fortalecendo o território”, afirma Saldanha.

(Michelle Daniel/Diário do Pará)

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