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Zé Renato e Claudio Nucci em Belém

“Bicicleta”, música instrumental composta por Zé Renato e que deu nome ao segundo álbum do grupo Boca Livre, em gravação feita com vocalizes, volta a se “movimentar” repaginada, agora com letra de Cláudio Nucci. A música inspira o novo show da dupla, “Lib

“Bicicleta”, música instrumental composta por Zé Renato e que deu nome ao segundo álbum do grupo Boca Livre, em gravação feita com vocalizes, volta a se “movimentar” repaginada, agora com letra de Cláudio Nucci. A música inspira o novo show da dupla, “Liberdade e Movimento”, que será apresentado em Belém hoje e amanhã, no Teatro Margarida Schivasappa, no Centur, às 21h.

Parceiros de longa data e amigos há mais de 40 anos, os dois colecionam sucessos como “Toada”, “Quem Tem a Viola”, “A Hora e a Vez” e “Pelo Sim, Pelo Não”, e sobem ao palco numa retomada dessa parceria que vai relembrar grandes sucessos, canções autorais e passar pelo cancioneiro de compositores que marcaram suas trajetórias. O show também marca o lançamento do novo single “Bicicleta” e é o pontapé inicial da turnê da dupla.

Os dois fizeram parte da formação inicial do Boca Livre e da Banda Zil. Sobre o show, parceria, o single e a relação com Belém, onde os dois sempre circulam com seus projetos, o Você conversou com Cláudio Nucci, durante um passeio breve pela Praça da República, em Belém.

P Fala dessa parceria musical e amizade de vocês.

R A nossa parceria vem de muito tempo, de antes do Boca Livre. A gente se conheceu no colégio, participava dos festivais. Desde de 1975 a gente trabalha juntos esporadicamente e fazemos música juntos. Ele tinha um grupo chamado Cantares e eu tinha um chamado Sementes. E as músicas que compusemos nessas épocas já eram tocadas, como “Toada”. Depois o Boca Livre veio, trabalhamos com eles e saí do grupo e comecei a carreira solo. Após o meu terceiro álbum, o Zé Renato e eu fizemos um disco chamado “Pelo Sim, Pelo Não”, em 1985, foi o nosso primeiro grande encontro para celebrar a nossa dupla. Aí divulgamos esse trabalho e fizemos a Banda Zil, uma banda híbrida com o Zé Renato e eu de cantores e violonistas, mas com outros caras de música instrumental, Ricardo Silveira, Marco Ariel, Zé Nogueira, João Batista e o baterista Jurim Moreira. Uma banda instrumental que a gente retomou há pouco tempo e gravamos um DVD que vai ser lançado ainda.

P É um momento especial na carreira?
R É um momento especial na nossa vida, estamos resgatando tudo que fizemos. Por exemplo, o Zé Renato tá gravando um CD com o Boca Livre, que é o grupo de coração de todos nós. Participei do show do grupo em comemoração aos 40 anos, a Banda Zil tá gravando um DVD, nada mais justo que o Zé Renato e eu nos juntarmos para registrar o nosso trabalho. Queremos com esse show iniciar um projeto de gravação de um DVD que também vai coroar essa fase de resgate. A gente tá vendo muita gente boa se reunindo novamente para trazer de volta um repertório que não morreu, isso é o mais importante.


P “Quem Tem a Viola”, “Toada” e “Sapato Velho” são clássicos da MPB, que muita gente sabe cantar de cor e salteado. Te dá orgulho estar por trás de canções que sobrevivem ao tempo?

R Dá um alívio de saber que plantamos boas sementes que hoje são uns arbustos mais fortes. Tomara que elas virem árvores frondosas e coisas assim mais perenes. A gente necessita de um repertório, no cancioneiro brasileiro, de canções que fiquem e muitas dessas canções que a gente está fazendo no show foram produzidas por nós e são consagradas pelo público. E a gente fica muito feliz de ter tido esse privilégio.

P O que mais tem no repertório do show?

R A gente vai cantar “Ca Já”, de Caetano; Dominguinhos e Gil com ‘“Lamento Sertanejo”, e “Matança”, do Luiz Jatobá, que fala sobre a matança das árvores - isso ele falava lá nos anos 1970 e a gente vê que hoje é uma realidade muito presente.

P E a relação com Belém?

R Estivemos aqui anos atrás com o nosso padrinho Edu Lobo, foi o cara que abriu as portas para o Boca Livre convidando o grupo para fazer parte do disco dele e depois do show dele, depois do Projeto Pixinguinha em 1978. Foi ele que nos trouxe para essa região pela primeira vez. Eu era novinho, tinha uns 23 anos. Foi muito forte conhecer algumas cidades brasileira e Belém, particularmente, me encantou. Aqui existe um ouro cultural de costumes e de tratamento uns aos outros, afeto nas famílias. É uma exuberância amazônica delicada. O primeiro disco que o Boca Livre participou, isso antes de fazer o próprio disco, foi num projeto do Vital Lima. Então a gente já conheceu a cultura paraense e já nos conquistou. Nilson Chaves já era um grande amigo nosso no Rio de Janeiro, bem antes de existir o Boca Livre.

P E a receptividade do público paraense?

R Vim muitas vezes gravar, botar meus trabalhos solos para funcionar. Não tenho palavras para dizer como eu sou grato a Belém por ter construído um público pra mim, através do Marco André, por exemplo, que chamou a mim e ao Flávio Venturini pra gente fazer junto com ele e com o Nilson Chaves um show que percorreu a Amazônia, isso em 1985, por aí. Esperamos que esse público que construímos reconheça isso e apareça no Margarida Schivasappa. Sou um brasileiro que admiro e reverencio a arte de cada lugar que visito. Por isso, admiro o Almirzinho Gabriel, gosto de me lembrar de referências como Nazaré Pereira, tantos outros artistas daqui que ajudaram a formar a minha onda, a minha música é fruto disso aqui também.

P Quais os projetos futuros?

R A gente está sugerindo uma turnê nacional, está começando aqui em Belém com esses dois shows, vamos para o Rio de Janeiro, onde haverá uma banda que vai se acoplar ao nosso som, e daí a gente pretende fazer outras coisas e, quando estiver maduro, bem forte, a gente vai arrumar as condições para gravar o nosso DVD e registrar isso.

Cláudio Nucci, durante o passeio pela Praça da República em que rolou a conversa com o Você

(Aline Rodrigues/Diário do Pará)

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