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Naldinho Freire apresenta trabalho musical em Belém

Com um trabalho pautado na parceria com poetas, instrumentistas e no intercâmbio com a cena musical de vários estados brasileiros e países da Europa e África, o paraibano Naldinho Freire, atualmente radicado em Belém, apresenta hoje o show “Sem Chumbo nos

Com um trabalho pautado na parceria com poetas, instrumentistas e no intercâmbio com a cena musical de vários estados brasileiros e países da Europa e África, o paraibano Naldinho Freire, atualmente radicado em Belém, apresenta hoje o show “Sem Chumbo nos Pés”, a partir das 19h, no Sesc Boulevard. No palco, para fazer o encontro entre a canção e efeitos eletrônicos, ele estará acompanhado da paraense Beá Santos (Guitarrada das Manas), e conta ainda com a participação especial de Pedro Vianna. A entrada é franca.

Naldinho destaca que “Sem Chumbo nos Pés” iniciou-se em 2016, após encerrar um ciclo importante em sua carreira como músico. “Eu vinha de um trabalho de pesquisas da tradição oral do Nordeste desde 1990 e que concluí com o lançamento do DVD ‘Raízes: Traços Contemporâneos’. Daí, pensei: ‘o que será daqui em diante?’. Mas logo fui convidado para assumir a representação para as Regiões Norte e Nordeste da Funarte (Fundação Nacional de Arte/Ministério da Cultura) e o lado musical foi correndo em paralelo à atividade de gestor”, diz.

O trabalho como gestor na Funarte durou até 2016 e, diante do impasse que a Cultura vivia no país, o músico começou um processo de rever canções e reunir poemas enviados por parceiros. “Fui trabalhando essas poesias, letras, sem compromisso. No final de 2016, esse trabalho estava esboçado com muitas canções”, conta. A curadoria seguinte foi da professora paraense Inês Silveira. “A proposta era ela dar uma olhada nas letras. Achei muito interessante as escolhas que ela fez e realmente formava um desenho muito bom de um show”, comenta.

Em Recife, Naldinho decidiu montar uma banda e tirar as ideias do papel. Convidou o percussionista de Chico César, o Escurinho, uma violoncelista e uma cantora paraibanas e o guitarrista Alex Mono – uma peça-chave nessa nova empreitada. “Minha proposta era fazer um link dessas músicas da ‘madeira’, do violão, essa coisa barroca, com a música contemporânea, eletrônica. E o Alex foi quem trouxe isso com sua guitarra cheia de efeitos”, explica. A estreia ocorreu em janeiro de 2017, em Recife, com nome que veio a partir da canção “Pássaros”, parceria de Freire com Pedro Osmar (grupo Jaguaribe Carne).

“A recepção do público foi muito bacana e acabou vindo como uma despedida de Pernambuco. Fui convidado a vir para Belém, fiz a mudança e planejava apresentar o projeto aqui, mas logo chegou um convite para apresentações em Cabo Verde”, lembra.

PARCERIA COM PARAENSE DEU NOVA LUZ AO PROJETO

No retorno a Belém, após Cabo Verde, Naldinho Freire precisava de alguém que assumisse a função de Alex Mono, fazendo a integração entre canção e música eletrônica. Ao ir para um show de Natália Matos, viu Dan Bordallo tocando teclado e mostrou seu trabalho ao músico na intenção de convidá-lo.

“Ele não tinha como viajar, por conta do estúdio que tem com Léo Chermont, mas me indicou a Beá Santos”, conta. Produtora, estudante de Música na UFPA e com uma experiência musical admirável, ela foi “uma luz para esse trabalho”, diz ele.

A primeira apresentação juntos foi na estreia do projeto no Rio de Janeiro, em outubro do ano passado. “Tinha um mês que nos conhecemos e ela já estava indo fazer show comigo. De lá, ainda surgiram convite para mais cinco cidades do Nordeste. Isso sedimentou, veio dizer ‘cheguei de volta ao mercado da música’ e, ao invés de com um disco, CD, cheguei com um trabalho”, diz o músico. As apresentações com Beá ocorreram em Recife (PE), João Pessoa (PB), Pium e Natal (RN) e Maceió (AL). E apesar de não ter um disco fechado, canções foram gravadas em algumas destas cidades.

A música “Data Venia”, uma poesia de Antônio Ronaldo de Souza (RN), musicada por Naldinho, foi gravada em Natal. “Trova de Madeira e Cordas”, com letra do professor de Literatura Ubirajara Almeida, foi gravada em Alagoas. E além delas, estão no repertório “Pretty Down”, do cantor e compositor africano Mário Lúcio; o mantra “Jai Radha Madhav”, de domínio público, e que entrou no repertório após o contato de Freire com a flautista paraense Andrea Silveira; “Biruta”, com letra do poeta gaúcho Lau Siqueira; e “O Não Lugar”, melodia de Naldinho letrada pelo paraense Pedro Vianna, que faz participação especial cantando no show.

Haverá ainda algumas músicas de trabalhos passados, como o disco de estreia “Lapidar” (1995), com o qual passou por vários países da Europa; do CD “Viandante” (2005), gravado ao vivo no Teatro Sesc Jofre Soares, em Alagoas; além do CD “Raízes” (2006), com o qual realizou turnê, de 2008 a 2010, na África, pelas Ilhas de Cabo Verde (Santiago, São Vicente e Sal); nas cidades de Paris e Toulouse, na França; Tavira e Castro Marim, em Portugal; e em Rotterdam, na Nova Zelândia.

VÁ LÁ

Show “Sem Chumbo nos Pés”, de Naldinho Freire

Quando: Quarta (21), às 19h
Onde: Sesc Boulevard (Boulevard Castilhos França, 522, em frente à Estação das Docas)
Quanto: Gratuito

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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