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Banco da Amazônia investirá R$ 1,3 milhões na cultura em 2018

Já estão selecionados os 119 projetos que serão patrocinados pelo Banco da Amazônia ao longo deste ano. A instituição recebeu mais de 800 projetos distribuídos entre seus três chamamentos. Um deles é o Edital de Patrocínios, para propostas nas áreas cultu

Já estão selecionados os 119 projetos que serão patrocinados pelo Banco da Amazônia ao longo deste ano. A instituição recebeu mais de 800 projetos distribuídos entre seus três chamamentos. Um deles é o Edital de Patrocínios, para propostas nas áreas cultural, social, esportiva, ambiental ou de feiras e congressos. Os outros dois editais são voltados totalmente às artes: a Chamada Pública da Lei Rouanet, para projetos culturais selecionados pela lei de incentivo federal, e o Edital de Pauta do Espaço Cultural Banco da Amazônia, voltado à exposição e circulação de projetos nas artes visuais. Serão mais de R$ 2 milhões aplicados nos projetos, mais da metade deles – cerca de R$ 1,3 milhão – destinada ao segmento da Cultura.

A Chamada Pública para a Lei Rouanet 2018 seleciona projetos nas artes cênicas (teatro, dança, performance, ópera e circo), cinema (mostras e festivais) e música, sendo priorizados aqueles que apresentarem diversidade temática, multiplicidade de linguagens e, principalmente, qualidade artística. Entre as iniciativas locais, está o festival “Amazon Mix”, da Cia. Paraense de Performance; o projeto “Cartografia Quilombola”, da Associação Cultural e Esportiva de Negros na Amazônia; e outros bem conhecidos, como o Circular Campina Cidade Velha, que movimenta e envolve vários fazedores de cultura da capital paraense.

A cantora Joelma Klaudia, que pela primeira vez conseguiu captar recursos por meio da Lei Rouanet comemorou a seleção do projeto de circulação de seu álbum “Amazônia Lounge”, lançado em 2017. “Elaboro propostas para a Rouanet desde 2008, e estou muito feliz com essa primeira vitória que vai permitir a circulação por toda a Amazônia Legal, a partir do mês de julho”, conta. Entre os locais para os quais levará sua música pela primeira vez, estão Manaus (AM) e Alter do Chão, em Santarém.

O disco nasceu de uma pesquisa da cantora do repertório internacional e local ligados à música lounge. O repertório inclui composições de Lia Sophia, Eloi Iglesias, Maria Lídia, Celso Viáfora, que ela canta acompanhada de uma banda completa. Também viajará com um videomacker na equipe para registrar tudo. “Quero que esse material sirva como uma espécie de tutorial, mostrando como uma artista independente produz, as escolhas que faz, as inscrições em editais. Quero mostrar que dá pra fazer, o principal é acreditar em você e no seu trabalho. Sendo mulher, artista, negra, vinda do interior, enfrentando toda dificuldade e preconceito, inclusive dentro da classe artística, essa é uma vitória muito forte pra mim”, finaliza.

Circular Campina Cidade Velha ganhará apoio novamente (Foto: Marcelo Lelis/Divulgação)

ARTES VISUAIS

Ainda há o “Prêmio Banco da Amazônia de Artes Visuais 2018” destinado à seleção de projetos para exposição no Espaço Cultural do Banco da Amazônia, localizado no edifício-sede da instituição, em frente à Praça da República. O espaço é reconhecido pela classe artística regional e nacional como apoiador de projetos de artistas consagrados, mas também como formador de novas expressões regionais.

Os artistas selecionados nos diferentes estados fazem ainda circulação dentro da Amazônia Legal, ou seja, o Pará recebe artistas vizinhos e leva os seus a cidades como Manaus, Rio Branco e Macapá. Os selecionados deste ano foram “Geografia do Espelho”, de Geraldo Teixeira, “A Caminhada do Povo Guarani MBYA”, de Véronique Isabelle, e “Terra Sem Sal”, de Rafael Stock, que também começam a entrar em exposição a partir do segundo semestre e concorrem automaticamente ao Prêmio de Artes Visuais, realizado anualmente pela Instituição.

Festa da chiquita completará 40 anos em outubro e ganhará apoio do Banco da Amazônia (Foto: Thiago Araújo/Arquivo)

Samba, festa popular e teatro

Entre os paraenses selecionados no Edital de Patrocínios do Banco da Amazônia, estão propostas que dão visibilidade à cena local e a colocam em contato com o mundo, como o 10º Festival Internacional de Humor da Amazônia e o Festival Internacional de Dança (Fida). Também há projetos como a Festa da Chiquita, que chega aos seus 40 anos em outubro, e outros mais recentes, como o “Encena - Festival de Teatro de Rua de Belém”, proposto pela Cia. de Teatro Madalenas.

Há ainda projetos completamente inéditos, como a “Roda dos Compositores”, proposta pelo cantor Arthur Espíndola, que tem uma trajetória de longa parceria com o banco. “Através dos editais passados, consegui viabilizar duas temporadas do programa ‘Amazônia Samba’. A primeira teve a felicidade de passar em cadeia nacional pela TV Cultura de São Paulo, da Fundação Padre Anchieta”, comemora Arthur, referindo ao programa de TV que coloca em evidência nomes do samba no Pará. Na segunda temporada, o sambista e apresentador percorreu 14 municípios em busca sambas inéditos de compositores anônimos, colocando-os na voz de sambistas conhecidos. Também foi por meio do Banco da Amazônia que realizou um show em parceria com Dudu Nobre, ano passado, no Theatro da Paz. “Eu só posso agradecer porque eles sempre olharam meus projetos de forma positiva, sinal que estamos fazendo projetos com relevância”, diz Espíndola.

No projeto atual, previsto para julho, Arthur fará, todo sábado à tarde, rodas de samba em praças públicas, com compositores que nunca tiveram a oportunidade de gravar. “Eu sinto muito essa deficiência aqui. Todo local de samba que a gente vai, o público só quer ouvir os sambas já famosos, e sei que os músicos que estão tocando têm composições próprias maravilhosas, mas não tocam porque falta o espaço e a abertura do público. E essa é a oportunidade de mudar isso”, afirma.

Desenvolvimento regional no foco dos projetos

Os projetos selecionados nos editais de patrocínio do Banco da Amazônia passaram por avaliação de equipes técnicas e de representantes da sociedade civil com notório conhecimento nos temas dos editais. Os culturais são voltados as diferentes linguagens artísticas, enquanto os esportivos incentivam esportes olímpicos e paraolímpicos, os projetos ambientais e educativos abordam sustentabilidade ambiental, e os sociais se propõem à inclusão.

Já os projetos para feiras e exposições têm suas ações alinhadas com o incentivo ao desenvolvimento do agronegócio regional, ao turismo e ao micro empreendedor. De acordo com Ewerton Alencar, gerente de Imagem e Comunicação do Banco da Amazônia, o Edital de Patrocínios apoia várias áreas porque o papel da instituição é o fomento e o desenvolvimento da região, “que passa pela cultura, mas também pelo social, ambiental, esportivo e o empreendedorismo – todos eles selecionados com o mesmo cuidado”.

Assim, a lista de selecionados inclui ainda projetos como a 50ª Feira Agropecuária de Castanhal, a iniciativa social “Novo Amanhã”, do Lar de Maria, e o “Educa Esporte”, do Instituto Edson Royer, que atende crianças do município de Novo Progresso.

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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