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Artistas vão tirar projetos da gaveta em 2018

Molho Negro têm patrocínio garantido para a turnê, que será transmitida ao vivo e lançada depois como minidocumentário. (Foto: Júlia Rodrigues/Divulgação) Ano novo sempre começa com muitas promessas, principalmente na música paraense, e tem gente que já

Molho Negro têm patrocínio garantido para a turnê, que será transmitida ao vivo e lançada depois como minidocumentário. (Foto: Júlia Rodrigues/Divulgação)

Ano novo sempre começa com muitas promessas, principalmente na música paraense, e tem gente que já começa a falar desses novos trabalhos tendo ao lado alguns parceiros e patrocínios garantidos. É o caso do músico e produtor Manoel Cordeiro, da banda Molho Negro e do MC Bruno BO, com projetos aprovados em edital nacional. E também da nova produtora Banzai Pipeline, das irmãs Bárbara Palha e Danielle Fonseca, que já tem na agenda trazer a Belém o artista visual e compositor Bené Fonteles, e um segundo show de Péricles Cavalcanti, desta vez, acompanhado de toda sua banda.

No caso da banda Molho Negro, com dois discos lançados e circulação em festivais, o ano será inteiramente dedicado a uma turnê, que vai passar por todas as regiões do país, incluindo casas de shows e festivais de algumas capitais, além de apresentações em cidades próximas, menores, em que o acesso à cultura é mais escasso. “Vai durar 2018 inteiro e, talvez, a gente consiga fazer alguma coisa pela América do Sul”, completa João Lemos, vocalista e guitarrista da banda.

A banda também é formada pelo baixista Raony Pinheiro e o baterista Augusto Oliveira, e conhecida por um rock com batidas dançantes. Para viajar por tantos lugares, eles utilizam sempre uma estrutura enxuta, na qual os integrantes da banda assumem diversas funções como produtores, roadies e técnicos. Para essa turnê em especial será contratado um videomaker que acompanhará tudo, transmitindo os shows ao vivo.

De acordo com João Lemos, a escolha desse profissional será muito importante para os desdobramentos da turnê e o seu andamento. “Ainda estamos procurando uma pessoa com essa capacidade multitarefa para documentar, fazer a transmissão e arrecadar material pra fazer um minidocumentário depois”, explica João. Esse projeto de um documentário digital envolveria não só uma mostra de como foram os shows, mas a história de como funcionou a turnê e a trajetória da banda durante 2018.
Inicialmente, o trio planeja fazer a turnê baseada em seus discos, entre eles, “Não É Nada Disso Que Você Pensou” (2017) e “Lobo” (2014), mas muita coisa pode acontecer durante um período tão longo de imersão musical e entre tantos lugares. João considera a produção de material novo algo natural. “A gente não descartou a possibilidade de fazer algo do tipo. De repente ao menos pode servir de trilha sonora para o minidoc”, afirma.

MC Bruno B.O quer dar "visibilidade a outras estéticas musicais que normalmente não são pensadas como música amazônica-paraense". (Foto: Divulgação)

DVD para mostrar o hip hop do Pará

E m 2018, Bruno B.O. também vai lançar projeto em formato audiovisual. Será o primeiro DVD em seus 20 anos de carreira como compositor, MC e pesquisador da cultura hip hop. O novo trabalho será composto por músicas inéditas e do EP “Floresta de Concreto”. “A proposta do DVD é mostrar a musicalidade do que chamo de rap-afro-amazônico. O nome dele será ‘Afroamazônicos’, uma música minha que delimita essa ideia, a estética do que vai ser o DVD, de rap, mas também que passeia pelo reggae, pelo rock, pela musicalidade urbana e pelas músicas de terreiros também”, comenta B.O.

O projeto também irá contar com várias pessoas de fora do Pará, que fizeram parte da trajetória do MC paraense no rap nacional. Ele considera que o projeto é importante em um cenário onde a música popular e o próprio rap têm necessidade de um material audiovisual de qualidade para circular. “O DVD pode virar clipes, documentários, tem muitas possibilidades”, diz ele. A intenção de Bruno é fazer uma gravação ao vivo, ou em um ambiente onde as portas costumam ser fechadas para o rap ou que tem valor histórico para o movimento hip hop na cidade.

“Outra importância de gravar este DVD é dar visibilidade a outras estéticas musicais que normalmente não são pensadas como música amazônica-paraense”, completa. A produção do DVD inicia ainda no primeiro semestre, pois no segundo já estão previstos dois shows de circulação, passando por Belo Horizonte e São Paulo, levando na bagagem o novo repertório.

Manoel Cordeiro vai lançar segundo disco solo (Foto: Divulgação)

Volume 2

Pelo mesmo edital que Bruno B.O. e a Molho Negro foram selecionados, no programa Natura Musical, também sairá o volume 2 do projeto “Manoel Cordeiro e Sonora Amazônia”. O músico, conhecido por produzir mais de quatro mil músicas ao lado de artistas como Beto Barbosa, Roberta Miranda, Alypio Martins e Fafá de Belém, teve no volume 1 o seu primeiro trabalho solo. Atualmente, ele ainda integra a banda do filho Felipe Cordeiro, com quem também tem o projeto “Combo Cordeiro”.
Manoel pretende dar continuidade ao que apresentou no primeiro álbum, lançado em 2015, aonde sintetiza a lambada, o boi-bumbá, o carimbó, as sonoridades suburbanas e influências caribenhas, colocando em primeiro plano suas composições e seu estilo. Conhecido por uma música instrumental virtuosa, além do disco, está previsto no projeto aprovado shows de lançamento em duas cidades - uma delas, a capital paraense.

Fernando Segtowick vai gravar o longa "O Reflexo do Lago". (Foto: Divulgação)

A produtora Banzai Pipeline anuncia nova temporada de Perícles Cavalcanti em Belém, em meados de março. (Foto: Divulgação)

Fernando Segtowick fará seu primeiro longa

No apagar das luzes de 2017, o cineasta Fernando Segtowick trouxe a público uma ótima notícia para o cinema paraense. Seu projeto “O Reflexo do Lago” é o primeiro projeto do Pará selecionado no Prodecine da Ancine - Agência Nacional do Cinema.

“Demorou mais do que devia, eu sei, mas agora posso finalmente falar que vou fazer meu primeiro longa-metragem, justamente com um projeto que tanto amo. Agora é só comemorar”, anunciou na tarde de sexta-feira, 29, em sua página no Facebook.

Boas notícias também são anunciadas pela artista visual paraense Danielle Fonseca, que sempre participou de produções, exposições e montagens em Belém, e que em 2017 decidiu oficializar sua atuação na cena cultural da cidade junto à irmã, Bárbara Palha, por meio da produtora Banzai Pipeline. “De certa maneira, amigos sempre estavam nos procurando pra recebê-los na cidade e ajudar na execução dos projetos”, conta Danielle, que estreou a produtora trazendo o show do cantor e compositor Péricles Cavalcanti, em formato voz & violão, ao Sesc Boulevard.

Para este ano, está na agenda de eventos da produtora a ação “Agora: OcaTaperaTerreiro” (2016), realizada pelo artista visual e compositor Bené Fonteles, originalmente apresentada na 32ª Bienal de São Paulo. “Sabemos que será em março, mas ainda sem uma data definida”, explica. Nascido em Bragança e vivendo atualmente em Brasília, o artista trabalha com projetos que abarcam instalações, esculturas, questões ambientais e saberes populares.

Neste trabalho que pretende apresentar em Belém, ele convida pessoas a debater sobre assuntos atuais (em São Paulo, entre os convidados estava Chico César). “Ainda não definimos quem será convidado a participar da ação junto com ele, provavelmente pessoas daqui que possam conversar sobre seus cotidianos”, adianta Danielle.

Para o segundo semestre, Pericles Cavalcanti volta, mas com um show cheio, acompanhado de sua banda. “A estreia com ele foi superpositiva para nós e para ele, que saiu impressionado com a cidade, com as pessoas, em como a gente é ligado à cultura, à música. Ele acabou gravando imagens em Belém que vão para o novo clipe da música ‘Carimbó da Sorte’”, conta a produtora. A única ideia que ainda não foi maturada o suficiente pela dupla da Banzai é um possível “Festival de Música e Poesia Concreta”, mas neste caso não custa nada esperar enquanto se aproveita o que já está a caminho.

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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