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Disponível na internet, livro ilustrado destaca diversidade botânica de Carajás

O pinheirinho do brejo e a semente alada do ipê são algumas das espécies mais bonitas da região de Carajás. Pesquisadas e catalogadas dentro da Floresta Nacional Carajás (Flona), no sudeste paraense, elas foram reunidas e apresentadas no livro “Paisagens

O pinheirinho do brejo e a semente alada do ipê são algumas das espécies mais bonitas da região de Carajás. Pesquisadas e catalogadas dentro da Floresta Nacional Carajás (Flona), no sudeste paraense, elas foram reunidas e apresentadas no livro “Paisagens e Plantas de Carajás”, que chega de forma gratuita ao público hoje, por meio de download no site do Instituto Tecnológico Vale (ITV). Os pesquisadores desta instituição trabalharam em parceria com o Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG) para a elaboração da obra, que se destaca por uma linguagem mais acessível ao grande público.

“Em todos os capítulos, fazemos a ponte entre o conhecimento da Academia e o interesse geral sobre o tema, mas sem dúvida as ilustrações e fotografias ajudam a tornar mais próximo este conhecimento do grande público”, observa a pesquisadora Vera Fonseca, coordenadora da área de Biodiversidade e Serviços do ITV.

Baseado nas pesquisas, o livro aborda a evolução da Serra dos Carajás e de suas plantas, com ênfase na Flona, mostrando ainda a formação geológica do relevo, das paisagens atuais.

Borreia semiamplexicaule (Foto: Nara Mota)

Semente alada do ipê (Foto: João Marcos Rosa)

Pinheirinho do brejo (Foto: João Marcos Rosa)

Conhecimento que ajuda a preservação

Como é especialmente dedicado às plantas da região, quando trata dos animais, o foco do livro está naqueles que colaboram para a polinização das flores e na dispersão de sementes. Também é vista a importância ecológica das cavernas preservadas que existem em Carajás. Para o pesquisador Guilherme Oliveira, que integra o Programa de Botânica do ITV, esse conhecimento é importante porque apoia o interesse geral na preservação daquela área frente ao interesse econômico.
A pesquisadora Ana Maria Giulietti, também do ITV, destaca que há características muito próprias da floresta de Carajás. “Ela é praticamente impenetrável. Você vai abrindo caminho para chegar lá em cima, algo completamente isolado de tudo. E os topos das montanhas não se comunicam entre si. Isso faz com que cada flora seja bem distinta uma da outra. Uma característica rara na Amazônia, que costuma ser plana, com as espécies se encontrando”.

A Floresta Nacional de Carajás integra o Conjunto de Unidades de Conservação de Carajás, protegidas pelo Instituto de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com o apoio da Vale, que desenvolve pesquisas, programas de monitoramento e um programa de recuperação de áreas. Em julho de 2017, parte da área da Flona, correspondente à Serra do Tarzan e à Serra da Bocaína, foram associadas para formar o Parque Nacional dos Campos Ferruginosos, onde as plantas dessas duas áreas terão proteção permanente.

EXTENSA PESQUISA

O Museu Goeldi é a instituição pioneira na investigação científica sobre a flora de Carajás, com a primeira expedição de coleta na região realizada em 1969 e sempre contou com a parceria da Vale. Há três anos, o convênio entre elas para desenvolver o projeto “Flora das Cangas da Serra dos Carajás, Pará, Brasil” foi um passo novo e decisivo para ampliar o estudo da vegetação das cangas. Os resultados obtidos pelo projeto são expressivos e podem ser conferidos na publicação “Flora das Cangas das Serras dos Carajás”.

O estudo foi dividido em quatro volumes, publicados como fascículos especiais da revista “Rodriguésia”, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A revista é considerada uma das mais importantes e tradicionais publicações da área de botânica. Dois fascículos já foram publicados, um em dezembro de 2016 e outro em agosto de 2017. O número total de espécies da flora de Carajás, quando concluído o levantamento, deverá chegar a aproximadamente mil espécies, superior a 10% do total referido para o Estado do Pará.

Com o livro “Paisagens e Plantas de Carajás”, os pesquisadores oferecem a mesma qualidade de informações científicas coletadas nessa longa pesquisa, mas em linguagem acessível a todos os públicos. Organizado pela pesquisadora botânica Daniela Zappi, do ITV, o livro contém textos escritos por ela, juntamente com os pesquisadores Pedro Walfir Martins Sousa, Clovis Maurity, Ana Maria Giulietti, Vera Fonseca, Guilherme Oliveira, Rodolfo Jaffe, os quais integram o Programa de Botânica do ITV, além de Pedro Viana e Nara Mota, ambos do Museu Emílio Goeldi.

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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