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Gel sexual de jambu e cachaça de maniva ganham espaço no mundo

Em contato com a pele, ele dá uma dormência, uma tremidinha e ainda esquenta. Então, quem vai dizer que o jambu não tem vocação para produto erótico? Muito atenta a essa ilustre erva do Ver-o-Peso, a paraense Tatiana Sinimbu criou o “Concentrado de Jambu”

Em contato com a pele, ele dá uma dormência, uma tremidinha e ainda esquenta. Então, quem vai dizer que o jambu não tem vocação para produto erótico? Muito atenta a essa ilustre erva do Ver-o-Peso, a paraense Tatiana Sinimbu criou o “Concentrado de Jambu”, cujo slogan é “Para um sexo feliz e infinito”. Isso porque as possibilidades de uso “só dependem da criatividade do cliente”, garante a dona da marca Sinimbu, que ainda oferece uma conserva da flor de jambu e uma das mais elogiadas versões da cachaça de jambu.

Tudo começou com uma crise na profissão como arquiteta que, como pode-se notar, resultou em produtos nada convencionais.

“Trabalhei com arquitetura a vida inteira e, com a crise no país, parecia que de repente o arquiteto era o último a ter trabalho. Paralelo a isso, comecei a ver uma demanda de amigos que moram fora pedindo para eu mandar jambu”, ela conta.

E foi na própria dificuldade de mandar as folhas de forma que chegassem bem conservadas que Tatiana entrou, em uma profunda pesquisa sobre a erva, formas de tratá-la.

“Comecei a trabalhar produtos que você pode levar para um amigo em Portugal, um familiar na China, e ainda chegaria lá com praticidade e sabor. Eu mesma vou atrás de flor, trato, embalo e vendo. Eu incorporei essa marca, me apaixonei por isso”, comenta Tatiana, que iniciou a Sinimbu há um ano, começando pela cachaça e partindo para a conserva de flor de jambu. Hoje, os produtos são vendidos na doceria Amorosa (Av. Gentil Bittencourt, 2113), mas principalmente por encomendas feitas diretamente com ela.

Quando criou o concentrado, Tatiana conta que a ideia era ir além de colocar o tremor do jambu em uma embalagem prática, e dar a ele todas as possibilidades de uso. “Pode ser usado tanto em uma receita quanto em uma brincadeira sexual porque está com teor concentrado e totalmente natural, não misturo nenhuma química”, garante.

E quem deu a dica nada inocente do uso do jambu? As especialistas. “Minha faculdade é o Ver-o-Peso, quando conversava com as erveiras, elas sempre davam algumas dicas, a sapiência delas é incrível”.

Nas histórias que ouvia, ideias foram surgindo e Tatiana começou a contar com a ajuda de amigos, responsáveis por testar o poder do jambu.

“Daí foram surgindo as ideias desse concentrado que eu destaco como ‘uma gota da Amazônia para uma experiência única’, ‘para um sexo feliz e infinito’, porque você que vai criar formas de usar”, diz Tatiana, e dá a dica: “pode usar onde quiser, já que é natural”.

Um frascolete custa R$ 15 e o vidrinho, R$ 35, sendo a clientela de Tatiana bem diversificada.

A recepção ao concentrado não podia ser melhor. “Agorinha uma pessoa passou mensagem dizendo que ouviu falar do produto, que tinha problemas para ter orgasmos e perguntou se eu achava que ajudaria. Conversamos por meia hora, fiquei de fazer a entrega e estava pensando ‘por que fui estudar arquitetura! (risos)”, conta Tatiana.

A empresária ainda se preocupa em ouvir os resultados. “Quero saber se usou, o que funcionou, o que dá para melhorar. Eu sabia o que acontecia no feminino, por exemplo, mas não no masculino, e alguns amigos me falaram. Isso é ótimo para tornar o produto ainda melhor e ter outras ideias”.

No boca a boca, produtos chegam ao outro lado do mundo

Outro produto Sinimbu de sucesso é a flor de jambu em conserva, que tem um tremor maior que as folhas. As pessoas que não conheciam, ficam loucas para provar, garante Tatiana.

“Você consegue comer pura, fazer canapé, colocar numa massa. Ela tem a mesma utilidade de uma azeitona, uma alcaparra, uns picles”, compara Tatiana. E já tem gente usando para fazer risoto, pizza e até molho pesto.

O potinho de 200ml custa R$ 25 e pode durar seis meses, uma validade quase tão longa quanto a da cachaça de jambu, por isso mesmo elas chegam tão longe.

“Já mandei para vários lugares e tudo quanto é tipo de pessoas. Tudo é muito no boca a boca e pelas redes sociais. Uma situação foi de uma menina que morou em Belém e perguntou no Facebook qual a melhor cachaça de jambu da cidade. Ela me chamou depois e disse que a minha foi a mais indicada e queria comprar, mas morava no Japão e tinha uma prima de São Paulo indo para lá”, conta Tatiana.

Assim, a cachaça foi mandada para São Paulo e depois chegou do outro lado do mundo.

Happy hour com jambu e maniva

Um pesquisador aficionado por jambu, o chef Dedé Parente conta que quando lançou no mercado a Jambucana (cachaça de jambu), há dois anos, o diferencial era que, além do jambu com a cachaça artesanal de carvalho, ela tinha uma mistura de melaço, gengibre e canela. A conquista desse novo produto o fez pensar em seu cardápio de cervejas artesanais.

“Eu tenho três cervejas da marca Dedé, há cinco anos no cardápio, e comecei a ver com o mestre cervejeiro como fazer com jambu ou outra fruta bem típica na região, como a manga”, conta.

Foram dois anos projetando uma cerveja summer, tipo mais indicado para o clima tropical, por dar uma sensação de frescor. Chamada Jambubier, ela já está no cardápio do restaurante Engenho do Dedé e em 2018 passa a ter distribuição nacional.

Vendida em uma garrafa desenvolvida para cervejas artesanais (15ml), ela tem lúpulo e malte importados, com jambu da região.

“Uma das características é que você sente a dormência do jambu, além do sabor frutado do maracujá e da manga, que a torna uma cerveja cítrica”, completa Dedé.

Para um happy hour ainda mais inusitado, nada como uma boa maniva. Essa foi a ideia da equipe cervejeira da Amazon Beer para inovar o cardápio fixo da cervejaria, que já conta com sabores como bacuri e priprioca.

“A cerveja de maniva é uma edição limitada. Ela ficou disponível por 15 dias e pode voltar ao cardápio em outro momento. A gente sempre tem essas novidades sazonais”, explica um dos sócios da Amazon Beer, Caio Guimarães.

A receita nada convencional veio como uma referência ao Círio de Nazaré. “A gente já tinha uma cerveja com tucupi, então por que não a maniva?”, conta Caio.

A base dela é de trigo americano, com folha da maniva e malte defumado, para remeter ao paladar das carnes defumadas que vão na maniçoba.

“Obviamente, a gente ferveu a maniva, o processo normal para eliminar o veneno, e a aceitação foi excelente, justamente porque é algo inusitado. Quando a gente oferece a cerveja de maniva, as pessoas falam ‘não é possível’, querem provar e acabam gostando”, conta.

Levemente cítrica, pouco amargo, com característica defumado e bem refrescante, o copo do chopp de maniva (300ml) é vendido a R$ 10,50 e abre portas para outras novidades na cervejaria, garante Caio.

Atualmente a equipe cervejeira está elaborando o chopp de camu-camu, uma fruta bem cítrica da região e que mais tem vitamina C no mundo. Com ela, eles pretendem chegar a uma cerveja com pegada mais ácida, azedinha e frutada, bem condimentada. A previsão de lançamento é para o período das festas de fim de ano.

(Lais Azevedo/Diário do Pará)

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