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Alex Oliveira fala sobre criação e experimentações no Café Fotográfico

O fotógrafo baiano Alex Oliveira fotografa o desejo da criação: em suas obras, que nascem da performance, um tom surreal e fílmico se sobressai, como na imagem de uma mulher segurando várias muletas ou de um homem deitado no piso, visto a partir de uma es

O fotógrafo baiano Alex Oliveira fotografa o desejo da criação: em suas obras, que nascem da performance, um tom surreal e fílmico se sobressai, como na imagem de uma mulher segurando várias muletas ou de um homem deitado no piso, visto a partir de uma espiral da escada de um prédio. É sobre essa sistemática de produção criativa que o artista falará hoje, a partir das 19h, no bate-papo “Mundos Possíveis: Experimentações entre Fotografia, Performance, Mídias Digitais e Intervenções Urbanas”, na programação do Café Fotográfico, da Associação Fotoativa, em Belém.

(Fotos: Alex Oliveira)

Uma forma de relação com o outro

Alex Oliveira diz que suas imagens geralmente são pensadas a partir de encontros com amigos e desconhecidos, e por isso envolvem um campo afetivo também, além do estético e da imaginação. O que possibilita que a produção aconteça no cotidiano ou a partir de andanças na cidade. Para as pessoas que não conhece, Alex propõe uma composição que surge no momento do próprio encontro. “É um processo de negociação”, diz.

A partir do bate-papo com o artista, a Associação Fotoativa realiza também uma pequena mostra com suas obras, que ficará em cartaz até o dia 17 de novembro. “Esses trabalhos geralmente têm como dispositivo a fotografia. Passei a aliar as minhas produções e experimentações fotográficas a outras linguagens artísticas. E daí passei a trabalhar colaborativamente com performers, dançarinos, atores e artistas do corpo, para a criação de imagens e fotoperformances. Nesse processo, passei a colocar meu corpo também”, explica Alex.

Nascido em Jequié (BA), o artista é graduado em Comunicação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e acredita que a formação o possibilitou ter outra visão da fotografia, em outras linguagens. “Isso foi me conduzindo a caminhos que ainda não tinha previsto. Por mais que essas características performáticas já se apresentassem nas minhas imagens, mesmo que de forma indireta. O que mudou foi a minha consciência desse processo, dando atenção às potências que isso poderia ocasionar. No caso, o uso do corpo como um potencial de discurso, social, estético e político”, explica.

É o que se compreende por “arte relacional”, um conceito que se adequa à sua perspectiva criativa e de ação - quando compreende que inclusive pessoas comuns podem compor suas obras, independente se sabem ou não do caráter performático de suas ações no momento em que estão sendo fotografadas pelo artista.

“Tenho a fotografia como um dispositivo relacional capaz de ativar esses encontros”, defende Alex.

E daí também, dessa ideia de encontro, vem a necessidade de expandir-se para outros locais: as ruas e as galerias dos álbuns do seu perfil no Facebook. “A intervenção urbana e as mídias digitais vieram como plataformas e suportes em que passei a desdobrar essas narrativas visuais. Utilizo muito meu perfil no Facebook como um arquivo virtual da minha produção fotográfica, no qual vou estabelecendo sentidos entre elas, selecionando-as no fluxo de produção, numa tentativa de pensar a linha do tempo como um espaço expositivo. Transformei essa experiência no meu TCC”, explica.

A pesquisa começou em 2012, mas está em curso até o momento e passou a abarcar diferentes “processos, experiências, ensaios, ideias que iam se revelando de forma solta, fragmentada e descontínua no espaço da rede social”, finaliza.

“O que me levou a pensar no Facebook, ou melhor, pensar em outras formas de uso da plataforma, foi justamente durante a minha formação na graduação, período que pude ter acesso a leituras sobre comunicação e tecnologia, desdobrando esses conhecimentos para o campo fotográfico”.

(Dominik Giusti/Diário do Pará)

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