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Campanha da Infraero para incentivo à leitura oferece 1,5 mil livros

Em homenagem ao Dia Nacional do Livro, comemorado no último dia 29, o Aeroporto Internacional de Belém promove até domingo, 5, a campanha “Livro Viajante”, que permite às pessoas doarem e adotarem uma leitura em voo, fazendo assim com que os livros desemb

Em homenagem ao Dia Nacional do Livro, comemorado no último dia 29, o Aeroporto Internacional de Belém promove até domingo, 5, a campanha “Livro Viajante”, que permite às pessoas doarem e adotarem uma leitura em voo, fazendo assim com que os livros desembarquem em vários lugares do país. Durante a semana, a cada dia um escritor paraense estará no aeroporto em uma manhã de autógrafos.

De acordo com o superintendente do Aeroporto de Belém, Fábio Rodrigues, o projeto organizado pela Infraero surgiu em 2013, com ideia emprestada do BookCrossing, originada em 2004, nos Estados Unidos, em que livros eram deixados em espaços públicos com a finalidade do leitor ter acesso gratuito temporário, se desapegando posteriormente, e dando a mesma chance a outra pessoa. “Como nossos aeroportos são grandes pontos de circulação de pessoas, a ideia é de interconectá-las através dessa leitura. A pessoa pega um livro aqui em Belém, lê ao longo do seu voo e, de repente, deixa o livro no outro aeroporto de nossa rede. Isso possibilita que outra pessoa possa ter a mesma satisfação”, diz Rodrigues.

A campanha iniciou no último sábado, com 1,5 mil livros novos e usados distribuídos em três pontos do andar superior do aeroporto. Apesar da disponibilidade de acervo, Rodrigues avalia que ainda há a disputa com os smartphone. “A gente ainda perde na concorrência com os smartphones, mas o projeto tem incentivado as pessoas a desligarem um pouco os celulares, já que dentro das aeronaves não podem ligar os aparelhos. Quem sabe não estamos instigando as pessoas a deixar o livro e também uma mensagem motivadora a um desconhecido na aba?”.

Na manhã de ontem, o escritor, ilustrador e caricaturista paraense João Bento participou da manhã de autógrafos do seu livro infantil “O Cabeção”. A publicação foi distribuída aos visitantes. “Na casa da minha filha há encontros de leitura e este já vai entrar na programação”, disse a empresária Marize Castelo Branco, de 57 anos, que aproveitou para levar um exemplar para a neta, que mora em Fortaleza.

Luiza, de seis anos, fez questão de ganhar o autógrafo do autor. A mãe, a psicóloga Janaína Botelho, formada em literatura infanto-juvenil, elogiou a iniciativa. “Foi ela quem prestou atenção no que estavam fazendo aqui e viemos ver. A leitura sempre fez parte da formação dela, desde os seis meses de idade, e na escola ela se destaca”, falou a mãe. Antes de viajarem a Parauapebas, Luiza também pegou emprestado o livro “A Floresta Maldita”, um conto de terror para crianças.

(Emily Beckman especial para o Você)

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