Tarcísio Ribeiro mostra pinturas em preto e branco

O artista plástico Tarcísio Ribeiro é conhecido principalmente por suas telas de colorido exuberante, mas há algum tempo vinha flertando com a vontade de experimentar o preto e branco, o que resultou nas obras da exposição “Que Fique Claro Mesmo Escuro”. As telas formam polípticos e apresentam uma interação com os desenhos do início da carreira do artista e que vieram permeando seu trabalho ao longo de quase 30 anos de estudo e produção. A abertura para o público ocorre hoje, 25, com programação musical, a partir das 20h, no café do Ziggy Hostel Club. A visitação não tem data para encerrar e ocorre sempre de quarta a sábado, das 17h às 22h.

“Final do ano passado fiz alguns testes e esse ano fui pintando. Abri mão das cores e me dediquei ao P&B, o que me deu muito prazer, achei o resultado muito bom. Eu fico um pouco curioso de saber como as pessoas verão esse trabalho, diferente das telas coloridas às quais me dediquei por vários anos, mas o resultado ficou bem legal. É um retorno ao início, de como me envolvi com a arte, essa atividade de pintar, desenhar”, afirma Tarcísio.

O artista também trabalha com polípticos (conjuntos de mais de três quadros para formar uma única ideia), mas que separadamente também têm sua própria identidade. Apesar de já vislumbrar as obras, Tarcísio conta que começou a de fato maturar a ideia após o convite do Ziggy para expor seus trabalhos. Em quase duas décadas, ele já realizou 11 individuais, sempre em espaços pouco convencionais – o mais recente, uma barbearia. “É um lugar bacana e uma das concepções dele é essa relação com as artes”, comenta sobre a mostra no bar.

Tarcísio também destaca a relação interessante que poderá ser gerada com um lançamento de artes plásticas junto à apresentação musical da banda Al Musiqaa, grupo formado por Sérgio Darwich (violão/voz), Mauro Farias (percussão/vocal) e Daniel du Blues (violão de aço/vocal). O repertório inclui sambas de compositores brasileiros e de músicas autorais que têm uma pegada funk, soul, blues e toadas/emboladas nordestinas. “Uma das obras, relativamente grande (2x3m) vai ficar por trás de onde eles cantam. Isso deve gerar sensações que dificilmente eu conseguiria descrever”, projeta.

Vá lá

Exposição “Que Fique Claro Mesmo Escuro”
Abertura: Hoje, às 20h
Visitação: De quarta a sábado, das 17h às 22h
Programação: Happy hour, das 18h às 21h, e pocket show da Al Musiqaa, às 20h
Quanto: Gratuito

(Lais Azevedo/Diário do Pará)