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Museu lança campanha: 'Tragam seus filhos para ver gente nua'

Uma campanha de 2015 dos Museus d'Orsay e l'Orangerie, situados em Paris, um dos principais centros artísticos do mundo, será relançada. Dentre os 9 cartazes criados na época, um se destaca: "Tragam seus filhos para ver gente nua". De acordo com a dire

Uma campanha de 2015 dos Museus d'Orsay e l'Orangerie, situados em Paris, um dos principais centros artísticos do mundo, será relançada. Dentre os 9 cartazes criados na época, um se destaca: "Tragam seus filhos para ver gente nua".

De acordo com a diretora de comunicação dos museus, Amélie Hardivillier, não houve nenhuma polêmica em torno da campanha. "Ela foi muito bem recebida pelo público, apreciada e reproduzida", disse ela à Rádio França Internacional.

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A diretora também contou que o objetivo era fazer com que as pessoas se coloquem no lugar das crianças que vão ao museu. Isso explica as frases divertidas associadas às pinturas famosas: "Queríamos mostrar que são as crianças que levam os pais aos museus", disse Hardivillier, revelando que a proposta é brincar com essa inversão.

O intuito dos museus também é atrair todo o tipo de público, inclusive os pequenos, e para isso é necessário relacionar a atualidade com a história: "São Sebastião é um santo. Mas pode se tornar um ícone gay se você o observar nas pinturas com o olhar de hoje", diz a comunicadora.

Os Museus d'Orsay e l'Orangerie contém uma série de imagens com nudez explicita, mas nenhuma possui censura de idade, mesmo a obra L’Origine du Monde (A Origem do Mundo), feita por Gustave Courbet em 1866, que mostra a vagina e os seios de uma mulher. Sobre isso, Amélie Hardivillier concorda que á uma relação com a nudez que leva ao debate, "mas essa também é a função da arte: incomodar, questionar".

L’Origine du Monde, de Gustave Courbet (Foto: Wikimedia Commons)

"Tragam seus filhos para ver gente nua", mas não no Brasil
Sobre o fechamento da exposição Queer Museum, no Santander Cultural de Porto Alegre, e a polêmica que gerou a performance La Bête, do artista carioca Wagner Schwartz, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, Amélie Hardivillier lamenta. "Sei que São Paulo é palco de belas exposições. É muito grave essa situação. Fico triste com essa notícia", diz a especialista.

Para Frabrícia Martins, brasileira e artista, a liberdade artística no Brasil está sofrendo grandes ataques: "A performance de Wagner Schwartz viralizou na internet devido a um vídeo descontextualizado. Pessoas que nunca foram ao museu o viram e se chocaram. Os políticos estão tirando proveito disso".

Já para Ricardo Fernandes, especialista em arte contemporânea, os episódios de censura fazem parte de algo maior, pois se relacionam com a educação. “É primeiramente necessário discutir a decadência da educação brasileira para depois começarmos a falar sobre o acesso à arte e a compreensão da liberdade de expressão”, afirma.

Para ele, foi o acesso à escola que possibilitou que os franceses desenvolvessem uma visão mais ampla sobre a arte, já que aprendem a interpretar e a questionar, além de conhecer bases culturais e históricas.

Segundo o que relatou à Rádio França Internacional, "foi a desinformação que gerou a polêmica". Fernandes argumenta que um pequeno grupo interpretou as informações de forma errada e espalhou isso pelo país.

Confira os outros cartazes da campanha:

 (Foto: Reprodução Facebook Musée d'Orsay)
 (Foto: Reprodução Facebook Musée d'Orsay)
 (Foto: Reprodução Facebook Musée d'Orsay)
 (Foto: Reprodução Facebook Musée d'Orsay)
 (Foto: Reprodução Facebook Musée d'Orsay)
 (Foto: Reprodução Facebook Musée d'Orsay)

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Fonte: Revista Galileu

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