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Armando Sobral relê a própria obra dando novos significados às suas paisagens da memória

Em busca de paisagens da memória, o artista Armando Sobral voltou à Ilha de Marajó há alguns anos. Das viagens de barco e por terra batida, entre a firmeza do chão e a fluidez das águas, lembrou da família e pôs-se a pintar. As pinturas mostram o rio revo

Em busca de paisagens da memória, o artista Armando Sobral voltou à Ilha de Marajó há alguns anos. Das viagens de barco e por terra batida, entre a firmeza do chão e a fluidez das águas, lembrou da família e pôs-se a pintar. As pinturas mostram o rio revolto, as marolas, o céu. Boa parte dessa produção é recente e diz respeito às mudanças em sua vida, a proximidade com suas questões individuais e a companhia do filho – que faz questão de levar junto ao arquipélago. Parte dessa produção ele apresenta na Galeria Elf, em Belém, na mostra “Natureza e Imanência”, que integra a programação do projeto Circular Campina Cidade Velha neste domingo, mas fica aberta à visitação até o dia 4 de novembro. A entrada é gratuita.

A mostra reúne também esculturas, gravuras e objetos, entre as cerca de 30 obras que foram pinçadas de seu acervo, mas reelaboradas conceitualmente à medida que começaram a dialogar com um conceito central: “Essa exposição constitui os temas das minhas paisagens, um assunto recorrente no meu trabalho, como imersão no universo amazônico. Parte de viagens que faço para o Marajó e a observação de marinas, rios, horizontes difusos. Do ponto de vista da técnica, são trabalhos em pintura a óleo, desenhos e alguns objetos que chamo ‘objeto-cor’. A cor como imanência que se articula com o espaço”, explica.

Por exemplo, esculturas em formas de flores – que originalmente tinham cor de barro -foram ressignificadas com a proposta da coloração em tom de azul. “Quando fiz essas flores azuis, que se chamam ‘Além-mar’, por conta do nome do pigmento, elas não eram assim. A cor se afirma enquanto obra, para além do elemento orgânico da flor. É a cor como presentificação, que dá esse caráter de imanência. Ela própria como objeto no espaço”, argumenta Armando Sobral.

Na série “Papagaio”, ele também buscou as cores. As obras nunca expostas foram retiradas de seu acervo depois de 20 anos. Inicialmente impressas por meio da técnica da gravura em metal em preto e branco, desta vez ele procurou a lembrança da brincadeira de empinar pipas e papagaios, comuns no Pará, por conta do formato gráfico do desenho.

“Isso veio da memória da minha infância. Fiz a gravura em água forte e água tinta, mas nunca expus. Agora estou mostrando com outra forma de apresentação e impressão, com a cor. Relacionei com algo que se refere à geometria lúdica de rabiolas, desse momento de brincadeira. O que chamou atenção, ao olhar esse tempo todo depois, foram os padrões geométricos. Sempre tem essa relação entre memória e paisagem, as coisas da natureza”, explica.

(Dominik Giusti/Diário do Pará)

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